Estabelecimentos de Barcelona farão testes-piloto gratuitos contra Covid-19 para provar a segurança de reabrir a vida noturna em lugares fechados. Para esse sistema, não será necessário distanciamento social nem uso de máscaras, o que pode significar a solução perfeita para festivais de música.

O turismo é uma das indústrias mais importantes da Espanha. Na verdade, o turismo sozinho representa aproximadamente 12% do PIB espanhol. Mais especificamente, o turismo musical, tendo cidades como Ibiza e Barcelona, depende muito daquele turismo que no ano passado não existiu. Devido a grande quantidade de promoters, empresas e agências que vivem deste setor, a Espanha tem sido uma das pioneiras a fazer testes experimentais e buscar formas viáveis de colocar a indústria da vida noturna de volta em ação. Em dezembro passado, o popular evento Primavera Sound já conduziu um concerto com testes gratuitos de Covid-19 em Barcelona, mas agora os promotores deram um passo além.

Os locais em Barcelona e em algumas partes da Costa Brava (a costa norte da região da Catalunha) realizarão testes-piloto em um sistema de saúde e segurança rigoroso que pretende provar que os eventos indoor são seguros. Para isso, eles uniram forças com os especialistas em biossegurança da SeiXsein Europe. Este sistema mencionado não exigirá distanciamento social ou uso de máscara e envolve o participante fazer um teste prévio, rastreamento e acompanhamento de contato e um código QR único e intransferível por meio do aplicativo Liberty Pass. O aplicativo Liberty Pass verifica e demonstra que o participante realizou um teste rápido de antígeno nas últimas 72 horas e, portanto, tem permissão para acessar um evento ou local com segurança.

Além disso, as instalações também contarão com a presença de dispositivos para erradicar 100% dos traços do vírus Covid-19 do ar e de superfícies de espaços internos. Estes dispositivos de ‘limpeza’ do vírus precisarão ser aprovados pela ENAC (Entidade de Acreditação Nacional Espanhola), mas já estão sendo utilizados na Ásia e nas Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais.

Sobre este sistema, o advogado e empresário Joaquim Boadas, Secretário-Geral da International Nightlife Association (INA) afirmou o seguinte: “Os locais de vida noturna e restaurantes podem ser perfeitamente adaptados à crise atual e são capazes de funcionar sem colocar clientes e trabalhadores em risco. Muitos locais estão fechados há um ano e muitos estão em estado crítico e sob risco de desaparecer permanentemente de uma indústria que é tão importante para o turismo em todo o mundo e com extrema necessidade de reativar a economia global. Por esta razão, pedimos aos governos que se reúnam com nossa indústria e trabalhem na reabertura dela e na recuperação do turismo e da economia, realizando testes-piloto em locais e permitindo que a indústria prove que pode coexistir com a pandemia.”

Por outro lado, Carmen Álvarez, CEO da SieXsein Europe afirmou: “No SieXsein, trabalhamos desde o início da pandemia para encontrar a melhor fórmula para reativar e reabrir as indústrias mais atingidas pela pandemia. Tenho um apreço pela vida noturna e por restaurantes, e considero que esses setores foram deixados completamente abandonados durante esta crise, e é uma missão pessoal alcançar o novo normal o mais rápido possível e reativar a economia de restaurantes, vida noturna e turismo em todo o mundo. Chegar a este acordo com a indústria da vida noturna permitirá que as melhores soluções em biotecnologia sejam aplicadas em todo o mundo para recuperação da economia e do bem-estar geral das pessoas.”