Entrevistas

Entrevista exclusiva com a dupla francesa Faul & Wad Ad

Maxime Ledu e Camil Meyer, mais conhecidos como Faul & Wad Ad, são dois amigos de faculdade que formam uma promissora dupla francesa que surgiu no cenário da música eletrônica fazendo um enorme sucesso logo de cara. Com seu hit Changes , lançado em 2013, os jovens receberam muitas propostas de pessoas interessadas em investir em seu trabalho, que surgiu de modo bem espontâneo, deixando bem claro que o que não falta à dupla é talento.

Com todo esse estouro na carreira da dupla, eles ganharam muita visibilidade e começaram a fazer turnês pela Europa e pelo mundo. Neste ano, marcaram presença em nada mais nada menos que a terceira edição do TomorrowWorld, o que com certeza prova que ainda podemos deles esperar muita coisa positiva. Confira abaixo a entrevista na íntegra!

No momento, o deep e o tropical house estão em alta na Europa. Esses estilos vêm crescendo em um ritmo absurdo por lá nos últimos meses, e isso muito provavelmente vai acabar alcançando o mundo todo. Ainda mais com a Internet; tudo se move mais rápido por conta dela. O deep e o tropical house estão começando a crescer na América do Sul também, e nós achamos que em cerca de 1 ano, ou quem sabe alguns meses, já serão alguns dos estilos predominantes da região.

Bem, obviamente não esperávamos isso tudo. O processo foi basicamente… Dois estudantes, melhores amigos, resolveram sentar no quarto e fazer uma collab por diversão. Nós não tínhamos objetivos nem nada; apenas a diversão entre amigos. Só que, quando colocamos o resultado na Internet, a repercussão foi imensa, e muita gente começou a vir falar conosco por causa dela… Foi bizarro. Aquele tipo de história que só acontece com 1 em 1 milhão.

Para nós, foi basicamente uma consagração. Esse é um dos maiores festivais do mundo, e ter a oportunidade de tocar lá foi simplesmente incrível; nunca imaginamos que seríamos capazes de alcançar isso um dia. A plateia foi demais, e esse foi certamente um dos momentos mais marcantes de nossas vidas. A energia do local era algo incomparável, mas infelizmente, não pudemos ficar lá por muito tempo, pois tínhamos que descansar para os nossos próximos shows.

Temos muita vontade, e estamos torcendo para acontecer!

Achamos a cena eletrônica daqui muito forte. As pessoas são simpáticas, e as plateias têm um certo fator que não se vê em lugar nenhum do mundo… É algo único. Muita energia positiva, e o pessoal reage diretamente ao que você toca. E é justamente por conta disso que tocar aqui não é algo muito fácil. Você precisa adaptar o seu set e o seu trabalho para essa plateia em específico. Às vezes não vale a pena tocar alguns hits que podem estar bombando na Europa, e alguns hits daqui não fariam tanto sucesso lá. É tudo uma questão de adaptação.

Sinceramente, todos os músicos nos inspiram, sejam DJs ou não. Até quando o som em si não nos agrada, procuramos ouvir e analisar tudo, pois às vezes existem certos elementos lá que podemos usar em nossos trabalhos. Coisas novas. Nós passamos uma boa parte do tempo ouvindo rádio no carro, na Internet, no YouTube… Nós gostamos muito de deep house, obviamente, e temos ouvido muito tropical house, future house, e EDM ultimamente. O negócio é manter a mente aberta; não gostamos de ficar presos a um estilo, senão vamos acabar nos limitando.

Certamente! Lançamos um remix há cerca de 2 semanas, que só está disponível para streaming no momento, mas já passou de 2 milhões de plays. Para celebrar isso, faremos uma track grátis para todos os nossos fãs, que será lançada em breve! Infelizmente, não podemos dar uma data exata, pois sempre que fazemos isso, acaba atrasando… Então o máximo que podemos dizer é que esperamos que ela seja lançada antes do Natal!

Estamos adorando! O Brasil é um lugar muito bom. Nós estivemos no Rio no ano passado, e foi a nossa primeira vez. Fomos assistir à Copa do Mundo, e gostamos muito da atmosfera do lugar. As pessoas assistiam às partidas na praia! Essa é a nossa segunda visita ao país, e foi em boa hora; é quase inverno na França, e como aqui é ao contrário, não estamos tendo que lidar com aquele frio todo.