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Artistas: Depois do hype do Tomorrowland, grandes palcos garantem longevidade?

17 de Outubro de 2025
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Na era dos virais e das redes sociais, a visibilidade pode ser instantânea — mas nem sempre - ou raramente - é sustentável. Em um mercado onde DJs emergem e desaparecem com a mesma velocidade de um trending topic, compreender o papel de ter uma boa estratégia e um plano de carreira tornou-se essencial para transformar notoriedade passageira em relevância duradoura.

“Tocar no Tomorrowland Brasil é como ter um holofote enorme virado para você. É um marco, dá credibilidade, coloca seu nome no mapa. Mas esse momento por si só não garante uma carreira”

Afirma o estrategista fonográfico Diogo O’Band, fundador da NOMMAD Media, com o qual batemos um papo.

Diogo e sua empresa já trabalharam com artistas como JORD, Bruno Furlan, Silver Panda, Fatsync, Paranormal Attack, M4uz, Gottinari, Jho Rosciolli, acumulando milhões de streams. Ele explica que festivais de grande porte funcionam como vitrines de alcance global, mas sem uma estrutura sólida o vôo pode ser de galinha.

“O festival abre a porta; o que sustenta a carreira é a estratégia que vai ditar os próximos passos”

Completa.

De acordo com O’Band, a diferença entre o artista do hype e artistas consistentes está no planejamento. “O artista do hype vive da exceção; o artista consistente vive de um plano. Muitos ainda acreditam que dá para construir carreira tentando ganhar na loteria todos os dias — com vídeos virais ou hits de ocasião. Isso pode até gerar barulho, mas não gera solidez.” Veja abaixo alguns pontos da opinião do profissional sobre o tema.

Diogo O’Band
Diogo O’Band


Branding: o DNA da carreira

No universo da música eletrônica, branding é a tradução de uma identidade artística em algo reconhecível, coerente e memorável. “Branding nada mais é do que como os fãs e a indústria percebem você. É encontrar algo marcante e repetir até ficar gravado na memória coletiva.”
Para DJs e produtores, esse processo envolve quatro pilares: assinatura sonora, narrativa, estética e tom de voz. “Se cada passo for uma surpresa desconexa, não é branding — é ruído.”


Quando o hype vira ruído

Casos de ascensão rápida seguidos por desaparecimento são comuns. “É o clássico: o artista estoura um hit, toca em festival, assina com gravadora, mas não tem proposta definida. A música seguinte não conversa com a primeira, não há narrativa, o público não entende quem ele é. Resultado: desaparece em 12 meses.” O fenômeno, conhecido como one hit wonder, é o reflexo de uma indústria cada vez mais imediatista.

Tomorrowland
Tomorrowland


Branding que constrói permanência

Artistas que se consolidam sem depender de hype mostram que consistência vale mais do que explosão momentânea. “Peggy Gou construiu branding antes do hit global. Black Coffee nunca foi viral, mas é reconhecido por uma sonoridade inconfundível. No Brasil, ANNA e Gabe são exemplos de como identidade e coerência sustentam relevância internacional.”

Na prática, branding se sustenta em duas frentes complementares: marketing e relações públicas. O marketing cuida do desenho estratégico de dados — o xadrez que antecipa movimentos, constrói campanhas e gera visibilidade. Já as relações públicas operam em uma dimensão menos imediata e mais profunda: a construção de legitimidade e a comunicação eficaz com diferentes audiências.

É o trabalho de RP que transforma presença em reputação. Se o marketing desperta a atenção do público, as relações públicas criam contexto, narrativa e chancela institucional. Quando a imprensa fala do seu trabalho, formadores de opinião e agentes do setor, o artista deixa de ser apenas um nome em ascensão e passa a ocupar espaço no debate cultural da cena.

Em um mercado de saturação digital, onde todos competem por segundos de atenção, a credibilidade mediada por relações públicas é o que diferencia quem é notícia de quem apenas anuncia. O resultado é a consolidação de uma marca artística que resiste às oscilações do algoritmo.

Tomorrowland
Tomorrowland


O algoritmo não faz carreira

“Os algoritmos são o novo palco, mas eles apenas amplificam o que já existe”

Observa O’Band.

A confusão entre alcance e relevância é o erro mais recorrente. “O que transforma plays em fãs é a narrativa. A música é o canal, mas o que fideliza é a história que o artista carrega. O algoritmo entrega números; o branding transforma números em comunidade.”


Pensar como empresa

Para artistas emergentes, a mudança de mentalidade é o primeiro passo. “Antes de sonhar com palco, o artista precisa desenhar seu próprio modelo de negócio. Quem não entende que carreira é empresa, acaba sendo apenas mais um no mercado.” Isso inclui compreender que cada música, aparição e parceria devem servir a uma estratégia maior de posicionamento — e que sem consistência de mensagem, não há valor de marca a ser preservado.

O mercado internacional já entende que o branding é um ativo financeiro. Lá fora, artistas vendem catálogos milionários porque, junto das músicas, vendem também a marca que construíram em torno delas. No Brasil, essa percepção ainda amadurece — e dentro da música eletrônica, o entendimento sobre o papel das relações públicas na consolidação de carreira começa a ganhar força.

O hype tem prazo de validade; reputação, não. O artista que constrói uma marca forte e uma comunicação coerente transforma cada oportunidade em alicerce. No fim, a diferença entre ser lembrado e ser relevante está em compreender que música é arte — mas carreira é estratégia.


Imagem de capa: Reprodução.

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  • Tomorrowland
  • branding
  • Mercado
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Redação Play BPM

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