Os projetos de Francisco Mendonça e Pedro Gomes, lançados em 2020, já vêm conquistando atenção pela qualidade sonora. Unindo forças, os amigos Këra e HPDR apresentam sua primeira collab juntos. “Mango Loko” é o terceiro lançamento da carreira de Francisco e a estreia no mercado e na Cactunes Records de Pedro.

Com gostos similares apesar das personalidades diferentes, Këra e HPDR praticamente iniciaram seus projetos ao mesmo tempo, e resolveram juntar o trabalho com a amizade. “Nós tentamos unir nossas sonoridades mais características para tentar transmitir um pouco do que cada um pretende trazer à cena da música eletrônica brasileira. Enquanto o HPDR quis mostrar sonoridades dançantes e alegres, eu fiz de tudo para criar uma percussão envolvente e com muito groove. Acho que no final, atingimos nosso objetivo e ficamos muito felizes com o resultado da nossa primeira parceria autoral,” conta Këra.

Essa união dos projetos além das semelhantes referências na música eletrônica, comunicando-se com o público de forma muito positiva com “Mango Loko". “A collab é uma música alegre por natureza. A gente espera que o pessoal que ouça, além de dançar muito, lembre esse toque latino característico que a música procura passar. Achamos que essa energia, característica do nosso continente, costuma remeter a bons momentos, que é algo que estamos necessitados nesses tempos pandêmicos”, contam os amigos DJs e produtores. “Os próximos meses vão carregar consigo uma boa dose de esperança e acho que a ‘Mango Loko’ veio no momento certo,” completou HPDR.

A música conta com dois samples de trompete muito característicos, que foram a inspiração de HPDR para a ideia inicial da track. Depois disso ela passou por uma grande mudança na mão de Këra, sempre mantendo sua essência principal. “Sempre tento criar minhas tracks com influências de um Tech House mais underground, puxando até para o minimal e o deep tech em alguns momentos. O casamento entre essas duas características tão marcantes acabou nos surpreendendo muito, resultando em uma track bem diferente do que o mercado brasileiro está acostumado”, adiciona Këra.

HPDR e Këra recentemente abriram com mais 4 sócios a gravadora Cactunes Records com o propósito de entregar algo inovador ao mercado de música eletrônica brasileiro. “Nós vivemos música e vocês podem ter certeza de que tem muita coisa boa saindo do forno. Ambos tomamos esse último ano como uma grande oportunidade de aprender, estudar e testar muita coisa nova, tanto na mixagem quanto na produção. Além disso nós dois seguimos muito focados nos planos da nossa gravadora, a Cactunes Records, e estamos muito entusiasmados com os nossos próximos passos como label”, concluiu HPDR.

Këra teve seu primeiro contato com a música eletrônica em 2017, quando morou na Califórnia - EUA, onde escutava muito Dubstep devido a quantidade de eventos desse gênero por lá. Desde então, Francisco começou a apreciar outros estilos mais técnicos, como os derivados do Techno e do House. Quando voltou ao Brasil, em 2018, passou a frequentar praticamente todos os grandes eventos e festivais por aqui. Foi quando Këra encontrou sua paixão e sua sonoridade entre o Tech House e o Techno Melódico. Seu lançamento de estreia, na inglesa Blacktone, ao lado de Pleight, já soma mais de 120 mil plays no Spotify, enquanto sua recém estreia na Cactunes, com “Como Cuando” já tem quase 3 mil plays.

Já HPDR sempre teve uma relação especial com as ondas sonoras que nos fazem dançar. Pedro Gomes, nome por trás do projeto, acredita que o importante é quando a música te emociona, independente do gênero. Nos últimos anos, a música eletrônica ganhou um espaço enorme na vida desse jovem DJ. Ainda eclético, o BPM das tracks envolve o dia a dia dele, do Tech House ao Techno, do Deep House europeu ao Progressive House.