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DOT conta detalhes de seu novo EP “Dreams of Rio”, inspirado nas paisagens cariocas do nascer do sol ao crepúsculo

- Via Assessoria de Imprensa -

Dona de paisagens de tirar o fôlego e nuances culturais que inspiram, o Rio de Janeiro já se tornou pauta de diversas músicas da indústria fonográfica nacional. Você já deve conhecer algumas delas, como “Aquele Abraço”, canção de Gilberto Gil , o qual ele canta o famoso verso “O Rio de Janeiro continua lindo!”, “Do Leme ao Pontal” de Tim Maia e “Rio 40 graus” de Fernanda Abreu e muitas outras, afinal, não é à toa que ela é conhecida como “cidade maravilhosa”. E agora, essa lista, que já é bem grande, acaba de aumentar, recebendo uma homenagem de um expoente da cena eletrônica.

A paixão de DOT pelo Rio de Janeiro não é de hoje, muito pelo contrário. O artista passou boa parte de sua infância na cidade e desde então, vem alimentando essa apreciação, que abrange desde a sua musicalidade plural, a influência da natureza, povos originários e toda a cultura que pulsa pelos mais diversos campos da capital. E, se essa referência já era transparente em sua identidade sonora, ele faz questão de ressaltá-la ainda mais em “Dreams of Rio”, seu novo EP, abraçado pela Sonido Profundo , que chegou às plataformas no dia 24 de agosto.

"Cara eu sou fascinado pelo Rio de Janeiro. Eu lembro desde criança de falar todos os dias voltando para casa, assim pela praia 'cara que cidade linda, nossa como eu amo esse lugar'. Sempre amei muito as músicas que exaltavam o Rio também. A cidade tem a parte da beleza natural, daqueles morros enormes, da floresta, as praias, as cachoeiras, mas também tem a parte estética, como Copacabana, Santa Tereza e os bairros com suas arquiteturas incríveis. Realmente eu me identifico muito e não quero nunca mais sair daqui porque a cidade me inspira. Todo dia indo para o trabalho no estúdio, eu dou uma olhada e vejo o mar, fico encantado, uma sensação realmente de encantamento diário"

Declara o artista a respeito da sua relação com a cidade maravilhosa

Apesar disso, a ideia para a criação desse EP foge do óbvio, já que chegou para o artista através de um sonho – isso mesmo, um sonho! Ele conta que em 2019, enquanto ainda morava em Berlim, ele sonhou com o Rio de Janeiro dos anos 50 e uma melodia muito bonita tocava ao fundo; ao acordar no meio da madrugada, correu para o estúdio e produziu a faixa “Sunset In Rio”, que imprime fielmente a composição de seu sonho.

De lá para cá, outros insights surgiram a respeito da proposta da música, resultando em duas outras versões que se referem a diferentes momentos do dia. DOT explica em detalhes:

O processo criativo foi o mais diferente de todos da minha vida, né? Porque eu sonhei com a melodia em um Rio de Janeiro nos anos 50 e fiquei muito emocionado no sonho. Foi o melhor sonho que eu já tive na minha vida, na verdade. Só que fiquei tão emocionado e foi um sonho tão lúcido que falei 'cara, eu preciso acordar porque preciso botar essa melodia em prática', e foi a única vez na minha vida que consegui acordar e lembrar como é que era a melodia a ponto de conseguir gravar. Foram três anos trabalhando nessa música e eu fui experimentando essa melodia de várias formas diferentes, até que saiu essa trilogia. Os três moods diferentes foram tentativas minhas de captar esse sonho. Fiquei bem contente com o resultado e é uma música muito especial. Ela não é nem tão mercadológica eu diria. O EP tem uma que nem tem beat, outra é 90 bpm e a outra uma coisa mais experimental, conceitual e pessoal"

Conta DOT

Dessa forma, “Dreams of Rio” chega como um trilha sonora para os dias ensolarados – sejam eles no Rio de Janeiro ou não. “Sunrise In Rio” traz aquela sensação aconchegante de quando a aurora desponta, deixando que os primeiros raios toquem a pele; isso através de synths cintilantes e um groove envolvente. Na sequência a precursora “Sunset In Rio” eleva a emoção, seja com o barulho do mar compondo a ambiência ou com a bela linha de piano e, para finalizar, “Twilight In Rio” intensifica essa dramatização, compondo um arranjo mais minimalista, que cresce progressivamente.

É uma sensação de nostalgia de um mundo que eu não vivi. São falsas memórias minhas, de como eu imagino que tenha sido o Rio de Janeiro antigo e coisas assim, que não fazem sentido. Mesmo assim, no sonho, eu lembro que descia de avião e Flamengo tinha acabado de ganhar a Libertadores, só que era 1950 e o aeroporto era na Lagoa, eu olhava pela janela e era um mar de gente do Flamengo. Então assim, não são coisas coerentes de fato, é uma imaginação do passado e uma sensação nostálgica, plena, calma e motiva mesmo. Acho que é realmente um tributo, uma carta de amor ao Rio de Janeiro e tudo que ele representa para mim. Sejam os locais icônicos da sua beleza natural, a praia, o Flamengo, e tudo que envolve essa cultura carioca"

Finaliza o artista


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Imagem de capa: Divulgação.