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Burning Man enfrenta decisões federais para mudanças radicais

Uma declaração federal de impacto ambiental pode reestruturar o festival Burning Man, que neste ano acontece em 25 de agosto. O Bureau de Ordenamento do Território dos Estados Unidos (BLM) está preocupado com o aumento de participantes do festival (de 80 mil para 100 mil), que pode gerar impactos ambientais negativos na Playa, com relação a qualidade do ar e o fluxo de carro, além de poder atrair risco de ataque terrorista (pelo tamanho do evento). O BLM, então, publicou uma Declaração de Impacto Ambiental (DEIS) que descreve uma série de requisitos operacionais para garantir que o festival cumpra a Lei Nacional de Política Ambiental (NEPA).

Marian Goodell, CEO da Burning Man, afirmou para o Reno Gazette Journal: “Já estamos avançando no planejamento do evento deste ano com a garantia (do BLM) de que não haverá mudanças significativas”. Além disso, colaboradores do Burning Man estimam que o custo dessas medidas propostas possam chegar a US $ 20 milhões. Já de acordo com o porta-voz do BLM, Rudy Evenson, a data prevista para publicação da declaração final é 14 de junho, em que a repartição vem analisando mais de 2 mil comentários públicos.

“O BLM tem que fazer o seu trabalho, mas estamos desapontados por termos visto opções tão extremas, e o rascunho não reconheceu os 30 anos de trabalho, os 30 anos de história que temos. Eu não acho que eles estão tentando nos impedir de acontecer. Somos uma anomalia. É preciso coragem e perspectiva para querer nos deixar florescer”, completa Gooddell

Burning Man teve início em Baker Beach, em São Francisco, nos anos 90, e depois se mudou para Playa. São 30 anos de legado, e o mantra “Leave No Trace Gathering” sempre foi aplicado pelos participantes que devem carregar e descartar adequadamente seu próprio lixo. Os organizadores do Burning Man esperam que o relatório final reflita as queixas que eles e seus seguidores expressaram.