O universo da música eletrônica é imenso. Dentro dele existem diversos gêneros e subgêneros, tais como: house, techno, tech-house, deep house, dubstep, trap, drum and bass, hardstyle e a lista só aumenta. Mas hoje vamos falar um pouco da bass music.
Essa cena vem cada vez mais consolidando seu espaço no Brasil e no mundo. No nosso país, mesmo não tendo a mesma visibilidade de alguns outros gêneros como techno e o deep house, o estilo está crescendo. É presença marcada nos festivais que vêm para cá, como por exemplo, EDC, Ultra Music Festival e, principalmente, Lollapalooza. Além disso, conta com festas dedicadas a esse movimento, como a INVDRS, de Curitiba, Wobble, no Rio de Janeiro, entre outros.
Fora do Brasil temos festivais que focam muito nessa base, como o Lost Lands, New Horizons, Hard Summer Music Festival e EDC. Cada vez mais, os festivais mainstream, como Tomorrowland e o UMF, têm colocado nomes da bass music em seus line ups. Mas afinal o que é a bass music?
É um termo que surgiu no Reino Unido por volta dos anos 2000 e traz uma mescla de gêneros como dubstep drum and bass, trap, uk garage, R & B, wonky, house, grime e outros estilos eletrônicos.
Esse movimento surgiu a partir de alguns pilares, começando pelo drum and bass, que tomou forma precisamente na Inglaterra, no final dos anos 80.
Nos guetos londrinos era muito tocado o hardcore breakbeat, que se trata de uma evolução do hip-hop com batidas quebradas e aceleradas. Assim, passou por várias influências, desde música jamaicana ragga, dub e funk, tomando um novo rumo, o chamado jungle. O drum and bass é uma evolução cultural e sonora do jungle, um som menos sincopado, misturando funk, hip-hop, house, acid, jazz, rock e até ritmos latinos.
O gênero se destaca de outras vertentes por suas batidas rápidas acima de 160 BPM e a variedade de ritmos que podem ser mesclados. Exemplos disso são os brasileiros DJ Marky e DJ Patife, que podem ser considerados os grandes pioneiros dessa cena no Brasil. Eles trouxeram algo diferente para esse gênero, misturando sons de bossa nova e outros elementos brasileiros, ficando muito conhecidos no cenário nacional e internacional.
Outro pilar da Bass music é o dubstep, gênero do Sul de Londres, que surgiu no final dos anos 90. Esse estilo tentava incorporar elementos do breakbeat, drum and bass, 2-step/uk garage. O reggae era uma base deste gênero, que é o dub, um som instrumental com ênfase na bateria e baixo, reverb, delay, samples de vocais ou de elementos, como som de animais e ruídos.
Além desse sub-gênero, o 2-Step (também conhecido como uk garage) é mais um estilo que compõe o Dubstep e apresenta uma sonoridade composta por kicks, snares e vocais muito próximos ao House.
Misturando todos esses elementos, o Dubstep por si só é caracterizado por dar ênfase em modulações e alterações de frequência do baixo, bateria e também variações de tempo de 60bpm a 150bpm. Os principais DJs que começaram a alavancar esse estilo foram Skream, Burial, Benga, Plastician e DJ Hatcha.
O estilo que sempre foi underground, acabou ganhando mais notoriedade e dominando pistas de diferentes clubes londrinos, além da divulgação da DJ Mary Anne Hobbs, da BBC Radio 1, que organizou um programa especial na emissora, o Dubstep Warz.