Axwell ? Ingrosso, uma das duplas mais conhecidas na cena eletrônica, após mais de um ano de espera, lançou a track “Dreamer”. As reações dos fãs podem ser resumidas como uma mistura de emoções que vão da decepção a uma apreciação confusa. Essa diferença tão ampla de opiniões decorre da decisão dos produtores de alterar os elementos estruturais ou, em outros termos, da mudança nos drops da track.

A frustração coletiva e a confusão foram exacerbadas pela enorme espera por parte dos fãs até seu lançamento, durante o qual se mostraram ansiosos durante os sets ao vivo ou pela “ID” da faixa – que estreou no Amsterdam Dance Event em 2016 (aúdio no fim do post).

Há quem diga que os produtores suecos despojaram completamente a track de sua identidade. Por outro lado, existem aqueles que defendem essa alteração e consideram que esse tipo de movimento representa uma progressão artística saudável marcada pela vontade de produzir um som diferente.

Desde a dissolução do Swedish House Mafia, após sua apresentação no Ultra 2013, Axwell demonstrou seu desejo de se afastar dos estilos musicais que caracterizavam o house progressivo. O artista utilizou as redes sociais para responder às reações dos fãs, observando que eles podem usufruir de um amplo acervo de faixas que possuem uma abordagem mais purista.

As reclamações recentes sobre a subversão estrutural de Axwell ? Ingrosso dos elementos fundamentais da track não são uma surpresa, especialmente considerando o impacto emocional do grupo nos adeptos do Progressive House ao longo dos anos. Ainda assim, as queixas pedem mais perguntas sobre como a categorização de gênero e o contexto cultural afetam a forma como a música é produzida e, mais importante, é consumida em grande escala. Não só os artistas criam música com seus elementos estruturais e estilísticos em mente, mas muitos prestam muita atenção a como a música será percebida em um contexto cultural maior ou dentro da cena musical.

A mais recente faixa “Dreamer” de Axwell ? Ingrosso poderia ser caracterizada como uma tentativa de explorar um novo território, uma tentativa de amplificar o sucesso de um dos nomes mais populares da música eletrônica. Embora não seja justo considerar a faixa obsoleta ou tirar conclusões sobre as intenções artísticas da dupla, as preocupações dos fãs sobre Dreamer trazem questões relevantes sobre como o contexto configura uma construção de músicas e, em última instância, sua recepção em larga escala.

O que você achou? Dê o PLAY primeiro na versão oficial recém lançada e depois na versão antiga de 2016 e conte-nos sua opinião!

https://youtu.be/T3eTowy8sjQ