Entrevistas

Mago das lentes: pelas câmeras e para os olhos, Fernando Sigma comenta sobre a Kollectiv Eyewear, marca de óculos que nasceu em plena pandemia

Se você é um frequentador assíduo dos eventos de música eletrônica no Brasil, especialmente em São Paulo, com certeza já esbarrou com Fernando Sigma rodando as pistas com sua câmera em busca dos melhores momentos, sorrisos, explosões e olhares. E o que acontece quando uma só lente não é suficiente para a alma de um empreendedor e, então, o indivíduo vai em busca de novas formas de transformar o olhar do público?

É o que fez Sigma ao lado de Andrezza, sua companheira na vida e nos negócios, com a Kollectiv Eyewear , marca de óculos perfeitos para os festivais e festas que amamos. Nascida na pandemia, a marca já é um sucesso e está sempre presente nos eventos da capital paulista, compondo o estilo do público e protegendo os olhos, que dizem por aí, são "a janela da alma". Sobre este novo negócio, conversamos com Sigma e aqui você confere o bate papo:

Oiii Sigma! Tudo bem?? Você, o mago das lentes, já é figurinha carimbada por aqui, mas agora é a vez de falar de um outro tipo de lente, aquela dupla que protege nossos olhos - e nossa brisa -, compõe os nossos looks e nos deixa mais estilosos! Sim, estamos falando da Kollectiv Eyewear, sua marca irada de óculos que está bombando em diversos eventos de São Paulo - e quiçá de outros lugares! Primeiramente, conte-nos um pouquinho sobre a história da Kollectiv Eyewear.

Olá, primeiramente agradeço o espaço para poder contar um pouco da nossa história. A Kollectiv nasceu durante a pandemia, no começo de 2020, momento em que eu estava parado com a fotografia, sem a possibilidade de fotografar eventos. Foi então que novas ideias começaram a borbulhar e passei a estudar novos empreendimentos, fiz um curso de importação e vendas on-line, e fiquei algum tempo pensando no que vender, ao mesmo tempo que pesquisava produtos, até que cheguei nos óculos escuros. Tinha tudo a ver comigo, pois sempre gostei de óculos de sol, principalmente os diferentões, que aliás, são bem difíceis de encontrar aqui no Brasil por um valor acessível. Depois disso, criei toda a identidade visual da marca, logo, site, Instagram, e botei pra rodar! A partir daí, meu público já aceitou bem a nova ideia!

Música é música em qualquer lugar, mas sabemos que a eletrônica tem um espaço mais que especial no seu coração. Onde a Kollectiv Eyewear e a Dance Music se encontram?

No começo da marca, eu estava um pouco perdido com o tipo de público para o qual ela seria direcionada. Tentei enviar para algumas influenciadoras de moda e não tive sucesso, era um público com o qual não estava habituado a lidar, então após algumas tentativas malsucedidas, parei para pensar… Onde eu estava melhor inserido? Na música eletrônica, é claro! Além disso, tem tudo a ver com óculos escuros, como não tinha pensado nisso antes? Foi então que criei um direcionamento para o público da E-Music, desde a comunicação até os modelos de óculos que venderíamos. Após isso, veio a ideia de vender nas festas de música eletrônica, o que bombou e finalmente concretizou o negócio. As pessoas amam comprar um oclinhos novo durante uma festa.

Você é uma das maiores referências de fotografia no mercado de eventos do Brasil. Como a sua experiência de olhar através das lentes da câmera influencia e/ou inspira na idealização deste novo tipo de lentes?

Acho que a fotografia, e minha paixão pela arte em geral, ajuda muito na criação artística do negócio. Toda a parte visual e criativa tem forte influência nessas habilidades que trouxe como bagagem durante anos de experiência. Mas além disso, existe o meu lado empreendedor, e a experiência que tive com a Sigma F tornou o processo de construção de uma marca, e também da empresa, mais fácil.

A Kollectiv nasceu durante a pandemia e já conquistou o coração dos amantes de rolês que vêm seu stand e logo se apaixonam pelos modelos incríveis de óculos expostos! Como foi construir uma marca nesse período, perceber seu potencial e agora testar tudo isso no retorno ao “novo normal”?

No começo foi um pouco difícil, pois muita coisa era nova para nós, principalmente a parte de vendas. Criar um stand do zero e entender o que o cliente queria foi um processo lento, porém muito evolutivo. Quem acompanha nosso Instagram e vê os posts dos nossos stands nas festas, entenderá perfeitamente do que estamos falando. Nós começamos praticamente do zero, com quase nada de investimento, eram 20 - 30 óculos no nosso estoque, que foi aumentando conforme as vendas também aumentavam. Testar essa ideia que veio lá de trás agora no pós-pandemia está sendo muito prazeroso, ver a nossa evolução, nosso stand ficando cada dia mais bonito, a variedade de modelos cada dia maior, e a felicidade dos nossos clientes é muito satisfatório, ao mesmo tempo que é um sinal de que estamos indo pra frente e melhorando cada dia mais.

Falando sobre novidades, recentemente a Kollectiv lançou sua nova coleção, que leva o nome “BPM”, conte-nos um pouquinho sobre este lançamento!

A Coleção BPM traz os modelos mais diferentes da nossa marca, que foram pensados para serem usados em festas, desde modelos com lentes mais claras para serem usados à noite, até modelos com armações em formatos mais extravagantes. Os óculos levam nomes que remetem a termos da música eletrônica como os modelos VIBE, FEAT e MIXING. Além disso, boa parte dos modelos que serão lançados nesta coleção será pela modalidade de DROP, ou seja, poucas unidades disponíveis para cada um, garantindo a exclusividade para quem os possui. Para esse ano de 2022 ainda teremos o lançamento de mais modelos fiquem ligados!!

Quem já teve a oportunidade de esbarrar em um stand da Kollectiv, com certeza pôde perceber a presença de sua sócia - nos negócios e na vida -, Andrezza, que está sempre ao seu lado! Como funciona esse “backstage”? De que forma o processo criativo inundado de amor atua na marca de vocês?

Todas as idéias são discutidas entre nós. Hoje a Andrezza atua mais na parte física do negócio, principalmente no stand nas festas, sendo responsável por toda a parte criativa, organização, produção e realização do ponto de venda. Eu sou responsável por toda a parte on-line, criativa e administrativa do negócio. Juntos formamos a combinação perfeita para que tudo seja realizado da melhor forma possível, complementando ideias e demandas que apenas um de nós não conseguiria fazer.

Por último, sabemos que você é um grande sonhador e realizador. Então, queremos saber: qual é o seu sonho em relação à Kollectiv e o que você diria para aqueles que, assim como você, têm um sonho e desejam colocá-lo em prática?

Nosso sonho é atingir todo o público da música eletrônica, ter o reconhecimento da marca nesse meio, no Brasil, e quem sabe até mesmo mundo afora. Já temos planos para o futuro, sonhamos com collabs com grandes festas e os maiores artistas da cena, e temos planejamentos para que isso se torne realidade em breve.

Minha dica para quem tem um sonho é: comece, coloque em prática e arrisque, não tenha medo de começar do zero, mesmo com muito pouco, pois a maioria dos grandes empreendimentos também começaram pequenos. A Kollectiv nasceu em um dos meus momentos de maior fragilidade, onde eu estava impedido de exercer a minha principal função, e com muito estudo e amor por um projeto, hoje ele se concretizou, traz frutos para a minha vida e tenho certeza que no futuro trará muito mais. Tudo isso só foi possível através de muita dedicação, estudo e, claro, com o desconforto e medo de começar algo novo com chances de não dar certo. Mas mesmo assim, é preciso arriscar e ter muita paciência caso você queira colher frutos para ter uma vida extraordinária após alguns anos de muito trabalho duro.