Do Full On ao Chill Out, a Vagalume Records se firma como difusora de música com qualidade na cena eletrônica nacional e internacional. Em operação desde 2004, o time por trás do Universo Pararello se  prepara para encarar novos desafios e chega empenhado para fazer mais.

Passando por um período de renovação, a gravadora tem muito respaldo dentro da história da cultura rave no Brasil. Com suas festas itinerantes, criaram uma legião de admiradores e fãs desse tipo de entretenimento. Além desse papel fundamental, também ajudaram a divulgar talentos e dar oportunidades a diferentes formas de arte. A relevância das suas conquistas falam por si, tendo lançado inúmeros sucessos e formando parcerias importantes ao longo dos anos.

Pensando no futuro, conversamos com os headlabels para saber as minúcias e pormenores dessa história de respeito, os momentos marcantes e o que podemos esperar de todas essas mudanças. Vem ler:

Play BPM: Olá pessoal, obrigada por falarem com a gente. Bom, para começar, como vocês mantêm a essência da Vagalume Records viva por todo esse tempo?

A gravadora no seu tempo de existência teve altos e baixos, é a natureza dos ciclos. Mas a paixão e valorização ao Psy é o que faz a nossa "luz" continuar brilhando.

Play BPM: De 2004 a 2022, quais foram as mudanças percebidas por vocês em relação ao crescimento do Psytrance no Brasil? Onde está o trabalho da Vagalume Records nesse contexto?

O Psy Trance é uma cena underground e até certo ponto bem pequena, só pra se  ter uma ideia o maior festival de psy do mundo não atinge um público com 50.0000 pessoas. Não crescemos muito em números, mas sim em nível de produção musical e vertentes inovadoras, e a Vagalume Records sempre acreditou em novos talentos mas nunca deixou de valorizar as raízes dessa cultura.

Play BPM: Em todos esses anos, vocês deram diversas oportunidades a talentos e ajudaram a espalhar uma cultura psicodélica pelo país. O que isso representa para vocês, olhando para trás, imaginaram chegar a este alcance?

Na verdade tudo aconteceu como mágica, de um sonho nasceu outro e por aí voamos! A gente nunca imagina onde vai chegar, mas é importante sempre se lembrar de onde veio e o porquê de estar aqui.

Play BPM: Quais foram os momentos mais marcantes da trajetória da label? E por que?

Um momento não muito legal, mas marcante, foi quando mudamos de distribuidora e todos nossos releases foram "apagados", por isso se vocês procurarem lançamentos de antes de 2015, não vão encontrar, mas como a fênix, conseguimos renascer e voar mais alto ainda.

Play BPM: Como os avanços tecnológicos das últimas décadas influenciaram o crescimento e propagação da Vagalume Records?

Influenciaram de várias maneiras, começando pela mudança da prensagem de CDs migrando exclusivamente para distribuição digital,da relação mais íntima com os artistas (antes toda a conversa era feita através de emails) do alcance mais abrangente das obras via internet, e por aí vai…

Play BPM: Como é feita a curadoria para entrar na gravadora? O que vocês consideram dentro do contexto todo do artista?

Primeiramente a música tem que ter o perfil da gravadora, seja na timbragem ou na história que a  track vai contar, o feeling e também na bagagem de produção musical do artista. No momento estamos "revitalizando" a gravadora, portanto, focando nos artistas já consolidados. Mas o contexto maior é a música boa, é tudo sobre música!

Play BPM: Agora, nos falem mais dessas novidades e próximos lançamentos que aguardam os ravers por aí.

Estamos com releases entre singles e EPs agendados até o final do ano, com lançamentos a cada 15 dias, e podemos garantir que vem muita coisa boa por aí. Recentemente foram lançados o EP do Nevermind, I Don't Wanna Gun, I Wanna Dance!’, uma explosão sonora original que só pelo nome dispensa maiores explicações, além do single “Future Species”, composto por K.I.T.T.Y., Audio X e Werneck.

Fiquem de olho que vem muita gente legal pela frente, inclusive um VA bem especial…

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Por Sofister.

Imagem de capa: Lucas Hamann