
Com “Be Free”, Jhonatan Ospina conecta techno à pintura e faixa vira obra de arte em três telas
Após um ano de destaque com lançamentos marcantes e performances audiovisuais memoráveis, o DJ e produtor colombiano Jhonatan Ospina retorna com um novo single pela OMNES Records: “Be Free”, que chegou às plataformas digitais na sexta-feira, 18 de julho.
Desta vez, Ospina mergulha ainda mais fundo em sua proposta artística ao unir batidas potentes a uma mensagem de despertar coletivo — e de quebra, nos proporciona três obras de arte geradas a partir de seu lançamento.
Com três minutos de duração, “Be Free” é uma faixa de techno melódico construída em 124 BPM, na escala de Dó maior. A sonoridade — densa, determinada e vibrante — carrega percussões marcadas, camadas de sintetizadores e elementos instrumentais cuidadosamente escolhidos para criar uma experiência sonora energética e significativa. Destaque para o vocal masculino com efeito de rádio telefônico.
Segundo Ospina, a faixa nasceu de uma inquietação pessoal em relação à liberdade:
“A ideia é de se sentir livre, se permitir ser livre. O vocal da música tem uma frase bem marcante: ‘Freedom is a choice and yet so many people decide not to be free’. Em português, ‘Liberdade é uma escolha, e mesmo assim muitas pessoas decidem não ser livres’", explica Jhonatan.
A produção da música levou cerca de quatro meses. Nesse período, Jhonatan foi lapidando cada detalhe para alcançar um equilíbrio entre poder e leveza, profundidade e pista de dança. O resultado é uma faixa que funciona tanto como ferramenta para DJs quanto como manifesto artístico.
"Be Free" é também a sucessora direta de “Awakening”, track anterior do artista também lançada pela OMNES e que alcançou a posição #24 no chart Hype Melodic Techno do Beatport — um marco importante para um artista independente.
Do som ao visual
Inquieto e sempre à procura de unir sua música a outras manifestações artísticas, Jhonatan Ospina deu “Be Free” para três artistas plásticos criarem obras a partir dela: o grafiteiro OBarbosa e os pintores Joyce Rodrigues (que usou tinta acrílica) e Felipe Grassano (arte fluida).
O resultado você vê abaixo:
“Tive a experiência de sentir uma música que eleva. Começa com um timbre bem baixo, depois vai aumentando, aumentando e aumentando. Tudo o que eu estava sentindo eu expressava em cores, e depois fui detalhando conforme eu me sentia confortável com a obra” — OBarbosa.
“Meu estilo apresenta formas orgânicas, flores e contrastes geométricos, inspirando-se na natureza” — Joyce Rodrigues.
“Meu trabalho artístico investiga a interseção entre cor, forma e memória, criando composições abstratas que exploram a profundidade das experiências humanas” — Felipe Grassano.
“Cada pincelada reflete as emoções e vibrações da música, criando um diálogo cativante entre som e visão. Quero inspirá-lo a abraçar sua própria liberdade e explorar o que isso significa para você”, complementa o DJ.
Um artista em ascensão
Radicado nos Estados Unidos, Ospina tem reforçado sua presença internacional com apresentações que mesclam música eletrônica e narrativa visual — como os sets no Theatro Municipal de São Paulo, no heliponto do Hotel Mercure e, mais recentemente, sua estreia na Clubbing TV, em Paris. Sua arte não é apenas dançante, mas também sensível e crítica, explorando temas como emoção, introspecção, pertencimento e, agora, consciência coletiva.
Com “Be Free”, Jhonatan Ospina mostra que seu som não se limita ao entretenimento: é também instrumento de reflexão. E com cada novo lançamento, ele se consolida como um artista que sabe onde quer chegar e, mais importante, por que está fazendo o caminho.
Mais sobre Jhonatan Ospina
Nascido na Colômbia, baseado nos Estados Unidos e frequentemente ativo em São Paulo, Jhonatan Ospina é um dos nomes mais autênticos do cenário techno global, e se destaca por misturar ritmos poderosos e texturas sonoras profundas, criando uma atmosfera hipnótica, profunda, emocionante e significativa na pista de dança.
Com sets gravados em espaços culturais brasileiros, como Centro Cultural Vila Itororó e Theatro Municipal, e produções audiovisuais de alto nível, como no heliponto do Hotel Mercure, em São Paulo, chama atenção com apresentações híbridas e controle do theremini — synth da Moog que corresponde a uma versão moderna do theremin, um dos primeiros instrumentos eletrônicos criados, no qual os gestos das mãos são captados por sensores e convertidos em sons.
Passeando por vertentes como techno melódico, minimal e progressive techno, Ospina tem entregado grandes lançamentos, entre eles “Space”, via Kollektiv Black, “Addicted to You” — collab com a cantora e compositora brasileira Cris Piza, jurada do programa “Canta Comigo" da Record TV — e “Mistery” com a Cactunes Records, cujo videoclipe foi premiado no Miami Street International Film Festival.
Ganhou prêmio na mesma categoria para Rome Prisma Film Awards, New Jersey Film Awards. Foi selecionado para o Berlin Lift-Off Film Festival, Tokyo International Short Film Festival e indicado ao New York Tri-State International Film Festival.
Imagem de capa: Divulgação.
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