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Depoimentos de brasileiros no TomorrowWorld 2015

Conversamos com três Brasileiros de perspectivas distintas a respeito de suas visões e opiniões sobre o TomorrowWorld 2015. Primeiro, o modelo internacional Ricardo Baldin, de 29 anos, que é veterano desse festival. Ricardo é amante da música eletrônica, e esteve também nas outras duas edições. Segundo, temos o depoimento do publicitário Fernando Rei Pires, de 26 anos, que foi pela primeira vez a Chattahoochee Hills. E por fim, o depoimento de outro novato em Atlanta, mas super veterano no Tomorrowland Bélgica, o programador de sistemas Guto Franklin, de 27 anos, que esteve nos dois finais de semana do The Key of Happiness em Boom.

Seus depoimentos mostram mais uma vez a magia que esse festival traz nas vidas daqueles que o frequentam. Vamos ouvir suas experiências!

Olá pessoal, meu nome é Ricardo Baldin, e no final de semana passado tive o prazer de vivenciar a terceira edição do TomorrowWorld em Atlanta, e gostaria de compartilhar um pouco das minhas experiências. Esse ano foi marcado pela chuva. Atlanta é uma cidade conhecida pela alta umidade, mas nos anos anteriores tivemos a sorte de ter sol todos os dias. Por causa da chuva, grande parte do Dreamville (área reservada para o camping) ficou inabitável. Corredores de grama viraram um lamaçal, o que dificultou a vida de muita gente, especialmente para pessoas em cadeira de rodas. O serviço de shuttles foi suspendido no sábado após os festival, deixando milhares de pessoas sem transporte, tendo que caminhar cerca de 15km para conseguir acessar qualquer tipo de transporte. Houve até pessoas que pagaram pelo camping e não puderam ali ficar por falta de espaço.

Mas chega de falar de coisa ruim, pois eu e minha galera passamos por alguns apuros, mas nada comparado com o perrengue de muitos. Nós sabíamos que a chance de chuva era eminente e nos preparamos para isso, com capas de chuva, toldos para forrar e cobrir a barraca, etc. O festival como sempre trouxe os maiores nomes da música eletrônica mundial, dos mais diversos estilos, para todos os gostos.

O Gathering, festa que acontece na quinta-feira e é exclusiva para quem fica no Dreamville, não poderia ter começado de melhor maneira. Tujamo, DJ de quem sou fã, tocou e não deixou a desejar. Foi sem dúvidas um dos melhores sets de todo o final de semana, sem falar no pôr do sol alucinante que pintou no céu. A chuva apertou depois e então aproveitei para voltar pra barraca e turbinar meu copo. Voltei depois então para ver a performance do Yves V e do Headhunterz de baixo de chuva e foi top demais.

A estrutura dos palcos, comparado aos anos passados, teve uma leve melhoria. O Mainstage do “Key of Happiness” foi o maior palco que já vi em qualquer festival, com diversas atrações, incluindo camas elásticas e um grande moinho de água que funcionava o tempo todo. Além disso, a organização adicionou um palco que ficava sobre o lago, o Boat Stage, que em seu primeiro ano, já virou um dos meus favoritos. Nesse palco, vi Watermat e Michael Calfan na sexta-feira, e foi sensacional.

Na sexta-feira todos estavam ansiosos para ver a primeira aparição do Steve Angello (ex-integrante do Swedish House Mafia) em Chattahoochee Hills, e como era de se esperar, seu set foi incrível. “Spreading love”! Na sequência ninguém menos que Kaskade pra botar a multidão pra pular e a sexta-feira terminou com um DJ holandês ai, um tal de Tiesto. TOP!

Sábado foi o dia de explorar os diversos palcos, e pra dizer a verdade, gostei muito de todos. Comecei no Mythical Frames com DJ Oliver destruindo no Deep House, de lá fomos pro Revealed stage, onde vi Dallas K e Sick Individuals, que é realmente “SICK”! De lá segui caminhada de volta ao palco principal, onde vi os meninos da casa Dimitri Vegas & Like Mike fechando seu set, dando lugar para Afrojack, que não desapontou. Mas quem eu realmente queria ver e não perdi, foi o #1, Hardwell, que como de costume distribuiu marteladas para todos lados.

No domingo, último dia, já batendo a nostalgia, foi o dia de overdose de Mainstage. Começando às 15hs com Tritonal, seguido de TJR e The Chainsmokers. Todos muito bons. Só sai de lá porque estava rolando Tropical House no Boat Stage e tive que ir presenciar os sets de Sam Feldt e Klingande. Uma vibe incrível ao som sensacional desses DJs. Mas logo depois voltei pra reta final no Mainstage com Martin Garrix, “the king” David Guetta (que junto com Kaskade são meus favoritos para ver “Live”), e por fim, nada mais nada menos que Armin van Buuren pra fechar com chave de ouro.

Eu sou fã de festivais e se pudesse iria em todos. A energia das multidões, a diversidade, a positividade e o desejo mutuo de se divertir sem se preocupar em ser julgado são inigualáveis. Gosto sempre de lembrar que em todos os festivais existem ladrões, então cuide muito bem dos seus pertences e não economize na segurança deles. Agora se você me pergunta, qual foi o melhor dos 3 anos de TomorrowWorld? Eu te digo, com toda autoridade do mundo: NÃO SEI! rs

Pra mim é impossível compará-los! Cada ano tive experiências diferentes e únicas. As novas amizades, os vizinhos de camping, os DJs que vi, e até eu mesmo, que mudei o jeito de curtir. Mas posso dizer, que vale muito a pena SIM, se você é fã de música eletrônica como eu. Com certeza é uma experiência que você leva pra vida toda.

Beijos a todos! Valeu PlayEDM e “Spread the Love”!

No TomorrowWorld 2015, toda a vibe positiva do maior evento de música eletrônica foi colocada à prova pelo mau tempo. “Tá na chuva é pra se molhar,” já dizia o velho ditado. E esse foi o espírito adotado por nós (4 brasileiros) vindo diretamente de São Paulo exclusivamente para o evento. Um feriadinho de pouco mais de 4 dias que rende histórias e alegrias pra uma vida inteira. Na volta, mofando no aeroporto, era possível ver a quantidade de pessoas que se movem e são movidas pelo TomorrowWorld. Gente de todo o tipo e de todos os lugares do mundo se olhavam e não acreditavam: o sonho tinha acabado.Isso mesmo! UM SONHO! Nem mesmo a chuva foi capaz de estragar o humor de quem tinha certeza que estava lá pra curtir os três melhores dias da vida, com muito camping, música eletrônica e vibe positiva de todo mundo que fazia parte do evento. Desde funcionários super atenciosos até o público que participa do evento.Num TomorrowWorld onde vimos bastante variedade no som (Trap Music, Techno, House, Deep House, Tropical House, Prog, EDM, etc) e até um palco sobre a água, o que prevaleceu foi o mesmo sentimento que encontramos no Tomorrowland BR desse ano: uma massa gigantesca de pessoas felizes, com sorriso de orelha a orelha querendo transmitir uns aos outros toda a alegria de estar ali. Highfives entre pessoas desconhecidas, pessoas tremulando bandeiras de países que nem sabiam que existiam, levantando pessoas em cadeiras de rodas pelo simples prazer de ver a pessoa viver algo único; enfim, de fato o TomorrowWorld/Land é um lugar separado do mundo que vivemos. Um lugar único que renova as energias e que, se não nos faz acreditar nas pessoas, pelo menos resgata a esperança de que são elas quem farão um mundo melhor.

Um lugar sem prefeito, sem governante, que dá todo poder ao povo de se vestir e agir como bem entender. E toda essa autonomia que faz do lugar o melhor lugar para se viver. Com o maior IDH do mundo! Choveu? Choveu! E muito! Houveram erros da organização? Talvez. Mas nada que tenha abalado a expectativa de 4 retardados de São Paulo de passar 5 dias no melhor lugar pra se morar. Acampados de quinta a segunda no Dreamville, nós tivemos a certeza de que o sonho do Tomorrowland da fazenda MAEDA foi estendido a Chattahoochee Hills, Atlanta – EUA. E que venha Abril de 2016!

Confesso que não estava muito empolgado pro TomorrowWorld como estava pra Tomorrowland Brasil e Bélgica. Por mais que eu soubesse que a gente nunca se desaponta com eles, o receio era grande. A viagem seria cansativa e longa, e a previsão do tempo não animava muito. De qualquer forma, não pensei em desistir em momento algum, principalmente por causa dos amigos. Saber que encontraria uma parte da mesma galera com quem eu tenho curtido tantos outros festivais salvava qualquer previsão. E lá fomos.

Dificuldade pra achar um bom local pra acampar no Dreamville, muita chuva no primeiro dia, mas nada de desânimo, afinal, é uma Tomorrow – e não foi diferente das outras. Foi até melhor em muitos sentidos. Sim, mesmo com alguns problemas, esse foi o melhor festival que fui esse ano. Finalmente encontrei a Dreamville perfeita. Afterparty oficial nas casas dos distritos e em algumas lojinhas da vila. E no domingo a galera se reuniu, os funcionários ajudaram a ligar aparelhos de som, e os seguranças liberaram a festa até as 6 da manhã. Foi de longe a melhor experiência em termos de Dreamville que eu já tive, comparando com as edições no Brasil e na Bélgica.

E o festival não ficou por menos. Vibe incrível. Highfives infinitos nos caminhos entre os palcos. Galera numa sintonia muito forte. Aproveitamento de quase 100% de todos os shows que eu queria ver. E com a galera sempre junta. Ótimas surpresas tanto no Mainstage quanto nos palcos menores. Só não foi perfeito porque alguns amigos que estavam hospedados em hotéis não puderam ir no ultimo dia devido aos problemas da chuva. Pena. No fim das contas o TomorrowWorld se transformou numa experiência inesperadamente inesquecível. Jamais poderia imaginar que seria tão bom. Não pensava que voltaria ano que vem, mas agora, mal posso esperar pra ver o castelo do reino de Melodia nas florestas de Chattahoochee Hills. E que venha o TomorrowWorld 2016.