Entrevistas

O gaúcho Fers quer ser reconhecido pela técnica de suas produções

Renovação. Essa é uma palavra que nem sempre fez parte da música eletrônica. Quando começou a surgir nos anos 70 e ganhar evidência nos anos 80, a variedade de estilos e artistas nem se compara a que temos atualmente. A partir dos anos 2000, com o avanço da tecnologia e aparecimento de novos DJs/produtores, o lado comercial ganhou força e então começamos a ver um crescimento significativo da cena.

Mas nos últimos 10 anos o cenário mudou completamente. Com os estilos bem mais ramificados e mais possibilidades abertas, muita gente decidiu entrar de cabeça na indústria, um deles é o gaúcho Fers , influenciado principalmente pelo movimento independente da cena de Porto Alegre. “Tenho apenas 3 anos como DJ e produtor, mas desde o início fiz cursos e mentorias com pessoas gabaritadas do mercado, hoje meu foco é 100% nas minhas produções, quero evoluir cada vez mais”, explica.

Fers possui dois EPs lançados de forma independente — que já teve o respaldo positivo de BLANCAh — e se prepara para mais um lançamento. “Eu tenho noção da minha capacidade e de onde quero chegar. Alguns professores elogiaram muito meu crescimento técnico nesse pouco tempo produzindo e isso tem me motivado bastante”, contou o produtor, que tem passado também por uma transformação de identidade.

“Jamais vou fazer aquilo que não gosto. Ultimamente passei a cultivar um carinho especial pelo Techno voltado ao peak time, testei algumas produções nesse estilo e simplesmente me apaixonei. Não vou deixar de lado as melodias que fazem parte da minha essência, mas podem esperar um som um pouco mais pesado nos próximos lançamentos”, revela.

Um pouco desse lado mais intenso e obscuro que Fers deseja seguir foi mostrado no seu mais recente podcast gravado para o canal Connect. Espere por melodias hipnotizantes, ambiências inusitadas, sons rasgados e linhas de baixo potentes.