Scape W explica influências que formam seu som único e distinto, confira
Lucas Paiva e Envoy Music escolheram a melhor forma possível para estrear na música eletrônica: com um álbum. “Day After Day” chegou às plataformas digitais com nove faixas, mostrando as habilidades musicais diferenciadas dos integrantes da Scape W, misturando diversas vertentes da música eletrônica a outros gêneros musicais.
Os artistas, que já tinham uma carreira solo na música antes do projeto, perceberam que poderiam unir os talentos como cantor, compositor e multi-instrumentista do Lucas com os de DJ e produtor de Envoy, criando inúmeras músicas em pouco tempo de estúdio.
Em “Day After Day”, algumas faixas são releituras de grandes músicas - como “Overkill”, “Waste a Moment”, “Beautiful Girl”, “Wild Blue”, “Human”, “There Is a Light that Never Goes Out” e “Are You Gonna Go my Way” - , onde o duo faz sua versão e transforma um som fora da cena eletrônica em uma arma para as pistas de dança. Mas não se trata de um remix e sim de um cover, uma versão assinada pelo Scape W de uma faixa que eles gostam ou que o público gosta.
Assim, misturando gêneros e vertentes, eles são responsáveis por criar um som que consideram “único” e “distinto”. Conversamos com os artistas, que também lançaram recentemente o single autoral “If You Still Love Me”, para entender como funciona o processo de criação e produção do duo, bem como sobre suas inspirações e referências na música. Confira:
Olá, Lucas e Envoy! Obrigado por falar conosco! Queremos saber um pouco mais sobre as influências musicais de cada um de vocês, dentro e fora da música eletrônica. Podem nos contar? E como podemos definir as inspirações musicais da dupla Scape W?
Oi! As nossas influências são: Bhaskar, Vintage Culture, Don Diablo, John Summit, Diplo, Cassian, Tchami e Innellea. As nossas inspirações estão mais no mundo do Techno, às vezes com sons mais pesados e às vezes mais melódicos.
Vocês resolveram passear pela música eletrônica como um todo, sem se prender a uma vertente, mas como foi tomar essa decisão? Pretendem também trabalhar com outros gêneros, como o Pop, por exemplo?
No começo a gente foi só fazendo música, sem foco em gênero e nada disso. Agora estamos mais focados em fazer músicas mais Tech House e pista. Acreditamos que sempre vamos ter um pé no pop pelos vocais do Lucas Paiva serem mais pop, mas recentemente estamos explorando músicas mais faladas e pista.
Notamos que dentre as nove faixas do “Day After Day”, o álbum de estreia de vocês, há algumas releituras que fizeram para faixas já conhecidas de The Killers, Kings of Leon, Men at Work e mais. Como é o processo de produção ao fazer novas versões?
O nosso processo foi bem consistente de música a música. A gente começava com uma base no piano ou violão e vocal, e íamos construindo a música em cima disso. Por eu, Lucas Paiva, ter saído do Pop, e o Envoy ter saído do Eletrônico, as releituras ficaram um mix desses dois mundos.
Aliás, e como vocês escolhem as faixas das quais pretendem fazer cover/releituras?
A gente geralmente checa o BPM e o Time Signature da música antes de realmente começar a trabalhar nela. Não é toda música que funciona no eletrônico. Depois desse "teste", a gente escolhe as músicas baseada no nosso gosto musical.
Vocês acabaram também de fazer um remix do clássico “Song 2”, da Blur. Quando surgiu a ideia?
A gente queria fazer um remix pista de uma música que todo mundo conhece. Então, começamos a procurar faixas, testamos algumas e a "Song 2"foi a que deu mais certo. Tanto o vocal e a guitarra dela são muito icônicos, e era isso que a gente queria.
E qual artista, da música eletrônica ou não, vocês sonham em receber um suporte e/ou fazer uma collab?
Seria muito dahora fazer um collab com o Bhaskar. A gente está ouvindo bastante os sets dele antes de produzir e tocar. E a linha de som dos novos lançamentos dele está bem parecida com a linha de som que a gente quer seguir no futuro.
Imagem de capa: Divulgação.