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Billboard elege os 10 melhores álbuns de música eletrônica de 2018

A música eletrônica observou um ressurgimento de sua narrativa em 2018. Com o mercado um pouco saturado, devido ao fluxo de lançamentos semanais, a necessidade de trazer algo diferente aos ouvidos do público nunca foi tão crucial para aos artistas.

Hoje vemos que mesmo os recém-chegados e até os veteranos enfrentam um desafio de fornecer trabalhos mais completos e significativos.

Nesse cenário, a Billboard resolveu escolher os melhores álbuns de dance/electronic music deste ano. Confira a lista abaixo:

A dupla francesa tem sido muito exigente com seus últimos lançamentos. Em produções cheias de sintetizadores e mpcs, o álbum foi indicado para melhor álbum de dance/electronic no Grammy de 2019.

Esse é o projeto eletrônico que trouxe uma nova onda de house music melódica. No topo de 2018, Goldstein lançou seu segundo álbum, “Little By Little”, depois da aclamada estreia em 2015 com “Rise”. As faixas apresentam sintetizadores suaves sobre batidas profundas e delicadas. Com mais de 17 milhões de transmissões no Spotify, o álbum mostra a capacidade que Goldstein tem de criar uma linha hipnótica e melódica, agradando os amantes de um bom house.

A saúde mental tornou-se parte da conversa da indústria musical global em 2018, especialmente depois da morte de Avicii em abril. Mas mesmo antes de o mundo se abrir sobre suas lutas internas, Alison Wonderland sempre foi totalmente transparente sobre sua saúde mental, e nesse álbum ela enfrenta seus demônios. A DJ e produtora australiana colocou seu coração e sua alma em 14 músicas expressivas em seu segundo disco, “Awake”. É explosivo, íntimo, ousado e é um divisor de águas experimental. A faixa “High”, com Trippie Redd, empurra a fronteira para trap, enquanto “Church” dá aos fãs uma sensação de vida que eles podem sentir em suas almas. A produtora ficou nervosa ao compartilhar o projeto, mas desde então tem sido recompensada com o incrível apoio dos ouvintes e de seus colegas de música, bem como uma estreia número um na parada Top Dance/Electronic Albums da Billboard.

O álbum é uma master-class em amostragem e fusão do gênero. Você pode ouvir as raízes do DJ Koze nas batidas de “Baby (How Much I LFO You)” e “Colors of Autumn”, com o rapper Speech da Arrested Development. Seu domínio do tech-house também é evidente, especialmente nas faixas “Planet Haze” e “Muddy Funster”. O álbum quebra barreiras sonoras com características vocais de diversos artistas como o indie-folk de Jose Gonzalez e Bon Iver, Kurt Wagner do Tennessee, Lambchop e mais. É um álbum totalmente diferente do que estamos acostumados a ouvir, vale muito a pena conferir.

As melodias eufóricas sempre elevaram a dance music do passado, saltando diretamente para o coração e a alma de todos os ouvintes. Essa experiência pode ser encontrada no “Common Ground”, o quarto álbum de estúdio do grupo. Eles recorrem a seus cantores e compositores favoritos, como os colaboradores regulares Richard Bedford e Zoë Johnston, para os futuros clássicos como “Northern Soul” e “My Own Hymn”, junto com contribuições sinceras como em “Bittersweet & Blue”. O álbum alcançou o 3º lugar na Billboard 200 e ficou em 1º lugar no Top Dance/Electronic Albums, provando um sucesso na edição de 2015 de “We Are All We Need”. “Common Ground” é um curador espiritual, mais uma razão pela qual o trance progressivo desenvolveu uma base gigantesca de fãs.

O artista transmite muita emoção nesse som experimental. É percussivo e melódico, mas é na maior parte do tempo uma forma psicodélica. É um projeto impressionante que faz com que você não consiga parar de ouvir, por se tratar de algo bem diferente com uma mistura de vertentes.

Com a fusão de linhas de baixo sedutoras, tons suaves e instrumentais alternativos, a dupla provou que sua natureza experimental está viva com seu novo álbum, fazendo jus ao anterior, “Days Gone By”.

Ele levou cinco anos para terminar seu inovador álbum “Immunity”, mas o que veio em seu rastro, “Singularity”, faz valer a pena esperar. O quinto álbum do compositor inglês é tudo o que amamos no estilo de Hopkins: um trabalho transcendente que brilha com o design de som texturizado. Caótico às vezes, e frágil em outras, o álbum combina a eletrônica, o techno e uma mescla de outros gêneros. Foi indicado para o melhor álbum de dance/electronic no Grammy Awards de 2019 – um merecido aceno de aprovação pela sua notável criação.

É difícil acreditar que San Holo começou a trabalhar em seu primeiro álbum em janeiro deste ano. Agora, 12 meses depois, ele está prestes a encerrar o que se tornou uma das turnês de música eletrônica mais aclamadas pela crítica do ano. Seria injusto chama-lo de um simples DJ. O “album1” é notável por seu uso inovador de instrumentação orgânica e técnicas de gravação analógica. O artista holandês alugou um Airbnb em Los Angeles, trabalhando muito durante esses meses. Ele gravou diferentes riffs de guitarra e conversas, até ruídos de rua e sons da natureza, podendo ser ouvido nas camadas de seu som híbrido folk-rock-house. Quem acompanhou as redes sociais do holandês, pôde conferir que ele acordava cedo para poder gravar os sons dos pássaros. O álbum, que subiu para o 7º lugar na tabela Top Dance/Electronic Albums da Billboard, é emotivo, cinematográfico e profundamente pessoal.

O trio que desembarca no Brasil ano que vem no Lollapalooza, foi impulsionado pelo sucesso do álbum “Bloom” de 2016, o álbum que colocou o trio australiano no centro das atenções internacionais. O novo projeto lida com temas líricos mais pesados e um design de som mais experimental, mostrando um lado mais profundo do álbum. Com influência clara de subgêneros emergentes dentro do mundo, o trabalho é um aceno decisivo para o underground, enquanto ainda mantém um som pop.

O “Solace” teve quatro faixas do álbum na parada do Hot/Dance Electronic Songs, com o álbum chegando ao 6º lugar no Top Dance/Electronic Albums. O LP conseguiu dar uma nova visibilidade ao seu projeto, ao mesmo tempo em que mostrava o amadurecimento contínuo do trio ao entregar singles como “No Place” e “Underwater”, que atraíram remixes de ícones como Adam Port, Lindstrøm e Prins Thomas. Com todo esse sucesso, é muito merecida essa posição.