Entrevistas

Em entrevista, LÀCCA comenta lançamentos pela Nova Music Group, desafios e planos para 2023

Por Nazen Carneiro

O ano já começou voando para LÀCCA que foi convidado pelos produtores do game GTA para integrar a trilha sonora ao compor remix para a faixa " Green Eyes Taxi ", de Olg Kvasha, junto de Vallent.

Apesar do lançamento ter ocorrido no dia 31 de Dezembro de 2021 pode-se considerar que este foi o primeiro grande fato de 2022 para o artista que foi convidado a tocar em dois dos principais eventos de música eletrônica do carnaval do Rio de Janeiro: Bloco AME e Bloco Deep para mais de dez mil pessoas. Visão mágica: dia amanhecendo e LÀCCA no comando da pista principal em cima de um trio elétrico tocando techno.

LÀCCA está em evidência não só por seus mais de 2,5 milhões de views no Youtube mas pelo seu propósito de transformar vidas através da música. Em suas lives, tanto a música quanto a energia do artista cativaram milhares de pessoas e chamaram a atenção dentro e fora do país, como no caso da gravadora americana Vex Distro. Recentemente Lacca lançou três músicas pela gravadora de Londres, Nova Music Group. Trata-se das faixas D Bufalo - que teve review publicado aqui no Play BPM - , Horizon e Submarino 1.1 que ultrapassaram 200 mil streams nas plataformas digitais e continuam reverberando. Tudo isso refletiu e a imprensa do Brasil tem dado especial destaque ao artista que também figurou em artigos publicados na América Latina e na Europa em 2021 e 2022.

Para saber mais sobre tudo isso, Nazen Carneiro convidou LÀCCA para uma entrevista, publicada com exclusividade no Play BPM! Mas antes, vamos de música:

Play BPM: Como foi tocar para dez mil pessoas no carnaval? Bom demais, né?

Bom. Mas bom mesmo foi poder fazer o meu set quase que 100% autoral com músicas novas e unreleased sem fugir do meu estilo com uma resposta fantástica do público.

Play BPM: Olhando para trás, musicalmente, o que mais mudou no Lacca de hoje para o LÀCCA de um ano atrás?

Com certeza um amadurecimento musical. Hoje, quem me conhece, já sabe qual é o meu som e o que esperar do meu set.

Play BPM: Isso é decorrente de você firmar a sua identidade sonora. Como definiria seu estilo musical com suas próprias palavras?

Techno. Não aquele techno reto e quadrado. Um techno cheio de groove misturando vocais viajantes e que fazem o público aderir as fortes batidas do techno e a melodia do house.

Play BPM: Quando se trata de outros artistas, quem está no seu case?

Enrico SAN Giuliano, Carbon, Alex Stein, Charlotte de Witte, Victor Ruiz e o Zac, para citar alguns. Uma mistura desses artistas. Eu aprendo muito vendo a Charlotte tocar. Gosto muito do estilo dela em mixar e de construir o set. Outro que sempre dá aulas de long set é o Zac.

Play BPM: Gostaria de compartilhar novidades que vem por aí em 2023?

Em 2023 temos lançamentos previstos para o primeiro trimestre por gravadoras importantes do cenário brasileiro e é claro que a continuidade das Psycho Lives além de participação em eventos de rua, que eu adoro. Eles servem para propagar e difundir a cultua eletrônica, algo que estou comprometido.

Play BPM: Você bombou o Psycho Lives, que é transmitido pelo twitch, na pandemia. Comenta esta história e o desafio de manter a audiência por gentileza.

Eu acredito que o desafio é estar resmpre relevante. Eu tenho uma ligação muito forte com este show, afinal além de ter contribuído para me projetar para a cena do Brasil e de fora, o Psycho Lives deu origem ao nome da minha primeira track, lançada pelo SoTrackBoa Records, a Psycho Psycho. A track foi lançada um ano após ter fechado com a gravadora, tudo por causa da pandemia e o meu som já tinha mudado completamente (risos).

Aliás, acho que todo esse meu amadurecimento musicalveio em grande parte pela existência do show e da possibilidade tocar muito e testar muitas e muitas tracks. Veja que só no Twitch, desde julho de 2020, já são quase 1000 horas de transmissão. Pode ter certeza que “fora do ar” eu toquei o triplo disso.

Play BPM: Levando em consideração o seu último lançamento Submarino 1.1, dá para dizer que esta é a identidade sonora do LÀCCA ?

Dá pra dizer que é uma das minhas facetas. Eu estou em sempre procurando novas batidas, novas sonoridades, novos ritmos. Eu curto muito tocar entre 126 a 132 bpm, principalmente pois o que eu mais gosto é fazer long set, que da pra fazer uma viagem entre vários estilos dentro do techno.

Play BPM: Deixe uma mensagem para o pessoal que curte teu som e acompanha seu trabalho.

Laccazzetes e Laccanáticos, eu sou o LÀCCA e com vocês e por vocês, transformo vidas através da música, obrigado por tudo! Só tenho a agradecer por tudo que o público tem feito, sem eles nada disso faria sentido.

Imagem de capa: Marcos Samersom