Entenda a forte relação de DJ Glen com a Dirtybird e sua influência para a vinda da gravadora ao Brasil
Quando a Dirtybird anunciou, enfim, sua primeira incursão oficial no Brasil, trazendo a turnê nacional Flight Week Brasil com seis festas entre o fim de novembro e a primeira metade de dezembro, quem é ligado na cena eletrônica nacional imediatamente reconheceu um nome que não poderia faltar: DJ Glen.
O artista é uma das figuras brasileiras com ligação mais profunda e natural com o selo americano fundado em 2005, e sua presença em cinco das seis datas da turnê é um reflexo direto dessa conexão construída ao longo de anos.
Uma relação que atravessa anos
A ligação de Glen com a Dirtybird não é recente. Seu primeiro lançamento oficial pela gravadora foi “Move Your Bone”, em maio de 2017, consolidando sua entrada formal no catálogo. Mas antes mesmo disso, em 2012, chamou a atenção do então chefão do selo, Claude VonStroke, com o single “Boogie Mafioso”, que serviu como ponte para o início da relação.
Desde então, a presença do DJ no universo da marca cresceu de forma orgânica e profunda: ele passou a participar de eventos como o Dirtybird Campout, viveu a cultura de acampamento nas edições americanas, trocou ideias criativas com produtores do roster e construiu colaborações duradouras. Esse intercâmbio foi traduzido para sua música e fortaleceu pontes entre as cenas de Brasil e Estados Unidos.
As faixas criadas por Glen refletem a estética da label de forma autêntica, mas trazem seu toque pessoal. Ele provou que pode representar a gravadora no Brasil sem diluir sua identidade musical – um equilíbrio que nem sempre é fácil, mas que ele domina com maestria. De 2019, sua track “Another Planet” (collab com Bruno Furlan), por exemplo, foi reconhecida como um dos maiores clássicos do selo.
Apesar de não ter sido o primeiro brasileiro a estrear na Dirtybird, Glen se tornou rapidamente um dos mais visíveis e influentes representantes brasileiros dentro da comunidade. Assim, tem atuado como uma espécie de embaixador informal no país.
Peça-chave
A presença de Glen em cinco das seis datas da Flight Week Brasil (Curitiba, Americana, Belo Horizonte, São Paulo e Recife) não é simples coincidência ou capricho. Ele se posiciona como uma ponte cultural: representa a estética e o espírito irreverente e criativo da Dirtybird no Brasil, ao mesmo tempo que ajuda a legitimar a turnê como algo mais do que uma simples viagem promocional da gravadora.
Para a label, ter Glen no lineup é garantia de recepção calorosa por parte do público local, especialmente para aqueles que já acompanham sua trajetória e sabem de sua relação íntima com a filosofia do selo (e ainda mais especialmente na edição de Americana, terra do DJ). Para ele, é uma confirmação de que seu trabalho dentro da cena global foi reconhecido e valorizado pela própria marca que sempre o inspirou.
Essencialmente, portanto, sua trajetória com a Dirtybird ajudou a preparar o terreno para que ela chegasse ao Brasil.
Flight Week Brasil: datas e lineup
Sobre DJ Glen
Um dos artistas mais completos e consolidados nacionalmente, DJ Glen vem da raiz da discotecagem e se expandiu pelo cenário produzindo inúmeras tracks de grande relevância global.
Indicado em 2022 como "Futuro da Dance Music" pela 1001Tracklists, Glen toca seu próprio club, seus festivais, sua gravadora, é tutor da maior comunidade de produtores de dance music do país e ainda escreve colunas para veículos de comunicação especializados.
Por gravadoras como Relief, Dirtybird, Armada, Spinnin', Musical Freedom, assinou colaborações com criadores da house music, como Chuck Roberts, Fast Eddie e Cajmere, e com astros brasileiros, como Illusionize e Vintage Culture. O resultado é uma vasta legião de admiradores por todo o mundo, e suportes que vão de Mochakk a Maceo Plex, FISHER a Claude VonStroke e Green Velvet a Tiësto.
Imagem de capa: Divulgação.
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