O nome do Future Rave no Brasil: conversamos com DEADLINE sobre conquistas da carreira
Entre a conquista mais recente - alcançar o primeiro lugar no Top 100 Hype (Mainstage) do Beatport com o remix de "Harder", de Santti e MKLA -, DEADLINE vem colecionando grandes sucessos na cena eletrônica desde que largou seu emprego formal para se dedicar 100% à música.
De lançamentos na Kryteria e Sosumi (Kryder) e Revealed (Hardwell), o brasileiro tem sido o rosto do movimento Future Rave no Brasil, ganhando destaque mundial nas plataformas de streaming e nos clubes e festivais, afinal recebe com frequência suporte de big names internacionais.
Conversamos com o DJ e produtor sobre seu processo de evolução musical, bem como sua presentça nos charts mundiais. Confira:
Nos últimos 2 anos você teve um desenvolvimento de seu projeto aparecendo em diversas gravadoras internacionais e recebendo diversos suportes importantes. Como você enxerga isso?
Os suportes e oportunidades em gravadoras internacionais são um grande combustível pro DEADLINE, isso me mantém focado e buscando evoluir a cada música nova.
Em 2020, você estreou na Revealed de Hardwell, na Kryteria e Sosumi de Kryder e na sub-label da Smash The House de Dimitri Vegas & Like Mike. Esses artistas são inspiração para você de alguma forma?
Todos esses artistas sempre foram inspiração, principalmente na fase em que ainda não sabia como produzir , então chegar até eles foi uma honra e muito gratificante por lembrar das escolhas que fiz e o quanto tive que aprender até alcançar o nível de produção que pudesse ser aceito em suas gravadoras.
2020 ainda foi um grande ano, com collab com DJ Antoine, remixes oficiais para Alok na CONTROVERSIA e suportes de David Guetta e Tiësto. Você sente que está chegando cada vez mais perto de seus ídolos? Como foi isso para você?
Mesmo sendo coisas que sempre quis que acontecesse, não sabia como e nem quando de fato iriam ocorrer. 2020 foi um ano muito especial, pois apesar da pandemia, foi quando muitas pessoas da cena puderam conhecer o meu trabalho depois dos suportes do Vintage Culture, e nesse tempo fui buscando novas oportunidades pra mostrar a consistência do projeto, e foi ai que tudo isso aconteceu: collab com o DJ Antoine, convite para remixar o Alok, entre muitas coisas legais.
Já em 2021 você ficou em #7 no Top 41 Producers Climax Play Brazil, sendo um dos produtores brasileiros com mais suportes pelo mundo. Qual é a sensação de ter suas tracks chegando cada vez mais longe?
Foi uma grata surpresa, por ser um artista em crescimento e ver o meu nome entre grandes nomes estabelecidos da nossa cena, isso com certeza me deu ainda mais força chegar cada vez mais longe.
Ano passado foi também um grande ano de diversas collabs, inclusive com o próprio Kryder. Como é trabalhar com outros artistas? No caso do Kryder, como foi essa produção?
Trabalhar com outros artistas é um grande aprendizado, pois cada um tem as suas particularidades durante a produção, então é sempre enriquecedor dividir esse espaço. O Kryder é um ótimo mentor, a nossa collab veio depois de receber vários suportes dele em 2020. Começamos a conversar pelo WhatsApp e pouco tempo depois já estava lhe enviando algumas ideias, e ele acabou gostando bastante da primeira versão de “You & I”, que se tornou a nossa collab lançada pela famosa Black Hole Recordings, sendo a minha track com mais suportes até hoje.
Seguindo a leva, 2022 veio grande já com suportes de Nicky Romero e W&W no seu rework free download de um clássico de Guetta. Você acredita que essa seja uma boa maneira de chamar a atenção dos grandes DJs da cena?
Sim! Remixes e bootlegs são uma ótima maneira pra obter o primeiro contato com grandes artistas, minha porta de entrada com Vintage Culture, DJ Antoine e os remixes para o Alok surgiram de bootlegs que chamaram bastante a atenção deles, então sou muito a favor dessa estratégia. Claro que nem sempre o artista da música original vai ouvir o seu trabalho, mas como nesse caso de “The World Is Mine” recebi diversos suportes de grandes nomes e também foi bastante aceita pelo público
DEADLINE é figurinha carimbada nos charts da 1001tracklists. Qual a importância desses charts para você?
Os charts me ajudam a me conectar com muitos produtores ao redor mundo, e quanto mais suportes a música recebe, mais chances ela tem de estar no set dos big names. Também nos últimos anos percebi que os grandes artistas da cena valorizam e reconhecem o top 101 producers do 1001tracklists, então ter a oportunidade de figurar o nome entre os maiores do mundo é desafiador e também importante pro posicionamento de marca como produtor e artista.
O que podemos esperar ainda esse ano do projeto?
A continuação dessa história com collabs secretas a caminho, e ainda mais suportes pelo mundo.
Imagem de capa: divulgação.