Após celebrar 20 anos de carreira em 2019 e lançar várias tracks durante a pandemia do novo coronavírus, além de um Curso Online de Produção Musical chamado “Learn With Gabe” , o produtor brasileiro Gabe acaba de anunciar o lançamento de sua gravadora própria, a G-Spot Records . A empreitada faz parte de uma estratégia maior do DJ e Produtor, de alavancar a produção nacional de música eletrônica. Confira o bate-papo abaixo:

Play BPM: Qual a ideia da nova gravadora?

Gabe: Hoje quase todas as tracks do meu set são feitas no Brasil, tem muita gente boa produzindo aqui e que dificilmente encontra espaço nos selos internacionais. Chegou a hora de abrir espaço pra essa galera e fortalecer a música eletrônica produzida no Brasil – o que não nos impede de lançarmos, eventualmente, algum gringo.

Play BPM: De onde surgiu o nome G-Spot?

Gabe: O nome G-Spot significa, em português, “ponto g” – baseado na ideia de “acertar a mão”, “alcançar a meta”, “fazer o gol”, enfim, guardadas as devidas conotações sexuais, é como fazer músicas que levem as pessoas à sensação de prazer.

Play BPM: Qual será o escopo artístico? Haverá um gênero predominante?

Gabe: Basicamente Tech-House, com espaço para incursões criativas fora da caixa.

Play BPM: Como tem sido a sua rotina sem eventos, em contrapartida à correria de shows todos os finais de semana, como vinha fazendo?

Gabe: “Tá osso” é o que define. Ficar o dia todo no estúdio é um processo mentalmente desgastante, principalmente quando você tem as travas de criatividade e precisa deixar o ambiente pra retomar depois os projetos que deixou. Tenho ficado muito com minha família, essa é a parte boa.

Play BPM: O que mais te faz falta nesse jejum de eventos presenciais?

Gabe: A vibração das pessoas, nada se compara à energia de uma festa cheia, com som redondo, em que todo mundo sabe (e curte) o que está ouvindo.

Play BPM: Sua festa própria, Gabe All Night Long, continua pós-pandemia?

Gabe: Sim sim! Em breve teremos novidades em nosso Instagram @GabeAllNightLong . Fiquem ligados!

Play BPM: Acha que o acesso à informação e à tecnologia nivelou a qualidade de música eletrônica globalmente?

Gabe: Sem dúvidas. Antes a gente assistia os britânicos nadarem de braçada, anos luz à frente da gente. Hoje os caras continuam quentes, não tem como negar, mas o Brasil remou, né?

Play BPM: Em que artistas brasileiros você pretende apostar com a gravadora?

Gabe: Tem muita gente boa, e a ideia é revelar novos talentos, mas tem uns caras que já são certos, como por exemplo Tough Art, Classmatic e Deeft.

Play BPM: Qual a previsão do primeiro release da G-Spot?

Gabe: O primeiro release está agendado para 30 de Outubro. Vamos começar com “As Rosas Não Falam”, collab que fiz com Deeft, é uma releitura do Cartola que já viralizou nas redes depois que o Michael Bibi tocou a faixa em um club na Itália. Dá pra ouvir na recente LIVE que fiz em Búzios (é a última track):

Play BPM: Você imagina alguma periodicidade pré-definida para os futuros lançamentos?

Gabe: Faremos de um a dois releases por mês, vai depender da demanda e da época, mas eu já sei que vai chover coisa boa pra gente lançar. Tô bem animado!

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