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Alguns DJs estão voltando pro Trance, mas seria isso algo interessante?

O palco do “A State Of Trance” no Ultra Music Festival em Miami é conhecido por ser um dos maiores momentos do gênero na cena de música eletrônica, mas esse ano levantou um debate entre os fãs de Trance.

No ano passado, a presença de mestres progressistas como Eric Prydz e Deadmau5 ganhou muita atenção, com seus projetos. Esse ano a discussão foi toda sobre o retorno de estrelas do Big Room retornando ao Trance. Seria este um bom desenvolvimento para o gênero?

Os sinais de que o gênero Trance está crescendo rapidamente, estão por toda parte. No início deste ano, a faixa “Saving Light”, de Gareth Emery, Standerwick e Haliene, tornou-se a primeira track de Trance a conquistar o primeiro lugar no Beatport em vários anos. Além disso, festivais de Trance estão surgindo em todo o mundo. Em 2015, a Insomniac lançou seu próprio festival, o Dreamstate, e assim organizam festivais e festas de Trance em todo os EUA, além de exportarem a marca. Na Europa, a ALDA expandiu a Electronic Family em um festival de dois dias, e a ID&T trouxe o lendário Trance Energy de volta à vida com um palco no Tomorrowland.

A formação do ASOT no Ultra Miami deste ano trouxe algo novo para a mesa. Artistas que deixaram o som Trance anos atrás, de repente retornaram às suas raízes com um projeto de Trance. Entre eles estavam Sander van Doorn apresentando “Purple Haze”, Arty apresentando “Alpha 9”, e W&W apresentando “NWYR”. No começo, as reações de alguns foram entusiasmadas. No entanto, a crítica não estava longe.

O principal ataque foi: “Tudo sobre o dinheiro”. Diferentes artistas têm dito por ai que por agora a “bolha EDM” (Bigroom comercial) está lentamente se esvaziando ou prestes a explodir. Devido a isso, DJs que já foram parte do rápido crescimento do gênero comercial podem estar à procura de uma nova (ou velha) maneira de manter suas carreiras vivas.

Tommie Sunshine, por exemplo, está à espera de um talento com um som completamente novo para quebrar o que chama de “The Chainsmokers groove”, enquanto Mark Sherry afirma que os DJs estabelecidos no “EDM” farão um retorno ao Trance ou ao Techno. Artistas como Mark Sherry, por exemplo, que permaneceram fiéis ao gênero ao longo dos anos, argumentam solenemente que, para eles, o gênero nunca realmente “morreu”, como algumas pessoas ao redor do cenário costumam afirmar. John O’Callaghan deu seu depoimento acalorado em uma declaração que os amantes do Trance há muito esperavam. No festival ASOT 800, Armin van Buuren perguntou ao produtor irlandês a sua opinião sobre o regresso ao Trance por muitos DJs de “EDM”. A resposta dele foi firme:

Ironicamente, Armin indicou que concordava com John, dizendo “Exatamente”.

A questão é: esses retornos impulsionarão o crescimento da música Trance ou a legitimidade por trás dela será questionada ainda mais? Estaria ai a oportunidade para Tiesto retornar também ao seu gênero de origem?

Somente saberemos isso com o tempo!

Enquanto isso ouça os sets de Sander van Doorn apresentando “Purple Haze”, Arty apresentando “Alpha 9”, e W&W apresentando “NWYR” no ASOT do UMF Miami. e deixe-nos saber sua opinião sobre esses regressos ao Trance!

https://youtu.be/IJr7i7LW3cg