
Formado em publicidade, o DJ e produtor Marcelo Botelho é uma das figuras que costumam ser vistas atrás das picapes das mais concorridas festas e casas noturnas de São Paulo, Rio de Janeiro, e outras cidades. Apaixonado por música, produz sets que variam entre Rock, Indie, Hip Hop, Soul & Funky, House Music, e suas vertentes, o que acaba chamando a atenção dos mais variados estilos de público. Marcelo comanda as picapes pela 5ª vez consecutiva no badalado Réveillon de Trancoso, sendo o responsável pelo agito de festas e ativações organizadas pela agência de entretenimento Haute, no vilarejo do sul da Bahia, entre os dias 25 de dezembro de 2015 e 2 de janeiro de 2016. Tivemos o prazer de entrevistá-lo, e você confere o resultado logo abaixo:
Começei faz tempo, eu era muito pequeno e sempre gostei de música. Com 12 anos de idade, eu ouvia na rádio e adorava música eletrônica. Eu morava perto da Paulista, e frequentava muito a DJ Shopping, e conheci o DJ Irai Campos, e partiu daí a vontade de ser DJ. Eu ganhei dois toca-discos de Natal, e comecei a fazer as festinhas do prédio onde morava e da escola onde estudava. E minha carreira profissional como DJ começou na época da faculdade, tocando nas festas da Atlética e em alguns bares em São Paulo. A parte da produção veio depois da faculdade, quando já estava mais inserido no meio.
Eu sempre tive o DJ Marky como inspiração no estilo de tocar. Outras inspirações foram Armand Van Helden e Frankie Knuckles. Os estilos Soul, Groovy, e Disco music. Mesmo que hoje eu toque mais Tropical House e Deep House, eu tento usar essa roupagem mais clássica.
Eu acho que a música eletrônica vem crescendo muito desde os anos 90 internacionalmente, onde muitos artistas apareceram. Hoje, com a internet e o acesso que temos a equipamentos e tecnologias mais modernas, facilitou-se o desenvolvimento de produtores e DJs no nosso pais. Um bom exemplo foi o Lollapalozza esse ano, que é essencialmente um festival de Rock, e foi impressionante o público que o Calvin Harris arrastou pro palco principal do evento. Os grandes DJs de hoje podem ser comparados às estrelas do Rock dos anos 70, quando o Rock estava no auge. A cena no Brasil também cresce hoje em dia, com muitos DJs nacionais indo tocar lá fora.
É uma profissão que não é fácil. Toquei muito tempo em barzinhos e festas de faculdade até conseguir chegar onde estou hoje. Mas se você tem amor pelo que faz, e pela música, você pode ser um DJ de sucesso. Fazer a carreira duradoura é uma das maiores dificuldades. É necessário também ter uma boa equipe por trás, uma assessoria legal, para que se consolide.
O primeiro conselho é ter dedicação. Estudar as técnicas e ter humildade também são importantes. É um caminho longo, e existem várias coisas envolvidas. O importante é nunca desistir e confiar no seu trabalho; desenvolver sua carreira e aproveitar todas as oportunidades que aparecem para mostrar seus resultados. Manter-se atualizado e aproveitar o seu momento. O DJ tem que saber sentir seu público e levar sua pista.
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