Entrevistas

“Assim como o animal mitológico, quis transmitir o sentimento de renascimento e superação com ‘Phoenix'”, diz Santti

Com certeza você já ouviu por aí os hits “Sunshine”, em colaboração com LOthief e Cat Dealers; “Sober”, também com Cat Dealers; e o remix de “Céu Azul”, ao lado Vintage Culture. O também responsável pelas tracks de sucesso que acumulam 119 milhões de plays é Santti, jovem super conhecido por nós e que segue dia após dia consolidando cada vez mais o seu espaço no território da música eletrônica.

Em entrevista à Play BPM, Lucas Lorenzetti, nome que carrega o projeto, nos conta um pouco mais sobre seu último lançamento, “Phoenix”, em parceria com Diskover e com os vocais de Matthew Parker. Ele também fala sobre a carreira como DJ e produtor e suas referências do cenário, além de revelar um spoiler do que podemos esperar do Santti este ano. Confira!

Play BPM: Você comentou que existiram outras versões de “Phoenix” até chegar a versão final. Pode nos contar um pouco mais sobre esse processo e o que te inspirou para a última versão? Santti: A primeira versão da “Phoenix” foi criada em 116 BPM, o que complicou a produção pois minhas músicas são normalmente feitas acima de 122 BPM. Após não ficarmos felizes com as três primeiras versões, a música ficou um tempo parada e este ano revivemos ela. Depois de acelerar o BPM, conseguimos finalizá-la e transmitir a mensagem como queríamos, que é sobre renascimento e superação, assim como o significado do animal mitológico, a Fênix.

Essa é a segunda track que você e o Diskover lançam juntos. Como é a sinergia dentro do estúdio entre vocês e como decidiram produzir mais um single? Na verdade, nós nunca nos juntamos em um estúdio, apenas nos encontramos em festas. Nosso trabalho é todo feito a distância, decidimos fazer mais um single pois o Diskover me mostrou o vocal do Matthew Parker e eu fiquei impressionado com a qualidade do que tinha ali. E assim aconteceu a “Phoenix”.

Você produz há aproximadamente 14 anos e decidiu se tornar DJ há 4 anos. Como foi a transição de produtor para DJ e produtor? O que acredita ter mudado em sua vida? Acho que o produtor se conecta muito com a música, já o DJ se conecta mais com pessoas. São atividades complementares e sou muito feliz sendo DJ e produtor.

Você já produziu tracks ao lado dos maiores nomes no cenário brasileiro da música eletrônica. Existem DJs/produtores que você ainda deseja realizar algo junto e por quê? Ultimamente tenho escutado muito Ben Bohmer, seria incrível poder me juntar com ele no estúdio e fazer algumas melodias épicas, rs.

Como enxerga que será a relação do público com eventos quando tudo “voltar ao normal”? Acredita que o cenário será mais valorizado? Acho que quando for liberado vai ser uma emoção muito grande pra todos, temos um sentimento de saudade muito grande para ser preenchido.

Quais são suas maiores referências musicais? Sou uma pessoa que escuta muita música o dia todo, escuto muita coisa antiga também, mas se for pra citar algumas, citaria Gui Boratto, Ben Bohmer e Calvin Harris.

Pode nos contar algum spoiler que podemos esperar este ano do Santti? Pra quem gostou do Santtilab, este ano tem vários pra sair. No spotify estou lançando músicas mais tranquilas por agora, para ouvir relaxando em casa, no carro… Já os DJs e amantes das pistas de música eletrônica, quando todos estiverem vacinados, aí sim vem a grande surpresa! Mais pra frente eu conto!