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Blaah! Records é a gravadora brasileira de Tech House que mais vende no Beatport

Quando o Tech House ultrapassa o Techno na maior plataforma mundial de compra e venda voltada para a música eletrônica, fica claro que o mercado fonográfico da Dance Music vive uma nova onda de metamorfose que não pode ser ignorada. Junto a este marco, há também outro indicativo de alta relevância para as análises: segundo o relatório do International Music Summit , de Ibiza, o sistema no qual o Tech House orbita, também cresceu. Aliás, estamos falando de 1.6 bilhões de dólares a mais, mesmo com o hiato pandêmico; muitas iniciativas surgiram nestes últimos dois anos, mas é inegável, que o Tech House ganhou força, ritmo e os holofotes.

Direcionado para a ótica mais brasileira, um case que exemplifica perfeitamente a retórica, é a Blaah! Records . Fundada por Deeft , em plena pandemia, o selo veio ao mundo para promover um espaço que representasse muito bem o som e a mentalidade do estilo. E isso tem refletido muito bem nas vendas, já que ainda em 2021, entrou para as Top 100 gravadoras de Tech House do mundo que mais vendem no Beatport , de acordo com o Beatstats , considerando os últimos 12 meses — a única brasileira por lá, ocupando atualmente a posição #65 geral e #31 no Hype .

Com uma curadoria afiada, o mineiro tem direcionado os esforços para trazer nomes consagrados para o catálogo, mas também buscar talentos emergentes, nacionais ou internacionais, criando uma rede dinâmica que percorre diversos territórios.

“Nos últimos 5 anos houve uma grande reviravolta no mercado fonográfico, principalmente na música eletrônica. Com a pandemia, tudo mudou e agora produtores podem ter uma renda satisfatória com seus lançamentos, principalmente em vendas. Artistas, gravadoras e outras plataformas agora estão trabalhando para viabilizar mais isso, hoje em dia dá pra receber royalties de plays no Soundcloud e eu achei bem rentável… tudo isso aconteceu principalmente por causa da pandemia. Foi esse o maior motivo para fundar a gravadora, e eu já havia percebido o potencial do Tech House virar o maior estilo do mundo em 2019, quando resolvi criar meu projeto Deeft. Que continue crescendo!”, comentou Deeft.

Entre os lançamentos, Chicks Luv Us (França), Gabe , Tim Baresko (França), MALIKK (França), Nicolau Marinho , Paskman (Espanha) e Tough Art são alguns dos produtores que passaram por ali. O resultado do trabalho e das costuras renderam um feito histórico, que a princípio era um sonho distante ao seu fundador:

“Tenho trabalhado e estudado muito sobre música, entendendo a sonoridade do momento, analisando o que funciona, o que não, o que vende… mesclar isso com algo novo e diferenciado foram os critérios básicos da gravadora para atingir o top #100 das maiores gravadoras de tech house do mundo, na minha visão. Fazemos também um trabalho minucioso antes, durante e depois do lançamento, temos preocupação com os artworks até a distribuição de forma correta e pensada, acredito que todo esse trabalho nos deu essa visibilidade mundial, algo importante tanto pra gravadora quanto pros artistas brasileiros que estão se destacando absurdamente na cena mundial. Aproveito e deixo meus parabéns a todos os artistas da música eletrônica do Brasil. Estamos fazendo história!”.

“Candy Shop” é a track mais vendida da blaah! até o momento, lançada em agosto do ano passado

Sendo um indicativo muito relevante, é inegável a potência que entrar para estas seletas listas tem, ainda mais considerando que estamos fora do eixo América do Norte e Europa. O trabalho exercido pela Blaah! Records é resultado das análises diante das respostas do mercado para o Tech House, em um momento que o estilo surfa na buena onda de sua popularização e dos desdobramentos dentro da própria vertente.

Temos muitas novidades e grandes lançamentos pela frente, mas vamos manter o mistério,  senão perde a graça. Fiquem de olho em nossas redes sociais”, conlui Deeft.

Imagem de capa: divulgação