
A lenda Carl Cox, quando perguntando sobre a recente explosão do techno, deu a seguinte declaração: “Bem, para ser honesto eu acredito que a EDM deu uma grande contribuição no ressurgimento do techno. EDM detém uma grande energia…”Bem, para quem achava que ele elogiaria a música mainstream,Cox continua: “mas se você pensar nos últimos anos, se você fosse assistir qualquer um dos DJs que tocavam o som, você perceberá que todos soavam igual, alguns tocavam até as mesmas músicas. Eu acho que as pessoas que iam aos eventos não queriam ouvir sempre as mesmas coisas, com sempre os mesmos DJs.”
A visão de Carl Cox sobre a atual cena da música eletrônica é que talvez as pessoas queiram descobrir novos sons e é isso que o techno tem para oferecer. Carl afirma: “O techno te leva a vários lugares, é uma experiência em que o público é levado a uma jornada desconhecida, onde se descobre novos sons. Não precisa ter drops e vocais nas músicas, nem fogos e nem toda essa parafernália. É somente o público e o som. Então, as pessoas que descobriram a música eletrônica pelo comercial, no começo amaram, mas depois abusaram e decidiram que queriam descobrir novas coisas. É isso que fez com que os festivais de techno aumentassem de tamanho.”
Para completar seu ponto de vista na questão, a lenda britânica cita um evento de techno em Londres nos últimos anos. “Não faz muito tempo que em Londres se houvesse algum evento de techno, certamente no máximo teriam 200 a 400 pessoas. Alguns dias atrás recebemos 15000 pessoas numa festa em que os DJs eram exclusivamente de techno. Se isso não é louco, o que seria? Há alguns anos somente festivais comerciais conseguiam essa quantidade de gente. Além disso, há alguns dias o Guetta estava tocando tech-house em Ibiza. Pera aí, o que está acontecendo?”
No Brasil o low bpmdominando as pistas já é uma realidade faz algum tempo. Entretanto, na Europa esse fato está começando a se tornar realidade também. Nomes como Fisher e Charlotte de Witte tem encantado a todos com suas músicas. E aí, leitor do Play BPM, qual a sua opinião a respeito?
Sobre o autor

Matheus Carneiro
Matheus tem 23 anos e é perdidamente apaixonado por música eletrônica. Amante de festivais de música mundo afora, o jovem já esteve presente nos principais eventos do gênero, mostrando de maneira crítica o que se passa desde a pista até o backstage. Além disso, é o principal responsável pela cobertura do Play BPM no Nordeste brasileiro.Últimas notícias

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