Buscando sempre diferenciar-se e não entregar mais do mesmo, o DJ e produtor RA7A tem se dedicado a produzir o que realmente gosta e acredita, aplicando toda sua experiência em música eletrônica em suas produções. Seu mais novo lançamento, “Dangerous”, traz elementos marcantes, e assim como as últimas produções do artista, está repleta de instrumentos que trabalham de forma harmônica criando uma melodia extremamente envolvente. A track está disponível em todas as plataformas digitais pela Braslive.
Apaixonado por música eletrônica desde sua infância, muito cedo Rafael teve como referências artistas como New Order, Depeche Mode, Tecnotronic e Snap. Ainda adolescente, ele colecionava CDs de dance music, até se envolver profissionalmente com o mercado em 2001, quando tornou-se dono de um clube. Rafael foi um dos pioneiros no sul do Brasil a acreditar e investir na cena eletrônica. Logo em 2003, passou a atuar como DJ profissional e desde então tocou em diversos clubes e festivais do Brasil. A paixão pela produção ganhou forma em 2015, quando fazia parte do projeto Stereo Wave. Agora em seu projeto solo como RA7A, o artista busca agradar os fãs com sua sonoridade.
Confira nosso papo com RA7A:
Play BPM: Como foi o processo de criação da “Dangerous”? Você já tinha feito algo parecido antes?
Dangerous foi o terceiro lançamento do meu recente projeto solo como RA7A, às primeiras faixas já vinham caminhando por essa onda mais melódica, mas em Dangerous acredito que cheguei na identidade que venho procurando para o projeto. Uma linha mais para o melodic House. A criação começou quando encontrei essa acapela e achei fantástica, depois disso desenvolvi a melodia. Comecei pelo pad, depois baixo, em seguida fui para bateria e por último os arpejos. Depois que tinha a idéia pronta comecei a lapidar tudo incluindo efeitos de transição, e afinando bem a bateria, até chegar no resultado atual.
Play BPM: Como você encaixa suas influências na hora de produzir?
Hoje estou muito influenciado pela gravadora Anjunadeep, e passo semanalmente principalmente quando estou dirigindo ouvindo bastante do que lança lá ou que eles recomendam em suas playlists. Confesso que 90% do tempo que estou no spotify tenho ouvido referências provenientes dos playlists de curadoria da Anjunadeep.
Play BPM: O que você tem feito para enfrentar este momento de tantas incertezas que estamos passando?
Pessoalmente tenho me focado em pensar no melhor, mas com a consciência de estar preparado para o pior. Quando digo pior, estou falando de tudo voltar ao normal somente em 2022. Já artisticamente tenho me focado em produzir o que realmente gosto, sem estar ligado às reações de uma pista de dança. Como atualmente perdemos esse contato, ver minhas faixas ganhando cada vez mais ouvintes mensais nas plataformas de Streaming tem me trazido um sentimento de realização pessoal e estimulado a continuar produzindo, independente de quando vamos voltar com as pistas.
Play BPM: A ruptura que a pandemia gerou e tudo que passamos nos últimos meses te transformaram de alguma forma?
Com certeza. Digamos que estava na zona de conforto, hoje tenho buscado formas alternativas para gerar renda já que os shows e eventos foram suspensos. Vinha prolatando vários projetos e quando surgiu a pandemia, com a necessidade de buscar novas fontes de renda, percebi que era hora de realizá-los.
Play BPM: Como você descreveria o “novo Ra7a” quando as coisas voltarem ao “normal”?
Com toda certeza mais preparado para enfrentar adversidades inimagináveis como essa da pandemia, que podem surgir.
Play BPM: O que podemos esperar de Ra7a em 2021?
Muita música nova, inclusive com lançamentos em gravadoras estrangeiras, estou bem focado em fazer meu som romper fronteiras.
FOTO: Diego Jarschel