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Clubes na Polônia lutam pelos direitos ao público LGBTQI+

Muitos DJs e músicos poloneses vêm liderando uma intensa oposição à homofobia generalizada em seu país. No mês de agosto foi realizado o último evento do programa “To Be Real”, num dia que tem como objetivo maximizar a inclusão da comunidade LGBTQI+ polonesa na cena. Um dos artistas que participaram da festa foi o DJ e produtor Avtomat.

Em julho, dois homens e uma mulher foram brutalmente espancados do lado de um clube gay na Cracóvia. Avtomat gravou um EP que será lançado ainda neste outono. Ele detalha sua “raiva e desencanto” com a situação enfrentada pelas pessoas no país e a importância de “expressar nossas emoções e dar força à comunidade”. O produtor também já fez parte do grupo queer de música eletrônica Oramics, que teve como objetivo adentrar os clubs e casas de shows para tornar esses espaços mais livres e diversificados.

A artista Bella Ćwir ressalta também que na Polônia há cada vez menos espaços seguros para a comunidade LGBTQI+. Ser pertencente a esse público no país é ousado e desafiador, é saber responder à postura do governo até mesmo em manifestações que incluem pessoas da sociedade em geral, independentemente de orientação sexual.

Brutaż, festa fundada em 2012, até hoje é considerada uma das inspirações por trás dessa onda de eventos conscientes na Polônia. Em 2019, o festival Unsound, que já marcava presença em grande parte da Europa Oriental, agora adentra também pelo território polonês. A luta da ala musical por justiça é interseccional.