ENTREVISTADO #6: Apaixonado por música e pela vida, Santti fala sobre carreira e sonhos
Responsável por conquistar muita gente por seus vocais marcantes em suas produções e sua emoção incomparável na pista, Santti possui envolvimento na música desde muito cedo com seus acordes diferenciados e continua impressionando cada um a sua volta por sua constante evolução e bom gosto na cena. Á nosso convite, batemos um papo mais do que exclusivo com o menino prodígio sobre sua vida pessoal, carreira profissional, lançamentos e outras curiosidades que você confere aqui:
Play BPM: Olá Santti! Tudo em ordem? Obrigada por ter aceito nosso convite para participar do quadro ENTREVISTADO! É um prazer imenso ter você aqui fazendo parte do nosso time de entrevistados! Vamos ao que interessa: Qual seu nome completo, idade, cidade natal e há quantos anos você é DJ e Produtor?
Santti: Lucas Lorenzetti dos Sants, 27 anos, nasci em Tangará da Serra, produzo há 12 anos e sou DJ há 2 anos.
Play BPM: Notamos que o nome de seu projeto até o presente momento não tem referência com o seu verdadeiro nome. Existe algum significado específico para você carregar “Santti” como nome de seu grande projeto?
Santti: Na verdade, existe a referência sim: “San” de SANtos e “Tti” de LorenzeTTI, (risos). Homenagem ao meus pais!
Play BPM: Vimos que você iniciou sua carreira ainda muito jovem na música. De onde e quando surgiu essa vontade de ser DJ e Produtor? Você tem alguma influência dentro ou fora da cena que te inspirou a seguir em frente no início da carreira e que te inspiram até hoje?
Santti: Sempre fui de ter várias bandas ao mesmo tempo, pois como eu toco bateria e violão desde os 10 anos de idade, a música sempre esteve presente na minha vida. Depois que estava um pouco de “saco cheio” de banda por ter muita gente envolvida, muitas opiniões, isso vai te cansando… Até que descobri a produção de musica eletrônica, que foi onde me encontrei. O começo da musica eletrônica na minha vida foi quando ganhei de meu padrinho um walkman com uma fita da “Summer Eletro Hits”. Como eu morava no Mato Grosso, lá não se ouvia muito eletrônico na época. Depois na adolescência conheci o Gui Boratto que sempre foi a maior inspiração pra mim na cena BR.
Play BPM: Como foi a reação dos seus pais quando eles descobriram que você gostaria de viver apenas da música? Eles já esperavam isso ou foi um choque para eles?
Santti: Eles já esperavam, na verdade… Eu sempre fui muito ligado a música, mas acabei fazendo o curso de Engenharia Civil, me formei, mas utilizei o título por apenas um ano. Hoje, graças a Deus trabalho só com a música, que é o que amo.
Play BPM: Já que estamos falando em inspirações, o que em específico faz você admirar um profissional e se espelhar nele?
Santti: Acho que mais do que um hit momentâneo, tem toda uma carreira pra se analisar. Admiro hoje quem consegue ter uma carreira longa e consistente.
Play BPM: Você é conhecido na cena como “menino prodígio”. Como você se sente sendo reconhecido por uma expressão tão forte como essa?
Santti:É, eu venho sendo chamado assim nas divulgações de festa e tudo mais por ter feito algo grande em um espaço curto de tempo, toquei em vários festivais como XXXperience, em grandes clubs como Laroc, lancei músicas que bateram alguns milhões de plays, isso me faz apenas levar essa expressão como um elogio, e fico feliz por isso.
Play BPM: Acompanhamos no começo do ano via Instagram seu belíssimo casamento em Trancoso, na Bahia, com a sua “eterna” e única namorada. Conta para gente qual é e como foi a sensação em se casar com a sua primeira e única namorada? É difícil conciliar a carreira de DJ com a vida de casado?
Santti: SAUDADES CASAMENTO! (risos). Foi um momento inesquecível da minha vida. A minha história com a Heloisa é algo raro, nos conhecemos desde a pré-escola, então sempre tivemos nossas vidas muito próximas. Começamos a namorar na adolescência e casamos, simples assim! (risos). Sobre conciliar com a vida de DJ eu acho que quando você passa confiança para a pessoa e respeita ela fora de casa, não importa qual seja seu trabalho, isso não vai ser um problema.
Santti:1 instrumento musical: Bateria1 destino dos sonhos: ALGUM LUGAR QUE EU POSSA FAZER SNOWBOARD1 arrependimento de vida: Não lançar minhas músicas antes1 momento inesquecível em sua carreira: Aniversário na Belvedere Beach Club1 momento inesquecível em sua vida pessoal: Casamento1 música que te inspira: No turning Back – Gui Boratto1 DJ: Kolsch1 pessoa: Heloisa1 bebida: Gyn1 club/festa inesquecível: XXXperience – SP em 2018
Play BPM: Existe algo que você faça antes de começar a produzir para te inspirar? Talvez um ritual?
Santti: Ritual não, mas sento com a guitarra, coloco bastante efeito nela e deixo a melodia ir fluindo.
Play BPM: Como é sua rotina fora da música eletrônica? Você pode considerara-la um tanto quanto agitada ou você prefere a calmaria pelo menos nos dias de folga?
Santti: Pós-final de semana eu sempre guardo um dia para dar atenção para as pessoas da minha família, o restante é sempre muito agitado! (risos).
Play BPM: Teria algo peculiar que você goste ou até mesmo que você faça que queira contar para nós?
Santti: Quero contar que no Rock in Rio, dia 05 de outubro, vai ter um show completamente novo, vou dividir a ansiedade com vocês (risos).
Play BPM: Como surgiu a parceria com o Vintage Culture no remix oficial de “Céu Azul”? Você acreditava que pudesse alcançar o marco de ter um remix com esse grande nome da cena no início de sua carreira?
Santti: Eu tinha feito um remix e colocado ele no meu Soundclound. Um belo dia de sol o Vintage me mandou inbox pedindo a parceria nela, mandei pra ele, ele mudou a cara da música (para melhor, óbvio) e conseguimos esse lançamento. Eu que sou fã do CBJR e sempre toquei em minhas bandas, foi uma honra sem tamanho!
Play BPM: Logo após o remix oficial da música de CBJR acompanhamos sua trajetória com a track “Sunshine” com o duo Cat Dealers e Lothief que já ultrapassou mais de 35 milhões de streamings. Logo após veio o lançamento de seu hit “Sober”, também com o duo, com mais de 25 milhões de plays. Em sua opinião, qual foi o diferencial das duas músicas que a fizeram alavancar esses números?
Santti: Na minha parte, acho que foi uma sonoridade diferente do meu vocal que chamou a atenção das pessoas. É aquela coisa né, se quer se destacar, faça o diferente!
Play BPM: Notamos que as duas tracks com o duo Cat Dealers foram um verdadeiro sucesso. Como surgiu a ideia de trabalhar com um duo como esse? O que mudou na sua vida desde então?
Santti: Os guris são bacanas demais! Fomos apresentados pelo Ricci, conseguimos lançar a “Sober” juntos e depois veio a “Sunshine”. Foram com essas músicas que consegui sair da Engenharia Civil e trabalhar com a música. Só tenho a agradecer esses “mlks zikas” do RJ! (risos).
Play BPM: Qual foi o momento mais especial de sua carreira até o momento? Aquele que você sentiu a maior plenitude da vida?
Santti: Foi quando consegui largar meu antigo emprego e poder pensar em música 24hrs por dia. QUE MOMENTO MEUS AMIGOS! Muita gente não sabe, mas temos muitas pessoas hoje no Brasil com esse sonho de sair do seu próprio quarto, onde ali ele passa muitas horas fazendo suas músicas. É um caminho árduo, mas no final das contas vale a pena, e muito!
Play BPM: Em sua opinião, quais os pontos mais fortes e os mais fracos no nosso cenário?
Santti: Fortes: Hoje temos festas que lotam com line up completamente de brasileiros. Fracos: Vários! Nada é fácil, mas você tem que se preparar, parar de reclamar e fazer o seu melhor, sempre.
Play BPM: Atualmente, qual o seu maior sonho como DJ e produtor?
Santti: Em curto prazo, quero lançar músicas de qualidade, com videoclipes ou animações com um resultado diferente do padrão, fazer algo pra cena brasileira que saia do óbvio. Na “Friendship” dei um start nesse processo, mas sei que falta muito ainda! Em longo prazo quero apenas conseguir me manter no mercado com o estilo musical que eu acredito.
Play BPM: A pergunta que não pode faltar e que o público mais aguarda: quais são as novidades exclusivas que você pode nos dar e o que podemos esperar do projeto para o final do ano?
Santti: Música: temos agora a “Friendship” com Sarza que é uma pegada menos comercial. Já na sequência vem a “So Good” com Make u Sweat e Kiko Franco. Tenho música com o alemão Keemo também, o cara que já foi engenheiro de áudio de bateria do Michael Jackson e me ensinou muita coisa! Falando sobre eventos temos dois grandes desafios esse ano, o Rock in Rio, dia 05 de Outubro que nem preciso comentar o quanto isso é gigante e realizador para um artista, né? E em Setembro temos a XXXPERIENCE em SP que é um festival que já toquei duas vezes, mas sempre quero mostrar algo novo nele.
Play BPM: Para finalizarmos esse incrível bate papo que tivemos você teria algum conselho importante para quem sonha em ingressar na cena eletrônica?
Santti: O conselho é simples: NÃO VAI SER FÁCIL, exige muito estudo e tempo de trabalho. É o que eu sempre falo para as pessoas que me perguntam o quanto é uma vida boa essa de DJ… Hoje eu trabalho muito mais do que quando eu era engenheiro civil. Então tenha certeza do seu sonho! Se você acha que vale a pena segui-lo, faça música, construa sua base, pois assim você terá uma carreira longa. Produza! Para entrar no mercado de música eletrônica atualmente você precisa possuir suas próprias músicas. Fazer apenas um bom set em alguma festa não vai te sustentar no mercado. Obrigado pela entrevista!