Notícias

Drive in, lançamentos e emojis, o que isso tem a ver com Flakkë?

A pista lotada de pessoas, deu lugar a carros; o feedback do público, agora vem por meio de emojis nos chats das lives. Foi necessário se adaptar ao novo “normal” para manter o contato com o público.

Com uma boa dose de humor e criatividade, o DJ e produtor Flakkë tem conseguido se reinventar e experimentar novas possibilidades na produção musical, marketing e contato com o seu público. “Eu fiquei quase dois anos trancado em casa fazendo música e, esse ano, eu estava com muitas datas fechadas. Então, foi um choque no início, mas, mantive a minha consistência de lançamentos e de conteúdos nas redes sociais. Apesar de tudo, está sendo um crescimento em vários âmbitos do universo Flakkë”, explica.

Entre limpar o xixi da sua cachorrinha, fazer faxina em casa e ingerir muitos alimentos ricos em gordura saturada, Flakkë tem produzido muita música e lançando várias tracks que, talvez com as viagens aos finais de semana e agenda apertada, não tivesse a oportunidade de mostrá-las. “Tenho explorado outras facetas que tenho como músico/produtor. Criar tracks que não sejam exclusivamente para pista. Dessa brincadeira saiu até um EP”, revela.

Foi assim que saiu seu remix para “Seatbelt”, do Cat Dealers. Em uma semana sem muita criatividade, ele resolveu baixar os stems disponibilizados por Pedrão e Lugui para brincar com barulhos de carro que têm tudo a ver com a letra da faixa. O resultado? Além de ter sido lançada no EP de remixes da dupla, Flakkë teve a sua track tocada na edição digital do maior festival do mundo, o Tomorrowland.

Mesmo sem o termômetro das pistas, os comentários da galera nas lives, emoji de foguinho e palavras de baixo calão são uma ótima forma de saber que as músicas estão bem, obrigado! “Meu outro termômetro é também pelo Instagram onde eu constantemente posto nos meus Stories as coisas que tenho feito no estúdio”.

Recentemente, Flakkë matou um pouco da saudade do contato físico, mesmo que a distância, em um dos primeiros drive in de música eletrônica do país, o Pump Manaus. “Foi cremoso demais poder ficar espremido no assento do avião, dormir pouco e ser recompensado com todo o carinho dos meus fãs de Manaus. Mesmo tendo tocado para vários carros, pude sentir a energia de cada pessoa vibrando dentro deles. Fora que pude rever meus amigos do Cat Dealers que estava com saudade”, revela.

Dessa estreia em formato drive in, saiu um aftermovie mostrando toda atmosfera do show, além do gostinho de voltar a rotina de viagens e gigs. E, por falar em aftermovie, o conteúdo de Flakkë em suas mídias sociais está em dia, mas, como manter a criatividade e produtividade em tempos como esse? O produtor listou um top #5 do quem te o ajudado no seu marketing nessa quarentena:

Uma pessoa saudável tem mais energia, além do fato de que uma boa alimentação e exercícios físicos induzem seu corpo a produzir serotonina (que seu cérebro também produz quando você está cremoso na festinha).

Nutra sua mente de informações boas e pessoas positivas! Pode parecer clichê, mas, todo clichê só é clichê porque é verdade. Se você ficar muito tempo conversando com alguém que tem uma postura negativa e derrotista, inevitavelmente você uma hora vai começar a ter atitudes semelhantes. E o mesmo vale para o tipo de entretenimento que você consome.

O que vai adiantar você ficar vendo seu âncora favorito daquela emissora diariamente enchendo sua casa de notícias desagradáveis e falando sobre coisas que você não tem poder algum? Você já sabe que isolamento social, higiene e máscaras vão te manter salvo nesse momento e é isso que você precisa saber. Eu sou constantemente julgado por ser um pouco alienado de política e das notícias, mas, para mim, alienação é perder a maior parte do seu dia pensando em políticos, vírus e tristeza.

A aceitação é a melhor coisa numa situação como essas, a partir do momento que você aceita que essa é a nossa realidade, por enquanto, você não vai se frustrar diariamente esperando que tudo volte ao normal amanhã. Ninguém consegue criar nesse clima de frustração.

Por mais “alienado” que você consiga ficar, o clima não está bom para muita gente, tem muito sofrimento rolando no mundo e todo mundo está em casa. Num cenário assim, não parece ser meio louco você se cobrar a fazer músicas que vão bombar na pista? Eu acredito fortemente que dessa pandemia vai vir uma boa leva de músicas mais leves e introspectivas, tente fazer músicas que conversem com o momento atual, é isso que vai fazer a música ter sentido para seus fãs.