*Por Laura Stetner.

Junte uma turma de cariocas amantes de música eletrônica, com uma pitada de inspiração, muito talento, e ouça o resultado: um EP fresquinho e de muita qualidade.

“Precious Time” é a mais nova aventura dos amigos de longa data Afternude e Lisboa , com participação dos conterrâneos Bruce Leroys , Luthier , Cherry e Korvo , este último responsável pela entrega do único remix do disco.

Com o EP recém lançado pela Tropical Beats , selo da dupla Flow & Zeo , os colaboradores de “Precious Time” conversaram com o nosso time sobre amizade, inspiração e processo criativo por trás das faixas:

Play BPM: O nome do ep significa “tempo precioso”. O que isso representa para vocês? Que tempo precioso quiseram “revisitar”?

Lisboa: Para mim representa tempo de mudança, tempo de grande renovação, de tomar uma nova direção para vida e também para a música, abandonar as ideias passadas,  esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. Acreditar que cada segundo é muito importante, porque afinal de contas o tempo é o que temos de mais precioso!

Afternude: Lembramos que o Diogo, do Bruce Leroys, escolheu o nome da faixa em cima da ideia dos vocais usados e o título caiu perfeitamente para o EP que junta tantos amigos de longa data…

Achamos que a colaboração de vocês funciona muito bem! Depois do último single, em 2017, o que levou vocês a unirem forças novamente para produzir um EP?

Lisboa: A vontade de explorar novas ideias, sonoridades e conceitos, preservando a nossa identidade musical, mas também trocando essa experiência com os amigos.

Agora para o Bruce Leroys: vocês e o Afternude são amigos há muitos anos. Como é poder colaborar com quem descobriu a música eletrônica junto de vocês? Existe uma sintonia maior?

Bruce Leroys: Ah, Trabalhar com amigos é sempre muito mais fácil! Nossa cidade tem grandes talentos e é muito divertido criar com o pessoal da área, então achamos que sim, existe uma sintonia que funciona muito bem.

Vocês colaboraram na faixa “Precious Time”. O que, além do Miami Bass, influenciou na produção da track?

A linha mais profunda do Detroit Techno sempre esteve dentro da nossa paleta musical, com bastante atmosfera e leads sintéticos, então tem uma pegada nessa linha também.

Cherry, primeiramente, parabéns pela voz belíssima. Conta pra gente, os vocais foram construídos exclusivamente para a track? Como foi o processo?

Cherry: Então, o vocal foi construído exclusivamente para a faixa sim. Recebi a base e a ideia da melodia veio na mesma hora, como um insight. Aí preenchi com uma letra que se encaixasse na métrica. Eu queria algo fácil, que tivesse um refrão... e quando gravei do celular mesmo, logo aprovaram a ideia. Aí a track foi construída e na versão final fiz as contraposições de vozes que dão o charme pro vocal. Fiquei feliz demais com o resultado!

E vocês, Luthier, que já possuem uma longa carreira na cena… No caso da produção ao lado de tantas mãos, como foi o fluxo/processo disso?

Somos amigos de longa data do Raphael (Afternude) e Gabriel (Lisboa). Com Raphael praticamente começamos a produzir juntos por volta de 2003, moramos na mesma cidade, sempre íamos para o estúdio dele ou ele no nosso, então a troca de conhecimento era uma constância desde o início.

Foi muito natural a junção das ideias e a construção da música fluiu muito rápido, justamente pela proximidade e tempo em que produzimos juntos, acreditamos que cada um conseguiu expressar sua identidade na música. Para nós, foi um prazer essa collab, e mais ainda lançar pela Tropical Beats, gravadora que sempre acreditamos desde o início e hoje vemos essa grande crescente.

Por fim, Korvo, queremos saber também um pouco sobre a sua versão remix, conta pra gente como surgiu o convite e tudo mais...

Korvo: Esse remix foi um convite do meu amigo Gabriel Petrucci (Afternude). A ideia original da track é muito boa, ao escutar ela já surgiram várias ideias e a partir disso tentei captar a essência em uma versão mais melódica. Para mim é um prazer estar de volta à Tropical Beats Music.

Imagem: divulgação.