Entrevistas

Sofisticada, talentosa e refinada: conheça a DJ e produtora Sophia Dalá Voguét, a diva do warm up

A DJ e produtora brasileira Sophia Dalá Voguét , incorpora inovação e sofisticação em seus sets, que passeiam entre as vertentes mais imersivas da House Music, como o Melodic e o Deep House. Vinda de uma família recheada de músicos e mesclando referências absorvidas ao longo dos anos, Sophia tem o feeling natural de sentir o desejo da pista, apresentando performances incríveis que sempre surpreendem os fãs, sendo conhecida pelo público como a diva do warm up.

A artista, que além de tocar em Nova Iorque e em outros clubes americanos e marcar presença em diversos palcos ao redor do Brasil, como o Pink Elephant (RJ) e Café de La Musique (RS), já aqueceu as pistas para grandes nomes do mercado internacional, como Watermät, Lee Burridge, Vintage Culture e Cat Dealers.

Recentemente estreando seu set no festival online do principal ranking de DJs femininas no mundo, o Top 100 DJanes, Sophia reuniu suas habilidades e longa experiência de discotecagem para criar uma atmosfera refinada com as mais finas sonzeiras do Melodic House frente ao hangar da SETE, no aeroporto de Goiânia.

Batemos um papo exclusivo com Sophia Dalá Voguét sobre carreira e futuro. Certamente essa é uma artista que você deve conhecer e ficar de olho!

Oi, Sophia! Bom falar com você! Você vem de uma família de músicos, certo? Seus pais eram cantores ou tocavam instrumentos?

Sim, eu venho de uma família de músicos, que além de cantarem, tocam instrumentos, ou seja, a música sempre esteve presente em minha vida e isso com certeza me influenciou muito.

Quando você começou a curtir música eletrônica?

Eu comecei a despertar para o mundo eletrônico nos anos 80, quando conheci o OMD lIrchestral Manoeuvres in the dark. A partir deste mundo musical, ao longo dos anos fui navegando em vários gêneros.

E sobre sua carreira?

Eu comecei a produzir e a ser DJ em 2013. Comecei a tocar músicas dos gêneros tropical house, nu disco, house music e deep house.

O que uma música precisa ter para te agradar?

Na verdade eu tenho uma particularidade. Independente do gênero musical, eu preciso de 8 segundos para saber se irei gostar da música. Evito saber o nome do produtor, assim não me deixo influenciar e a maioria das músicas que me agradam estão em tom menor. Gosto muito de criar meus sets respeitando a tonalidade entre eles. Assim o set fica harmonioso.

E como você monta seu set antes de cada festa?

Quando eu monto um set eu pesquiso sobre o evento, qual a proposta deste evento, a faixa etária, horário, quantas horas de show. Enfim, são muitos detalhes que irão fazer muita diferença no resultado da apresentação do DJ.

Sofisticação e elegância são duas palavras-chave para te definir. Você escolhe seus próprios looks?

Eu idealizo um look e passo para a minha equipe viabilizar minhas ideias. Procuro looks que sejam interessantes de acordo com o lugar e o estilo musical.

Você divide bastante seu tempo entre o Brasil e os Estados Unidos, onde você costuma se apresentar em solo norte-americano?

Nos EUA, eu tenho a oportunidade de tocar no Bauhaus, em Houston, no Texas. Lá eu faço o warm-up para vários DJs bem grandes e legais. Tive a oportunidade de tocar no Buddha Bar de New York e em vários outros locais.

É diferente tocar no Brasil e fora dele?

Tocar nos EUA é uma experiência incrível. As pessoas curtem o som e dançam o tempo inteiro. Elas realmente interagem com o DJ. É muito difícil alguém pedir alguma música para o DJ tocar numa balada.

Assistimos sua live no aeroporto de Goiânia, no hangar da SETE. Parabéns pelo trabalho! Como foi gravá-la?

Tocar no Hangar foi uma experiência única. Primeiro porque tocar no toca discos num lugar que venta muito e o barulho é constante é um desafio. Foi muita adrenalina.

Como surgiu a ideia de gravar no aeroporto?

Escolhi o Hangar no aeroporto para expressar a liberdade de podermos viajar em todos os sentidos. A música independente das fases da vida que estamos passando, ela nos transporta para o futuro, presente e passado. Então a música é uma viagem única.

Pelas suas redes sociais, vimos que você já fez diversas transmissões ao vivo. Como é, pra você, construir um set sem plateia?

Quando eu estou tocando, eu literalmente entro em outra dimensão. Esta dimensão musical me inspira de tal forma, que com plateia ou sem plateia, eu me entrego ao set e vou fluindo.

Pode nos dar alguns spoilers do que podemos esperar em 2022?

Em 2022 vão ter muitas novidades, começando por produções musicais no estilo Melodic House. Estarei tocando em vários lugares nos EUA e no Brasil. Farei outras lives em lugares interessantes para continuar postando no YouTube.

Confira agora mesmo o live-set incrível de Sophia Dalá Voguét direto do aeroporto de Goiânia com uma seleção de sonzeiras iradas!

Imagem: crédito - @joaovalentino.