Core Festival, um novo festival de dois dias na capital da Europa, que rolou na sexta-feira, 27, e sábado, 28 de maio. Tomorrowland & Rock Werchter, dois dos festivais mais renomados e multipremiados do mundo, uniram-se para criar este novo Festival no belo Parque Osseghem, em Bruxelas, Bélgica.
Como repórter do Play BPM fui lá conferir. Minhas expectativas eram neutras, pois era a estreia desse festival, com muitas bandas e sem muita música eletrônica (únicos DJs conhecidos por mim eram Paul Kalkbrenner, Peggy Gou e Nina Kraviz). Eu não sabia o que esperar. No entanto, assim que cheguei, tive diretamente uma sensação agradável. Era um bom ambiente, a combinação de música, festival, pessoas e natureza. Principalmente essa última parte.
O Parque Osseghem é um parque lindo e bem cuidado, dava para perceber que a organização se esforçou muito para escolher os lugares certos para os palcos e para criar um festival o que fosse confortável de visitar, colocando bancos e mesas de descanso nos lugares certos.
Palcos e música
No Core Festival foram cinco palcos espalhados pelo Parque Osseghem, reunindo na sua primeira edição um vasto leque de artistas internacionais de renome. O palco Ardo era o maior, com principalmente hip-hop e R&B durante o dia e sempre terminava com uma festa à noite.
Esse local teve uma atmosfera especial na minha opinião. Foi bom ver como principalmente as pessoas da Bélgica gostaram deste festival. Tinha uma vibe muito legal, pessoas bebendo cervejas, sentadas na grama. Foi agradável.
Além do palco Ardo, havia um palco Endoma com shows ao vivo indoor; o palco Altverda, com House e Techno -onde Peggy Gou e outros DJs se aprsentaram; e o palco Orlo, pessoalmente meu favorito, com DJs de House e Techno no meio da mata.
Tinha também o deslumbrante palco Nabo da FTX, no coração do festival, com 8,5 metros de altura. Foi incrível ver essa luz enorme trabalhar no meio da floresta. No topo desta estrutura havia um pequeno palco com DJs se apresentando.
Em termos de produção, você pode ver que este foi um evento digno de Tomorrowland. Tudo estava organizado como sempre fazem. Uma coisa em que isso ficava claro era o app do Core Festival. Muito semelhante ao de Tomrrowland, com um line-up claro, um mapa do festival, informações práticas, parceiros e muito mais.
Parcerias
Uma coisa que eu gosto no Tomorrowland é que eles sempre têm parcerias tão legais com as marcas, como desta vez, por exemplo, com a parceria com a Telenet, o maior provedor de rede de telefonia celular na Bélgica. Eles criaram dois conceitos legais para o festival. Para o primeiro conceito havia um telão no centro de Bruxelas e um telão no festival, onde você podia se conectar e conversar uns com os outros. O outro era um freezer enorme, onde você podia pedir bebidas e depois elas seriam entregues por alguém.
Outra parceria bacana foi a parceria com o Chandon Garden Spiritz, um lindo jardim para sentar um pouco mais relaxado do que outros lugares e curtir o Spiritz.
Alimentos e bebidas
A qualidade da comida era muito parecida com Tomorrowland também. Houve encontro de alta qualidade da Brasa, comida indiana, massas italianas, Fish and Chips e, claro, deliciosas batatas fritas belgas.
Preços
Os preços eram uma pequena desvantagem para ser honesto. Uma moeda custou € 1,7. Uma cerveja pequena custava duas moedas, então 3,40€. Uma cerveja grande custava 3,75 moedas, o que dava 6,5€. Também o custo da alimentação era muito caro. Fish and Chips custou 8 moedas, dando € 13,91. Mas sim, é um festival e depois do corona é compreensível.
Avaliação final
Para quem é amante de dance music, foi super legal experimentar outros tipos de música como hip-hop, R&B e música ao vivo. Ainda foram dois grandes palcos de música eletrônica, principalmente o da floresta que era muito bom. Foi uma boa combinação e as pessoas de Bruxelas foram divertidas de conviver. O Parque Osseghem é um belo parque natural, exatamente como Tomorrowland o promoveu e, em termos de produção, ambos os organizadores fizeram um trabalho muito bom. Um festival de qualidade para uma ampla gama de pessoas, super legal.
Última pergunta: eu compraria uma passagem? Esse seria, definitivamente, o principal motivo: para me abrir a outros estilos e curtir um bom festival.