Entrevistas

'A fotografia me trouxe até aqui, sem ela não existiria MERIVA, muito menos Pepe', conta Fabrizio em entrevista

Um conhecido nome da cena eletrônica adiciona mais uma habilidade em sua carreira. Além de trabalhar por trás das lentes, o fotógrafo Fabrizio Pepe passa a atuar também na frente delas, pois inicia seu projeto MERIVA como DJ e produtor. Acostumado a frequentar as maiores festas e festivais no Brasil e no mundo, ele vai usar de sua bagagem e conhecimento do backstage para ganhar os palcos e conquistar ainda mais o público.

Conversamos com Pepe sobre arte, sonoridade, inspiração, carreira e projetos para 2021. Confira!

O que te inspirou a começar o projeto MERIVA?

Sempre fui fanático por musica eletrônica. Lembro de ter uns 14 anos, meu quarto tinha um globo de discoteca e uma luz negra onde eu ficava com meus amigos ouvindo CDs da Energia 97. Desde então sempre acompanhei a cena como fã e fotografando. Em 2019, já havia pensado em começar um podcast com sets das musicas que eu mais gostava, mas foi na pandemia que realmente consegui aprender a tocar melhor e me dedicar a isso, porque não aguentava mais ficar ouvindo musica sentado hehehe. Acredito que o projeto foi e está sendo meu melhor remédio para a cabeça não surtar com a falta dos eventos e trabalho.

Que tipo de sonoridade você pretende chamar de sua?

Eu sou louco por Progressive House desde sempre e pra sempre hehehehe, mas hoje tenho muitas influências e referências no Afro House, House e Deep House. Gosto de fazer sets com um pouco de tudo que eu gosto, porque acredito que ficam mais leves e dançantes.

O que podemos esperar de MERIVA para esse ano?

Esse ano, com certeza, pode esperar bastante conteúdo! Como não sabemos o que vem pela frente, o plano é soltar bastante set, fazer mais lives e soltar as músicas que venho trabalhado no estúdio!

Como é a sua relação com o Vintage Culture? Ele te “apadrinhou” nessa nova jornada?

O Vintage é como se fosse um irmão ou até mais. Nossa relação já tem quase sete anos e sempre falamos muito do nosso gosto musical. A verdade é que ele talvez seja a pessoa que mais viu realmente o quanto eu amo música eletrônica e acredito que por isso ele me deu de presente de aniversário um espaço pra tocar com Meca e Illusionize na live de 50 horas. De fato nunca conversamos sobre meu futuro, mas o Lukas já me viu tocando algumas vezes e ter ganhado esse presente dele com certeza me impulsionou a acreditar mais nesse meu sonho.

Você sempre teve interesse na carreira musical?

Sempre gostei muito de música, mas acreditava que meu lugar era só na fotografia e cenografia. Quem realmente me puxou e fez acreditar é meu mentor de produção, o Viking. Até então eu não acreditava que eu realmente iria tanto pro lado da música.

Pretende deixar a fotografia em segundo plano e se dedicar à carreira de DJ?

JAMAIS! A fotografia me trouxe até aqui, sem ela não existiria MERIVA muito menos Pepe. Hoje pra mim o sonho, a melhor entrega possível é onde eu posso montar a cenografia do evento/live, posso fotografar e ainda ter um after pra tocar hahahaha.

Você pretende fazer mais lives no estilo da que você fez de aniversário?

Sim! Hoje tenho um time muito competente e cheio de energia na Time Travelers (minha empresa de cenografia e audiovisual). Então já estamos planejando a próxima, mas ainda sem data .

Como você juntaria as duas artes, fotografia e música, no que diz respeito ao seu projeto MERIVA?

Hoje, eu diria, na verdade, que pro Meriva eu junto as três artes que mais gosto de fazer. A cenografia e a fotografia me ajudam muito a criar a estética do projeto, como, por exemplo, tocar no teto da Meriva.

Você acredita que o seu olhar para a fotografia pode exercer algum tipo de influência na forma como você toca?

Não sei se exatamente o meu olhar, mas, com certeza, a vivência que a fotografia me trouxe na música, os festivais e festas no Brasil e fora dele ajudaram e ajudam a moldar o MERIVA.

Quem são suas maiores inspirações na produção musical/carreira de DJ?

Acho que minha maior inspiração, mesmo antes de começar a tocar, com certeza é Pryda. A sonoridade e toda estética dele sempre me encantaram muito! Além dele acho que hoje minhas maiores referências são: Yotto, Cristoph, Who made Who, Hyenah, entre outros vários! Hoje o cenário no país e fora tem muita mas muita gente boa que é difícil pensar em todos os nomes. Acho que minha maior inspiração hoje é voltar a ver pessoas dançando e poder agora fazer elas dançarem também!