Referência nacional, VJ Spetto conta como será o seu trabalho na Gabe All Night Long São Paulo

- Via Assessoria de Imprensa -

Para a primeira edição de sua All Night Long em 2023, Gabe levará ao Komplexo TEMPO, em São Paulo, uma grande carta na manga: o VJ Spetto.

Especialista em direção de imagens e video mapping e fundador dos United VJs e da VJ University, o pioneiro artista é conceituado como uma das maiores referências de sua área no país. Com mais de 25 anos de carreira, tem levado sua arte a alguns dos mais importantes festivais, peças de teatro, programas de TV, museus, edifícios e cerimônias, no Brasil e no mundo.

Foi ele o responsável por projetar, por exemplo, na abertura das Olimpíadas do Rio, em 2016, bem como se consolidou como VJ residente do Time Warp São Paulo — sem falar em seus trabalhos para grandes eventos, como Rock in Rio, Primavera Sound e The Town.

Aproveitamos a oportunidade para tentar descobrir mais pistas do que ele vai aprontar na noite de 26 de agosto, na Gabe All Night Long.

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Spetto, qual a sua relação com o Gabe? Quando vocês se conheceram, e o que os levou a trabalharem juntos?

Conheço o trabalho do Gabe há muitos anos, sempre admirei a potência dele nas pistas. Podemos dizer que ele é uma das maiores referências de música eletrônica, com um som maduro e consistente.

No início do ano, fiz um set com ele na Sun, uma festa de tech house em São Paulo, e fiquei impressionado com o peso. Depois disso, rolou um convite para montar os visuais da nova tour All Night Long, e claro, aceitei.

O que você pode nos contar sobre a identidade visual que está preparando para a Gabe All Night Long?

Estou trabalhando vetores e relações de formas minimalistas com as frequências musicais. A pesquisa toda envolve a criação de sistemas que reagem à música em tempo real. Tecnicamente, são três sistemas rodando ao mesmo tempo, cada um gerando um tipo de imagem, sendo sempre mixados em tempo real.

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Como você descreveria seu trabalho para leigos?

Eu sou aquele que controla as projeções que acompanham o Gabe. Também faço a direção geral do controle de iluminação, ou seja, fico ao lado do cara da luz direcionando quando acender, piscar e apagar o sistema de luz da casa, para deixar o show mais eletrizante.

Como é sua equipe de trabalho? Haverá alguém com você na Gabe All Night Long?

Eu tenho um assistente programador, o Alex Pinheiro, que me ajuda com a afinação dos sistemas durante os testes, mas no dia do show, sou só eu mesmo. Pelé não passa a bola (risos)!

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Em seu primeiro ano, a Gabe All Night Long tinha um conceito mais lúdico, com temática de cabaret. No ano passado, mudou para algo mais high tech, com um palco minimalista e cenas de luzes sincronizadas, e essa linha permanecerá agora com você. Como artista, mas também como prestador de serviços, como você equilibra o desejo do cliente com a sua identidade criativa?

Olha, com o Gabe não tem tempo ruim. Eu gosto muito do conceito atual e tem bem a ver com o que ando fazendo em geral no meu trabalho. Eu prezo pelo estilo e pela precisão na hora de produzir os materiais. Acho que formas minimalistas podem trazer um simbolismo poético ímpar, e isso é algo que me fascina na direção artística desse show. Portanto, não há necessidade de um equilíbrio, pois já estamos falando a mesma língua.

Como prestador de serviço, a única coisa que me desanima é uma música que não me agrada, o que não é o caso.

Quais os principais aspectos em que vocês estão trabalhando para surpreender na Gabe All Night Long 2023?

Visuais reativos à música desenvolvidos em Touchdesigner, sistemas reativos do Synesthesia e outros segredos guardados a sete chaves.

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Do que se trata o Touchdesigner, exatamente?

É um software de criação gráfica e controle de equipamentos modular, que permite redirecionar entradas e saídas de um computador de forma criativa. Hoje em dia, no exterior principalmente, faz parte do cardápio de quase todo VJ profissional.

Na verdade, existe uma tríade: Touchdesigner, Notch e Unreal. São ferramentas que desconstroem a maneira como se produz um visual, e por isso são tão utilizadas.

Desde quando vocês trabalham com essa tecnologia?

Eu venho explorando esse universo já há alguns anos, porém sempre usando de forma experimental em instalações, ou na produção de vídeos fechados, loops, etc. Mas ao vivo, na pista de dança, acho que vai ser a primeira vez que vou usar.

Quais as principais referências para a sua arte? Existem também DJs, músicos e outros tipos de artistas, para além do campo visual, que lhe inspiram diretamente?

Eu digo que tudo que passa pelos meus olhos me influencia de alguma forma. Eu sou um apaixonado pelas imagens, sejam experiências computacionais ou sejam filmes clássicos; seja uma coisa que eu vi na rua domingo de manhã, seja um erro gráfico que acontece quando um equipamento pifa.

Na música, eu tenho alguns eleitos de acordo com a época, e eles ficam no meu playlist em loop. Por exemplo, no momento estou escutando sem parar o VCMG, projeto do Vince Clark e do Martin Gore lançado em 2012, e que redescobri esses dias. A música me inspira o tempo todo.