SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS
  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter
  • Youtube
  • Spotify
Play BPM
  • Home
  • Notícias
  • Lançamentos
    • Nacionais
    • Internacionais
    • Boas da Semana
    • Trevas da Semana
  • Colunas
  • Entrevistas
  • Agenda
  • Contato
Fechar busca

O gênero que resistiu ao tempo: o Drum & Bass está mais vivo do que nunca!

03 de Julho de 2025
  • Compartilhe

Nascido na Inglaterra e exportado para o Brasil, o Drum and Bass foi uma febre brasileira nos anos 90 e 2000, época em que a música eletrônica não tinha tanta força popular como hoje, mas os clubes noturnos adoravam o ritmo acelerado. Foi um tempo importante para o gênero: artistas eram vistos pela televisão e DJs viajavam constantemente com gigs espalhadas pelo país.

Conquistando a atenção e o respeito pelo mundo, o gênero viveu uma verdadeira época de ouro entre os brasileiros. Criamos nossa própria subvertente, o Brazilian Drum and Bass — ou, como o músico Marcos Valle chamava, Drum and Bossa. Com uma identidade tupiniquim, nosso som trouxe elementos do MPB, samba e bossa nova, uma mistura que conquistou as pistas em tempos mais antigos.

Porém, a atual geração da música eletrônica, em grande parte, mal conhece esse passado tão crucial para o desenvolvimento do mercado. Muitos não sabem quem foram os heróis que expuseram a música eletrônica para a mídia brasileira, os desbravadores que, mesmo sem recursos, viajaram à Europa para levar o som do Brasil e conquistar o cenário internacional. Poucos conhecem pioneiros como DJ Patife, DJ Andy, XRS, Kaleidoscópio e Drumagick, ou mesmo entendem por que DJ Marky é tão respeitado mundo afora.

Um universo musical tão rico acabou se enfraquecendo devido ao preconceito de anos atrás com o 'público que atraía'. Isso resultou em uma desconexão da atual geração de ouvintes de música eletrônica, a ponto de ignorarmos fatos como a existência da DNBB Records, a maior gravadora de Drum and Bass da América Latina. Por isso, artistas brasileiros que conquistam o mundo, como Urbandawn, Alibi e S.P.Y, não recebem o devido reconhecimento em seu próprio país.

“Aí você vê né? Como é que o negócio cresceu…A gente tocava na vila, depois teve uma época que todo mundo quis acabar com o “junguinho” véio nosso. Falaram que era música de maloqueiro, que atraía briga, etc., etc. etc…O mundo dá volta né?! É incrível, e eu gosto disso!!”

DJ Patife no documentário "Introduzindo Drum'n'Bass no Brasil"


O Drum & Bass no mundo

Sub Focus b2b Dimension b2b Culture Shock b2b 1991 no WORSHIP x DNBNL x UKF On Air
Sub Focus b2b Dimension b2b Culture Shock b2b 1991 no WORSHIP x DNBNL x UKF On Air

Diferentemente do Brasil, o Drum & Bass continuou tendo seu espaço na gringa — claro, com seus altos e baixos —, porém a comunidade foi crescendo. Selos como a lendária Metalheadz, Planet V, UKF, Hospital Records, Helix Records, Liquicity, entre tantas outras, foram responsáveis por apresentar novos artistas e enriquecer a cena.

O Spotify revelou parte dessa força no final do ano passado. Ao compartilhar dados do crescimento da vertente no Reino Unido, a gigante do streaming apontou um aumento de 94% no número de ouvintes nos últimos três anos. Dentro desses novos ouvintes, 68% têm menos de 34 anos — o que revela um interesse em ascensão por parte do público mais jovem. Além do relatório, que convidou diversos artistas – inclusive o brasileiro S.P.Y. –, foi lançado um mini-documentário, descrito como uma 'carta de amor' para a comunidade.

"O Drum and Bass resistiu o teste do tempo, porque nunca, jamais, parou…Ele está sempre mudando”

Sota em "Dnb: In For Life"

A divulgação desses dados reflete um movimento que vem acontecendo nas pistas de grandes festivais. Reconquistando a atenção global, o Drum & Bass vem se destacando entre as tracks mais tocadas dos maiores eventos de música eletrônica. No EDC Las Vegas do ano passado, tivemos quatro tracks de D&B entre as mais tocadas: “Baddadan”, de Chase & Status; “levemealone”, do Fred Again..; o remix de “It’s That Time”, do Dimension; e “MHITR”, do Hedex. Já no Ultra Miami deste ano, o gênero ganhou ainda mais destaque.

Logo no Top 10 veio Sub Focus com “On & On”; em 5º, Grafix & Culture Shock com “Make It Pump”; e, reinando nos pódio, vieram Chase & Status com “Baddadan”, “Liquor & Cigarettes” e “Backbone”.

Não apenas as faixas originais se destacam, mas uma enxurrada de remixes de músicas famosas agora ganha força nos sets dos DJs, como 'Jungle', de Arcando, e 'This Feeling', de Andromedik.

Atentos a esse movimento, artistas mainstream como deadmau5, John Summit e Steve Aoki começaram a se aventurar no Drum & Bass. Alguns, inclusive, já criaram projetos focados no gênero, como o alias 'Malaa (Alter Ego)', e 'Control Alt Delete', de Don Diablo. Esse avanço internacional gradualmente vem influenciando o Brasil a investir mais na vertente.


Eventos no Brasil

Andromedik no Mainstage do Tomorrowland Brasil
Andromedik no Mainstage do Tomorrowland Brasil

Ao falarmos em Drum & Bass no Brasil, o Tomorrowland tem sido um grande aliado do gênero. Prova disso é que, no evento de anúncio da edição brasileira, para marcar o início de um dia inesquecível, a organização escalou a lenda DJ Marky — que, aliás, esteve presente em todas as edições até então. Já na sua edição de estreia, em 2015, o festival contou com a presença de brasileiros como DJ Patife, S.P.Y. e DJ MS2, além dos estrangeiros Netsky, Dirtyphonics, Ed Rush e One87. Em 2016, DJ Andy, Andrezz e L-side apareceram no line-up, juntamente com o pioneiro britânico DJ Hype.

No retorno do Tomorrowland ao Brasil, já em uma nova geração do Drum & Bass, o festival marcou a estreia de Andromedik e do brasileiro Urbandawn. Na edição de 2023, Netsky, que havia se apresentado no Tulip, ganhou uma vaga no Mainstage ao substituir Amber Broos. Contudo, foi em 2024 que o gênero brilhou de vez, com um palco comandado pela Rampage — uma das maiores labels da vertente. O festival recebeu uma chuva de DJs internacionais, como Murdock, Teddy Killerz, Justin Hawkes, Koven e Netsky, além de Andromedik, que se destacou no mainstage. Para completar, o Brasil foi apresentado ao artista mais jovem da história do evento: o prodígio Kallel, de apenas 16 anos.

KALLEL (BR) · Kallel - Live Set At Tomorrowland 2024 (Tulip Stage)


O surgimento de crews

Após a dissolução de vários núcleos em 2010, emergiu o ForBass&Tendence , um grupo essencial que nasceu da unificação de eventos com o objetivo de dar espaço a novos DJs e produtores. Unindos os amigos Thiago Un, David Almeida, Thiago Borges, Vagner Borges e José Carlos, o primeiro evento da crew ocorreu em 2011. Essa parceria frutificou, e em 2013, Thiago idealizou o 'I Love Bass Festival'.

Este braço do coletivo promove encontros gratuitos para os amantes do gênero, fomentando há 14 anos o Drum & Bass. O grupo administrado por Critycal Dub (David), DJ Tikko (Vagner) e VJ Mole (José) segue ativo na cena, realizando eventos como o recente 'I Love Bass', que contou com a participação de nomes como Marky e Andy.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Ilovebassfestival (@ilovebassfestival)

O clube Top #8 do mundo, Laroc, abriu recentemente as portas para o Drum & Bass, trazendo nomes de peso do gênero. A casa apresentou ao seu público um som diferente do que estão habituados. Primeiro, surpreenderam ao escalar Andromedik e Dimension para o maior carnaval eletrônico do Brasil: o Ame Laroc Festival. Logo depois, em parceria com a Skol Beats, trouxeram Netsky para o Road to Tomorrowland.

Segundo a própria Laroc, são três artistas que traduzem perfeitamente o DnB de hoje: melódico, pulsante e acessível. Em conversa com Silvio Soul, um dos sócios-fundadores do clube, entendemos o motivo dessa aposta e recebemos alguns spoilers do que podemos esperar para o futuro.

Na verdade eu, particularmente, sempre quis incorporar. É um gênero que faz parte da cultura eletrônica e que tem uma história incrível no Brasil. Então juntou essa curiosidade, a conexão pessoal com o som e, claro, o momento do gênero no mundo, quebrando muitas barreiras e flertando cada vez mais com o grande público. Senti que era hora de abrir esse espaço no Laroc. E pra quem queria spoiler, já estamos desenhando nossa própria label focada em Drum'n'Bass. Teremos novidades em breve!”

Comentou Silvio Soul sobre o Drum and Bass

Já na capital, uma outra importante pista é a do D-Edge, que frequentemente abre espaço para o gênero, realizando eventos marcantes que entram para a história — como quando a ucraniana Nastia, referência no techno, fez um memorável set de D&B ao lado de Marky.

Agora, a extensão carioca da casa também vem se tornando palco para o gênero, expandindo a sonoridade para além de São Paulo e levando o ritmo acelerado de volta à Cidade Maravilhosa.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por NASTIA (@nastia.dj)

Outro destaque que vem botando seus pés no RJ — ou melhor, suas bicicletas — é o projeto paulistano 888dnb, que nasceu após seu fundador, João Pedro Villar, questionar a falta de festas de Drum & Bass no Brasil. Desse desejo por mais eventos, importou-se uma ideia gringa super empolgante, que gerou uma comunidade unida, em constante crescimento e ganhando visibilidade pelas ruas.

Isso porque, ao misturar música e atividade física, o projeto criou o 'DNB na Bike' — um movimento que reúne centenas de amantes do gênero para uma passeata em meio aos prédios das grandes cidades, tudo embalado por muito Drum & Bass. Com planos de expansão para novas cidades, o 888dnb demonstra a popularidade duradoura do gênero na música eletrônica — fãs que se juntam não só em bikes, mas também em skates, patins, patinetes e a pé, movidos pelo som que tanto amam.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por 888DNB | Drum & Bass no Brasil (@888dnb)


A chama não pode se apagar

DJ Marky vs DJ Patife no Sónar São Paulo 2012
DJ Marky vs DJ Patife no Sónar São Paulo 2012

Os holofotes se virando novamente para o Drum and Bass é algo que não podemos deixar passar em branco. Os fãs do gênero devem intensificar ainda mais esse movimento: fazer barulho, interagir, curtir, comentar, compartilhar. Devemos provar aos contratantes que há um público sólido e engajado no Brasil, dissipando qualquer dúvida sobre investir na cena nacional e também, na vinda de artistas internacionais.

Então, apoie os pequenos eventos; procure saber quem vem fazendo rolês perto de você, quem são os artistas brasileiros que espalham o ritmo para dentro e fora do país. O sucesso desse som vai depender de quem ajuda e faz acontecer. Vamos fazer com que o Drum & Bass volte ao topo da música eletrônica, tendo o destaque que sempre mereceu.


Imagem de capa: Reprodução.

Tags:
  • d'n'b
  • drum & bass
  • d&b
  • drum'n'basss
  • drum and bass
  • Compartilhe

Sobre o autor

Pablo Brandine

Pablo Brandine

Se emocionar, dançar e cantar até ficar rouco. Seu amor por música caminha por todos os gêneros da eletrônica.

  • Instagram
Banner

Últimas notícias

Adana Twins estreia no Surreal Park em noite assinada pela Red Room
02/07/2025 às 13h43

Adana Twins estreia no Surreal Park em noite assinada pela Red Room

Em um mês, YOLA alcança mais de 150 mil plays com “She Is Love”
26/06/2025 às 13h57

Em um mês, YOLA alcança mais de 150 mil plays com “She Is Love”

Combinando sofisticação e potência de pista, duo alemão Adana Twins retorna ao CAOS em julho
26/06/2025 às 10h19

Combinando sofisticação e potência de pista, duo alemão Adana Twins retorna ao CAOS em julho

veja mais notícias

Instagram

siga-nos no instagram
Play BPM
  • Home
  • Notícias
  • Lançamentos
  • Entrevistas
  • Agenda
  • Contato
  • Quem somos
© 2025 - Todos os direitos reservados. 2i9 negócios digitais
  • Navegação
  • Home
  • Notícias
  • Lançamentos +-
    • Nacionais
    • Internacionais
    • Boas da Semana
    • Trevas da Semana
  • Colunas
  • Entrevistas
  • Agenda
  • Contato
Siga-nos nas redes sociais
  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter
  • Youtube
  • Spotify