É evidente que, atualmente, qualquer boate do mundo deve se adaptar e procurar novas estratégias para um mundo pós-COVID-19. Porém, o status de Las Vegas como um epicentro internacional de turismo e entretenimento ao vivo coloca a cidade em uma posição de destaque nesse momento conturbado, atraindo olhares de vários países que estão acompanhando seus passos para como reabrir com qualidade e segurança.
Entretanto, a cena noturna de Vegas também não foi poupada dos impactos severos da pandemia, e a sua reabertura está enfrentando um grande obstáculo, a redução da capacidade dos locais. Essa é uma medida que, apesar de consciente, vai prejudicar mais do que ajudar. A volta ao trabalho de barmans, stagehands, funcionários de iluminação, vídeo e outros, em um clube que só terá entre 25 a 50% de sua capacidade, além de não ser rentável, colocaria os clubes ainda mais fundo no vermelho.
“As empresas de utilidades não aceitarão 25% do custo para operar. Um local que vende apenas álcool não pode gerar receita. Se eles venderem comida, podem ter alguma receita”, disse JC Diaz, presidente da ‘American Nightlife Association’.
Uma solução para, de certa forma, resolver este problema poderia vir na realização de outros tipos de eventos nos clubes que estão se readaptando, principalmente os corporativos para grandes empresas que ainda têm orçamento para organizá-los.
“Eles têm a capacidade para reorganizar seus eventos. Poderíamos controlar as regras, antes de abrir os clubes. Poderíamos comunicar que medidas estamos adotando – com máscaras ou sem (…)”, disse Ryan Dahlstrom, do clube ‘Hall of Fame’.
Com todos esses obstáculos a se enfrentar, os clubes de Las Vegas devem se ajustar a este cenário de crise mundial o quanto antes ou podem ameaçar fechar suas portas em breve.
À medida que algumas localidades pelo mundo começam a reabrir e aliviar as restrições (confira aqui), pouco a pouco, estamos começando a ver qual caminho o entretenimento ao vivo seguirá pela frente. Por enquanto, muitos ainda priorizam as transmissões ao vivo ou buscam inovações, como os eventos drive-in que já ocorrem pela Europa.
Sobre o autor
Caio Pamponét
Graduando em jornalismo pela UFBA e Redator da Play BPM. Um apaixonado por música desde a infância que cultiva o sonho de viajar pelo mundo fazendo o que ama e conhecendo novas culturas. Com um desejo inerente de fomentar a cena eletrônica de sua terra - Salvador, BA, Caio Pamponét respira os mais diversos BPM's e faz da música o seu combustível diário.