Falamos com Ital sobre sua história no Psytrance e o mais novo lançamento pela Vagalume Records
Sabemos que o trance psicodélico está em boas mãos quando entramos em contato com o trabalho de artistas como Ital. O DJ e produtor chileno tem 15 anos de história e experimentações com as frequências hipnotizantes do Psytrance, fato que ele comprova novamente com seu novo lançamento pela Vagalume Records, o single "Psychedelic Spaceship".
Por curiosidade, "Ital" significa "pureza" no dialeto jamaicano Patois. Tem tudo a ver com a maneira como este artista enxerga o mundo, um grande campo vibracional que nos leva adiante – no caso da música eletrônica, nos leva coletivamente a patamares elevados de expansão da consciência. Conversamos com ele sobre este lançamento na tradicional gravadora brasileira e mais aspectos de sua caminhada.
Oi, Ital, tudo bem? Você era guitarrista antes de entrar na dance music. Qual foi o momento definitivo para você, quando descobriu que o Psytrance seria a sua carreira?
Ital: Desde pequeno eu sempre estive ligado à música. Comecei tocando guitarra aos 14 anos e logo dei início a minha carreira de DJ, com 16 anos. Quando descobri o psytrance no Ecuador, em 2011, recebi uma mensagem que através dessa música eu devia entregar uma mensagem de consciência, luz e amor para este mundo.
E em um nível pessoal, qual é a sua missão de vida e de que maneira o seu trabalho como DJ e produtor ajuda tal missão a se cumprir?
Ital: Eu sinto que minha missão na vida é transmitir a energia universal que nos cura, expandir a consciência dos seres. Minha forma de fazer isso é a música.
Conte-nos sobre o Brasil. Tem boas memórias de apresentações por aqui e de descobertas culturais em nosso país?
Ital: Eu amo o Brasil, tem sido minha inspiração por muitos anos desde que eu comecei a viajar e tocar por lá, em 2004. Começando com o Transformation e Trancendence Festival, em Goiás, e no Universo Paralello Festival, é claro. Desde ali viajei por muitos cantos do Brasil, desde a Amazônia até Porto Alegre, podendo conhecer a diversidade cultural incrível que tem o querido Brasil. Desde lá fiquei apaixonado pela bela cultura e a conexão que ainda existe com a natureza, e de suas raízes indígenas desta maravilhosa terra.
Conte-nos os talentos latino-americanos de Psytrance que mais vêm chamando a sua atenção ultimamente.
Ital: Tem muita música boa novas rolando pela América do Sul. Produtores sempre muito bons, desde antigamente até hoje, algunos como:
The First Stone, Burn in Noise, Altruism e Labirinto, e das novas gerações têm Earthspace, Technology, Avan7, entre outros. Na Argentina tem MorSei, grande produtor dos últimos anos. No Chile tem Ovnimoon, Josh e novos talentos como Sharmatix. A força tá batendo na América do Sul, para que todos possam expandir essa mensagem de união pelo mundo.
Como começou o seu relacionamento com a Vagalume Records e por quê achou que seria a label perfeita para lançar "Psychedelic Spacechip"?
Ital: A família da Vagalume foi quem abriu as portas no Brasil pra eu poder mostrar minha arte e música. Sinto um grande carinho especialmente por Juarez Petrillo, produtor do Universo Paralello, Ekanta, Zumbi, Chicodelico e família toda, meu Brother Pedrão com quem fizemos juntos o The Big Bang e Rene Shove, que andamos juntos nesta caminhada desde os inícios de nossas viagens. Todos eles desde o começo me ajudaram a tocar lá e em outros cantos, abrindo os caminhos da música pra mim no Brasil. Eu sempre serei muito agradecido por toda a ajuda que eles me deram e sinto muita gratidão de poder participar com mais uma música na Vagalume Records.
Como foi o processo criativo deste single e de que maneira esta sonoridade resume a sua identidade sonora?
Ital: Inspirado em casa pela minha família, minha esposa Coni e minha amada filha Dalai, está track foi fluindo nas profundidades do mato no sul do Chile para chegar na Vagalume Records. Nela encontramos a essência e conexão psicodélica do Psytrance, que temos que seguir elevando e expandindo como missão, para reconectar com a sabedoria ancestral que mora em todos nós.
De que maneira você enxerga o Psytrance no mundo atualmente? Acredita em uma cultura mais viva do que nunca?
Ital: Eu sinto que atualmente a cultura psytrance está mais viva que nunca, sobretudo após a pandemia que todos vivemos.
Aquela força nasceu novamente para fazer a gente dançar e elevar a vibração através da dança e música e voltar a nos conectar com nossa essência como seres humanos.
Espero poder seguir entregando minha mensagem de paz e amor por muitos anos. Seguir inspirando gente neste mundo que às vezes se torna complicado, mas que temos nossos mestres e guardiões pra nos ajudar nesta caminhada chamada vida.
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