Entrevistas

Com uma carreira de 11 anos, conversamos com Brych sobre sua trajetória na cena

Atuando como DJ desde 2010, Bruno Brych vem consolidando ainda mais sua carreira ao se lançar como produtor musical, transitando entre Progressive House, Melodic Techno e House. Ele acumula grandes conquistas em 11 anos de trajetória pela cena eletrônica nacional: foi finalista do torneio mundial de DJs Miller Soundclash, na edição Brasil, em 2017, ficando entre os três melhores do país. Além disso, seu primeiro EP "Precious Time/Collide" alcançou o 40º lugar no Hype Top 100 do Beatport.

Natural de São Paulo, seu nome repercutiu pelo mundo. O artista comanda o programa de rádio "We love it, We play it" e já se apresentou ao lado de grandes nomes, como Armin Van Buuren, Kaskade, Gareth Emery, Markus Schulz, Avicii, EDX e muitos outros.

Seus shows envolvem histórias, trazendo um mix de gêneros e criando momentos nostálgicos e emocionantes para o público. Para saber mais sobre a história desse DJ e produtor, o convidamos para um bate-papo. Confira:

Como surgiu a ideia de ter um projeto de música eletrônica?

Em 2021, completei 11 anos de carreira como DJ. Meu background musical teve um início relevante e crescente através dos eventos que eu produzia na época em que trabalhei na Pacha SP (2009/2010), junto com nomes como Marcelo Arditti, Rafael Yapudjian e Rodrigo Ferrari, que estavam começando o movimento musical e conceitual do House Music na época.

Sempre fui muito curioso e apreciador da cena eletrônica, e por estar em contato com renomados produtores e artistas mundiais, resolvi aprender a mixar, com o então Pioneer DJM 300 e CDJ 100 em eventos privados. Após algumas apresentações, fui elogiado e apoiado por algumas referências minhas da cena e assim iniciei meu primeiro projeto chamado Brych & Brandz, no qual tocava com um outro DJ, o Rafael Brandão. O projeto durou três anos. Depois, segui sozinho criando minha própria identidade musical.

Como você descreve sua sonoridade?

A minha raiz é o Trance, sempre tive contato com as labels e artistas mundiais da cena, pois eu os representava para os eventos na época da Pacha SP. Sendo assim, meu amor pelo gênero sempre esteve presente e é algo que me identifico até hoje e busco impor nas minhas produções. Infelizmente, a cena Trance no Brasil é fraca hoje em dia e o artista que quer estar em evidência e ganhar destaque, ao meu ver, tem que migrar para outros gêneros mais acessíveis aos eventos e ao gosto dos contratantes.

Por isso, hoje em dia minha sonoridade transita entre o Progressive House, Melodic House e Techno. Assim, em minhas apresentações busco criar diferentes momentos onde a emoção, vibe e energia estejam presentes em sinergia. Gosto de criar breaks uplifting para o espectador sentir a melodia e letra tocando o seu coração, e um drop enérgico e massivo para que ele sinta a vontade de dançar sorrindo. Eu diria que minha sonoridade acaba sendo uma fusão de estilos musicais.

Recentemente você gravou um live set, como foi essa experiência?

Foi, sem dúvidas, uma das experiências mais emocionantes e marcantes da minha carreira até então. Em 2017, eu fui um dos finalistas do torneio Miller Soundclash Brasil, noo qual passei por um live set com jurados e foi algo que me fez amadurecer, crescer e me preparar bastante para ocasiões como essa onde estaria sendo filmado e demonstrando toda minha aptidão e destreza no comando das pick-ups.

Sem dúvida, essa live se tornou um divisor de águas na minha carreira, pois eu nunca tinha tido a oportunidade de mostrar todas as minhas facetas como artista em um único show, no qual 70% do setlist foi feito por mim, através de várias músicas originais, remixes autorais e inúmeros mash-ups, sem contar com IDs de amigos. Tudo isso em um local paradisíaco com uma estrutura de som e imagem de extrema qualidade e com o apoio de uma grande marca Everlast.

Você também participou de um reality show. Como isso afetou sua carreira como um todo?

Sim, participei de um reality show da plataforma Netflix, o qual atingiu o primeiro lugar na audiência do Brasil e gerou muita curiosidade dos espectadores em conhecer mais a fundo a vida e o dia a dia dos participantes. Sendo assim, isso engajou bastante minhas redes sociais e pude atingir um maior número de seguidores que puderam conhecer meu trabalho. Aos poucos, fui ganhando muitos novos admiradores e fãs do meu conteúdo e repertório musical.

O que podemos esperar de Brych para 2022?

Ano passado alcancei alguns marcos importantes e expressivos para mim dentro do meu início como produtor musical em setembro, quando lancei quatro tracks originais (sendo duas em um EP) e também um remix de um clássico da House Music..

Fui abraçado por duas grandes gravadoras, a Vex Distro e a renomada Elliptical Sun Recordings, nas quais pude ter uma projeção de lançamentos muito boa, atingindo o Top 100 Hype Beatport (44º lugar) e Top 100 Progressive House chart Hypeedit (49º lugar), sem contar os suportes de artistas como Ferry Corsten, Yves V, Lee Coulson, DJ Feel e muitos outros

2022 será uma continuidade dessa crescente e já temos alguns lançamentos programados. Iniciaremos o ano com música boa. Agora em janeiro, mais precisamente no dia 21, meu próximo single se chama "Victoria", track intitulada e dedicada a minha sobrinha recém nascida, que será lançada através da gravadora Vex Distro.

Imagem: divulgação.