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Confira a carta aberta da Pulse criticando a apresentação do renomado Daft Punk

Dia 13 de Fevereiro, após a apresentação do Grammy Awards 2017, foi postado no famoso site de notícias Pulse uma carta aberta ao duo Daft Punk, criticando sua última apresentação durante o evento, confira:

“Olá Tom, Guy-Manuel,

Espero que vocês estejam bem. Vi o desempenho de vocês no ”The Grammys” na noite passada. É difícil dizer isso, mas, hum, bem… Não foi muito bom. Parecia que vocês estavam verificando seus e-mails em um canto enquanto um cara fazia karaokê de Michael Jackson na frente de vocês. Eu lamento. Nós lamentamos. Parece que todo mundo está tão enfeitiçado por seu legado que eles têm medo de dizer que você está ”fora de forma” por cerca de meia década agora.

Lembramos de “Da Funk”, “Around the World” e “One More Time”. Lembramos-nos daquele desempenho no Coachella de 2006, que introduziu tantas pessoas para o funky electro house. Nós até nos lembramos da incrível música tema que vocês fizeram para TRON. Todo mundo ama vocês por um motivo, então não fiquem na defensiva. Isso é tão difícil para nós quanto para vocês.

Vocês foram tão invariavelmente legais por tanto tempo que quando o seu último álbum, ”Random Access Memories”, saiu há alguns anos atrás e foi … meio chato… Nós apenas resolvemos ignora-lo. Quando “Get Lucky” ganhou o ”Record of the Year”, estávamos animados, mesmo que estivéssemos tão cansados de ouvi-la que preferíamos arrancar nossos tímpanos com uma picareta enferrujada do que ouvir de novo. Olhando para trás naquela época, percebemos que cometemos um erro.

É difícil acreditar que foi um total de dois anos atrás que vocês tocaram “Get Lucky” no Grammy. Foi incrível ver Stevie Wonder, Nile Rodgers e todos aqueles incríveis músicos de funk no palco ao lado de Pharrell e vocês, mas em termos de uma festa, era mais antiga que tudo! Nenhum de nós disse nada porque, pelo menos nossas avós finalmente sabiam quem era Daft Punk. “Get Lucky” não era apenas para nerds de música ou club kids ou fanáticos da dance music – era para todos!

De qualquer forma, sabíamos que o enorme tour que vocês iriam fazer depois deixaria tudo bem e ficaríamos todos acordados a noite. Mas essa turnê nunca aconteceu. Vocês nunca fizeram nenhum show. Foi triste. Nós sentimos falta de vocês.

ENTÃO! Veio o anúncio. Apenas uma apresentação ao vivo em 2017? E é no Grammy? Filho da puta. Isso é uma merda. É melhor, pelo menos, ser uma puta apresentação, certo? Certo?!

Errado. Quando vocês entraram no palco do Grammy ontem à noite, cercado por um nevoeiro sobre uma geleira galáctica, nós só sabíamos que iria ser um momento especial. Vocês estavam vestindo aquelas capas como Darth Vader Dior e nós super acreditamos nisso. Foda-se. Daft Punk. Malditos robôs da moda. Vamos fazer isso!

Vocês andaram até o canto do palco, onde vocês… se esconderam pelo o resto da noite. E a parte mais triste é… Ninguém nem mesmo notou. Vocês não poderiam ter estado lá e não significaria nada. Um dos atos mais influentes na história da música de dança reduzida à importância zero.

O homem pequeno que faz o karaokê de Michael Jackson na frente de vocês? Qual é o nome dele outra vez? Sábado? Domingo? Ele tem algumas ótimas músicas. Sua voz é excelente. Mas por que vocês eram apenas adereços na performance dele? Eu chamaria vocês de bailarinas de fundo, mas vocês não conseguem nem realmente dançar. Então vocês eram mais parecidos com… Estátuas de fundo?

No final, ele chegou até ao pequeno canto de vocês no palco e todos dançaram juntos. Foi… Triste.

Daft Punk, é hora de dizer… Vocês não fizeram nada de bom nos últimos anos, está claro que vocês estão investindo no ”cool” que vocês passaram décadas construindo, e não podemos mais ignorar isso. Vocês são apenas dois caras franceses passados fingindo pressionar botões que estão vendendo suas almas para fazer canções chatas para o pop rádio.

Pela primeira vez, vocês não pareciam ser do futuro. Parecia que vocês eram do passado.

Atenciosamente

Pulse.”

O que achou? Concorda com a opinião da Pulse? Comente!

Créditos: Bruno Lindenberg.