Onde há fumaça, há fogo: conheça SMKD, que estreia na cena com lançamento pela Controversia
SMKDé um projeto misterioso que surgiu recentemente na cena eletrônica nacional trazendo referências em sua identidade musical que variam desde as linhas rasgadas do bass house ao 808 clássico do hip hop, do industrial grunge, ao UK garage, do dubstep ao trap.
Por trás da máscara, suas tracks se revelam como um conjunto de influências de diversos gêneros musicais com vocais autorais e interpretados por um DJ e produtor que curte e aposta nesse feeling. Transitando entre as pistas e as ondas de streaming com refrões que pegam nos ouvidos, basslines bem trabalhados, timbres e grooves que trazem o garage com ingredientes do trap; o SMKD merece nossa atenção.
Batemos um papo com o misterioso produtor que nos contou um pouco mais sobre seu novo projeto e sua track de estreia. Confira abaixo:
PLAY BPM: Sabemos que você tem uma identidade sonora bastante influenciada pelo rap, hip-hop e bass house. Quais artistas te inspiram musicalmente para desenvolver o projeto?
SMKD: Procuro levantar a bandeira do bas shouse com influências estéticas do hip hop. Tenho como referência base o projeto do Malaa que, por trás da máscara, carrega uma linha sonora bem fora da caixa, além de escutar muito Tchami, Wax Motif, Chris Lorenzo, BIJOU, Oliver Heldens, AC Slater, Sonny Fodera, Julian Jordan entre vários outros. Minhas referências brasileiras sou até meio suspeito para falar por ser muito fã, Rrottik, NUZB, THE OTHERZ, Lothief, Dirtyloud, KVSH, Illuzionize, entre vários outros. O Brasil está muito bem representando!
PLAY BPM: Esse feeling de produzir, interpretar e assinar seus próprios vocais nas tracks é uma das qualidades artísticas mais prestigiadas na indústria musical. Como nasceu essa ideia?
SMKD: Busco inovar, seja na produção das tracks, nas letras ou nos vocais. Juntar tudo isso em uma track de música eletrônica é um processo transformador e único, já levo essa carga de produção musical há alguns bons anos e acho que chegou o momento de misturar, não só pela qualidade que venho alcançando, mas, também, pelo nosso país ser o país mais eclético que já morei.
PLAY BPM: O seu primeiro lançamento na cena eletrônica será uma collab com o NUZB, pela Controversia, uma das sub-labels da gigante Spinnin’ Records. Como ocorreu a criação da “Fellin’ High”?
SMKD: Conseguimos trabalhar dentro de uma sonoridade que nos agradou do início ao fim do processo criativo. No momento em que estávamos procurando ideias de vocal, veio o hook na minha cabeça e imediatamente o gravamos. O processo foi tão fluído que finalizamos a ideia com algumas horas de estúdio.
PLAY BPM: A ideia de criar um personagem anônimo para representar a identidade do projeto é um tanto quanto excêntrica e criativa. Quais os significados por trás do Smoked?
SMKD: O Smoked é um personagem que criei, ele carrega e descarrega meu lado artístico, me sinto mais livre para criar e apresentar essas ideias sejam através da estética sonora diferente ou de um vocal próprio mais ousado.
PLAY BPM: E para finalizar, quais são as expectativas para o futuro do SMKD no cenário da música eletrônica nacional?
SMKD: Pretendo mostrar algo diferente do habitual, representar o Brasil de uma forma inovadora, procuro ousar com o personagem e com a linha de som. Faço música por amor e me sinto confortável com o que venho criando, espero que vocês gostem também.
“Feelin’ High” já está disponível em todas as plataformas digitais, confira acessando aqui.
Sobre o autor
Caio Pamponét
Graduando em jornalismo pela UFBA e Redator da Play BPM. Um apaixonado por música desde a infância que cultiva o sonho de viajar pelo mundo fazendo o que ama e conhecendo novas culturas. Com um desejo inerente de fomentar a cena eletrônica de sua terra - Salvador, BA, Caio Pamponét respira os mais diversos BPM's e faz da música o seu combustível diário.