A escola que virou movimento: Beatlife celebra 9 anos levando a música eletrônica às ruas de Minas Gerais e do Brasil
No último dia 27 de setembro, a Beatlife celebrou seus nove anos de trajetória com uma proposta inédita: uma festa gratuita em praça pública, no Ecoa Festival de Primavera, seguida de um after em pub. A comemoração marcou mais do que uma data — foi uma declaração sobre o poder da música eletrônica como ferramenta de união, pertencimento e transformação social.
A escolha do espaço aberto não foi casual. Desde sua fundação, a Beatlife se posiciona como um projeto que ultrapassa o ensino técnico de discotecagem e produção musical, tornando-se um movimento cultural enraizado na comunidade.
Com o conceito “O curso que virou movimento”, o evento reuniu ex-alunos, artistas, famílias e curiosos, criando um ambiente de energia leve e alma de pista. No line-up, nomes como Quimera, Persist, Trinity Project e a própria Jamila Martins representaram diferentes vertentes sonoras — do organic house ao afro house — em uma curadoria que refletiu a diversidade e identidade da escola.
“Queríamos mostrar que a Beatlife ultrapassou os muros da formação técnica e se transformou em um espaço vivo, onde ex-alunos, artistas e público compartilham propósito, arte e pertencimento"
Explica Jamila“O que marcou muito é que não havia ego, nem disputa — só celebração. Esse espírito colaborativo é o que sempre definiu a Beatlife: ninguém brilha sozinho.”
RevelaA recepção do público superou expectativas. A praça se transformou em uma grande pista de dança inclusiva, reunindo crianças, famílias, artistas locais e moradores que, muitas vezes, nunca haviam vivenciado a cultura eletrônica de perto. O evento traduziu, na prática, o propósito que acompanha a Beatlife desde o início: educar, inspirar e conectar.
“Queríamos que as pessoas saíssem dali acreditando que é possível viver de arte, que o DJ é um educador cultural e que a música eletrônica é uma ferramenta de transformação social"
Completa JamilaApós o encerramento na praça, o after no pub manteve o clima de celebração e proximidade. A transição simbolizou a volta às origens da pista, com uma atmosfera mais íntima, onde artistas e público compartilharam um mesmo sentimento: o de pertencimento. Para Jamila, o momento refletiu o espírito colaborativo que sempre definiu a Beatlife — “não havia ego, nem disputa — só celebração.”
A Beatlife sempre expressou do desejo de democratizar o acesso à música eletrônica. Então celebrar o aniversário em uma praça foi uma forma de devolver tudo o que esses nove anos nos deu — abrir o espaço para quem nunca tinha vivido uma experiência de pista e mostrar que a música eletrônica também pertence às ruas, às famílias e à comunidade. É sobre tirar o som do club, dos festivais e colocar no coração da cidade.
FinalizaMais do que um evento comemorativo, a celebração dos nove anos reafirmou o papel da Beatlife como uma referência em formação, produção e valorização da cena eletrônica no Sul de Minas. A escola segue firme em sua missão de formar DJs e produtores com propósito, e não apenas com técnica — mostrando que a música pode ser tanto profissão quanto ponte entre cultura e comunidade.
O futuro da Beatlife inclui novos cursos, workshops, parcerias com artistas da Beatplay e oficinas itinerantes que levarão sua metodologia a outras cidades. A proposta é expandir o impacto do projeto, fortalecendo ainda mais a relação entre educação, performance e mercado.
A celebração dos nove anos foi, portanto, mais do que uma festa: foi um lembrete de que a arte só existe quando é compartilhada. E a Beatlife segue ensinando — agora, com o som ecoando ainda mais alto nas ruas.
Imagem de capa: Divulgação.
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