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Unir reggae e música eletrônica dá certo? RoB prova que sim

Por Ágatha Prado.

A cantora e compositora pernambucana RoB não esconde suas influências da música Jamaicana. Ela, que integrou por sete anos a banda King Size , agora dá vida ao seu projeto solo misturando suas múltiplas referências musicais, que passam pelo Dub, Reggae e Synth Pop, unindo tudo isso aos beats eletrônicos e formatando uma assinatura tão única quanto encantadora.

Em abril ela lançou pela Believe Music o single “Nada Lá Fora” e mostrou sua face Indie conceitual, traçando uma essência intimista na faixa, misturando ritmos que flertam com o reggae e elementos orgânicos, aos sintetizadores eletrônicos que dão um gostinho vintage e, ao mesmo tempo, atemporal.

“A música jamaicana é uma paixão, gosto da simplicidade e força que ela tem. O single ‘Outra’ é a única música onde não vejo essa pegada, já nas outras, há sempre uma guitarra ou batida de reggae, além de efeitos de reverb e delay inspirados no dub. Mesmo nas batidas mais aceleradas, em algum momento tem um break onde o tempo quebra na metade e entra no tempo do reggae. Todas as músicas têm um fundamento no andamento e na divisão rítmica do reggae, então exploramos divisões diferentes dentro deste fundamento para gerar uma riqueza maior de ritmos” , explica RoB.

“Outra”, música que RoB se referiu no comentário anterior, foi o seu segundo single e traz pilares da força feminina e do poder intrínseco existente no corpo da mulher. Com uma mensagem poderosa, a faixa abraça uma combinação de densidade e sentimento etéreo, assumindo contrastes sonoros que refletem também a diversidade de suas referências.

Agora estrelando o terceiro single de sua jornada, a artista pernambucana apresenta “My Tree”, revelando de vez seu amor pelo reggae, adicionando ainda um toque de chillstep — estilo de música com tempos mais lentos. O título da faixa faz referência aos seus três filhos como uma dedicação de amor e reconhecimento: “eles são minhas sementes, o que deixo no mundo, o que me norteia, ‘my life, my tree, my guide”.

O arranjo de “My Tree” surgiu de um riff tocado em um Mellotron, um dos primeiros samplers da história, o que traz um toque nostálgico para a essência melódica do single. As tonalidades analógicas completadas pelo Prophet e pelo Fender Rhodes, unem-se à dança rítmica suave resultando em um deleite suave para curtir em qualquer momento do dia. Bora experimentar? Aumente o som:

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