Enquanto alguns destinos como Ibiza e Berlim costumam vir em mente quando se tratam dos mais cobiçados passeios e eventos turísticos da dance music, a África, ainda totalmente subestimada, acaba ficando esquecida no roteiro. Mas não é uma surpresa que o continente em si apresente pouca relevância na cena eletrônica, pois considerando os fortes laços culturais de seu povo com a música e a dança, na maioria das vezes, cada região traz consigo uma manifestação artística típica.

Por décadas, diversos artistas conhecidos mundialmente foram influenciados pelas batidas e ritmos de origem africana, elementos incorporados em suas produções até hoje. Diante disso, para prestigiar o crescimento da cultura EDM na África, a Apple Music lançou “Isgubhu” , uma plataforma dedicada a destacar nomes vindos do histórico continente e conhecidos no gênero.

Do Oasis Festival no Marrocos ao Ultra Music Festival na África do Sul, a merecida chegada de Isgubhu para os ravers africanos também permitirá as demais nações do planeta terem um novo olhar sobre o que a Electronic Music ainda pode oferecer de novo e inclusivo. Literalmente reproduzindo uma playlist, em destaque na plataforma encontram-se artistas importantes, incluindo Black Coffee, Prince Kaybee, Black Motion, DJ Lag e mais. No entanto, há sim outros espaços, tanto para a exploração de vários subgêneros, com músicas que vão desde house music local até o trance, quanto para abrigar uma grande variedade de vocalistas que participam das próprias faixas.

Certamente a iniciativa possibilita que enfim sons e vocais tecnológicos de cada conterrâneo possam florescer em novas identidades para seus países. Segundo Stephen Campbell, Chefe Global para Música Eletrônica da Apple Music, “a marca já vem apoiando há muito tempo os DJs e produtores da comunidade dance africana e estamos muito animados com a chegada de Isgubhu. Nossas equipes regionais são verdadeiras defensoras da cultura e assumimos o compromisso de continuar a conectar quaisquer artistas incríveis com o público global. ” O projeto em si será estrategicamente importante para a Apple Music, que acabará avançando sobre um mercado fonográfico com grande potencial em crescimento.