Estudos apontam que 70% dos músicos já tiveram casos de ansiedade ou depressão
A Universidade de Westminster e o MusicTank, conduziram o estudo ‘Help Musicians UK’ (Ajudem os músicos do Reino Unido), na tentativa de tentar entender as condições de trabalho dos músicos, principalmente o estado mental deles, que não fica explícito às pessoas fora do círculo de convivência, e que muitas vezes é tarde demais para oferecer uma ajuda.
No maior estudo já realizado sobre este assunto, cerca de 70% dos 2.211 participantes entrevistados, entre eles músicos e pessoas da indústria, afirmaram já terem passado por ataques de pânico e/ou altos níveis de ansiedade, e outros 68,5% relataram terem depressão
A pesquisa também resultou em uma série de outros pontos importantes. Dos que relataram terem vivenciado a depressão, apenas 30% disseram que seria muito provável, ou que já haviam buscado ajuda, o que pode ser visto como um problema da nossa sociedade como um todo em relação à saúde mental e a resistência a um tratamento. Esse último ponto é refutado por 55% dos entrevistados, que dizem que existem lacunas nos cuidados de saúde com os músicos que não possuem planos de seguro de grandes empresas, já que a grande maioria dos músicos não são milionários ou nem possuem grandes contratos.
O estresse e a saúde mental são atribuídos a muitos fatores diferentes, incluindo baixa remuneração, incapacidade de planejar um futuro, falta de reconhecimento, ser mulher (assédio sexual, agressão, etc.), imprevisibilidade, dificuldade em manter relacionamentos com amigos e entes queridos.
Na cena eletrônica, já tivemos alguns casos que vieram a público como o de Nicky Romero, que, em uma carta aberta de 2015, disse que cogitou desistir da carreira, Avicii, que após diversos cancelamentos de shows, deu uma pausa em sua carreira, e Sasha, que contou sobre seus problemas de ansiedade desde os anos 1990.