
Relacionamento durante a crise: falamos com Maicoln Douglas e Gui Accula, da MDAccula
Falar sobre a paralisação dos eventos já está soando um pouco repetitivo e cansativo, então aqui resolvemos ir direto ao ponto: o que as marcas, principalmente aquelas responsáveis pela produção de eventos, podem fazer para se manter relevantes e próximas do público mesmo sem as festas? Duas palavras podem resumir o que falaremos adiante: adaptação e comunicação.
Pelo menos é assim que a MDAccula está conseguindo enfrentar essa difícil fase da indústria. Fundada por Maicoln Douglas e Guilherme Accula, hoje a marca é responsável por trabalhar em parceria com algumas das maiores produtoras de eventos de música eletrônica de São Paulo, como Entourage, BeOn, Seven Lifes, Laud, Perfect Life, D-Edge, Laroc/Ame, Deep, Sirena, Parador, Nos Trilhos, Evidence, XXXPerience e Today.
Mas como está sendo o trabalho nos dias atuais? “Estamos focados em novos projetos, nos sentimos na obrigação de começar a colocar ideias que estavam no papel em prática, mas é um trabalho de valorização da marca, nada que traga algum retorno financeiro imediato. Já estamos felizes por não termos desaparecido nessa pandemia, agora, com alguns eventos de bar e restaurantes voltando, estamos começando a fazer pequenos trabalhos”, explica Maicoln.
A palavra da vez, claro, é adaptação, característica que precisa ser considerada por todos neste momento. Mas para a equipe da MDAccula, cujo objetivo é lotar o máximo os eventos, o trabalho agora é mais qualitativo do que quantitativo. “Nós resolvemos manter nosso negócio ativo. Temos feito ativação de parceiros, sorteios, divulgação de notícias que envolvam o mundo de eventos, apoio a DJs que estão conosco, etc., foram algumas iniciativas que ajudaram a manter a marca viva”. Além disso, também idealizaram um podcast que acabou de ter o primeiro mix lançado, por Leo Diniz:
Mais do que nunca, a parceria entre a comunidade clubber e todos os envolvidos na indústria é praticamente o único meio de manter o negócio ativo. “É importante que todos deem as mãos e trabalhem com aquilo que puderem, da forma que puderem. O intuito é se manter no mercado de alguma maneira, afinal, quem não é visto, não é lembrado, né?”, reflete Guilherme Accula.
Já as lives, tanto faladas e praticadas neste período, financeiramente não surtiram tanto efeito, segundo à equipe. “Os que conseguiram superar expectativas foram marcas que tem reservas financeiras para poder fazer um trabalho diferenciado e entregar algo magnífico, como a Tomorrowland virtual, que cobrou ingressos para quem quisesse ter acesso ao show, os números bombaram superando 1 milhão de vendas”, contam.
O momento, então, pede resiliência, afinal, a situação é delicada e o retorno dos eventos deve acontecer de forma delicada e gradual: “Todos devem ter em mente que voltar a atuar 100% como antes, acontecerá somente após uma vacina ativa no mercado, até lá, todos terão de ter paciência e prestar apoio uns aos outros Se algo está ao seu alcance e você pode ajudar, faça. Um compartilhamento, uma mensagem, uma pequena doação, toda ação é bem-vinda para quem sobrevive da música”, finaliza Maicoln.
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