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Conheça gêneros da música eletrônica não tão populares no Brasil

O mundo da música eletrônica é riquíssimo. Existem mais de 50 gêneros/subgêneros na cena e a cada dia esse número cresce. Apesar disso, infelizmente, nota-se que o brasil é muito pobre em termos de diversidade. Apenas quatro ou cinco estilos fazem sucesso em nosso país. Entretanto, pensando nisso, resolvemos apresentar algumas vertentes que fazem sucesso no mundo, mas que em nosso país são desconhecidos pela maioria do público. Pode ser que você conheça alguns ou até todas essas vertentes que citaremos, e isso é muito bom! Se não for o caso, que tal dar uma chance? Talvez você descubra uma paixão que nem sabia da existência!

Teve origem no Old School Jungle, na metade da década de 90. Caracterizado pelo BPM elevado, em torno de 170, foi criado nos guetos londrinos, primordialmente como algo conhecido como Hardcore Breakbeat, uma evolução do Hip Hop mais acelerada, com elementos de bateria e baixo, como o próprio nome diz, numa tradução literal.

O Drum N Bass surgiu como um som mais underground, do freestyle, recebendo influências de outras vertentes. Agora, mais recentemente, se adaptou à um formato mais Pop, com a popularização da cena, principalmente após o grupo Rudimental bombar com a música “Feel The Love”. Com melodias mais suaves e comerciais, sem perder o ritmo acelerado, o DnB vive, atualmente uma constante transformação e já caiu nas graças internacionais há muito tempo.

Um dos gêneros mais recentes da música eletrônica, o Jungle Terror foi criado pelo holandês Wiwek. Trata-se de um estilo derivado do Big Room e do Electro House, com BPM geralmente entre 128 a 130 e que flerta com o Tribal e o Groove House. O som não é tão focado no Bass pois dá destaque aos elementos de chocalhos, batuques, apitos e outros detalhes que trazem para a produção uma atmosfera “selvagem”.

A principal gravadora é a Barong Family mas a Owsla também já deu espaço à vertente em seus lançamentos. E aí!? Bem diferente do que você costuma ouvir, não?

Mais um estilo de BPM alto, esse, em torno de 160 a 180, é um dos mais antigos da cena Hard Dance mas infelizmente não chegou no Brasil até hoje, apesar disso. Também conhecido como Hands Up, caracteriza-se pelas melodias alegres e energéticas, muito próximo do UK Hardcore (alguns veem até como sinônimo).

O Happy Hardcore também originou-se do Breakbeat Hardcore, assim como o Drum N Bass, e tem como seu maior expoente o inglês Darren Styles, que faz sucesso há mais de 20 anos, tocando inclusive na Tomorrowland no ano passado.

O Melodic Dubstep, ao contrário do Dubstep comum, não é agressivo e não tem drop pesado. Focado, como o próprio nome diz, na melodia, apresenta uma proposta mais melancólica e introspectiva. Esse tipo de som geralmente conta com  um vocal intenso que, combinado com o todo da obra, acrescenta ainda mais poder à essa vertente eufórica e sentimental.

Conhecido como um dos subgêneros mais viajantes da cena Bass, explora tudo de mais profundo que a música consegue despertar no ser humano e facilmente provoca arrepios. E por isso eu sou tão fã, essa energia única, essa paixão, confesso que  essa é uma das únicas vertentes que atualmente me despertam a euforia numa viagem profunda de introspecção e sentimento.

Também conhecido como Progressive House (no sentido “Underground”), o Real Prog é um gênero que recebe influências do Techno Melódico e do Trance Europeu. Trata-se de uma vertente também muito introspectiva e viajante, com tracks geralmente longas, onde cada elemento é acrescentado sucessivamente, de maneira gradual, focando em possibilitar a percepção de cada um desses estímulos sonoros, um após o outro.

Os principais nomes dessa vertente são Jeremy Olander,  Hernan Cattaneo, Eric Prydz/PRYDA, Gai Barone, Ben Böhmer, Dirty South, entre outros.

Um dos estilos mais agressivos e rápidos da música eletrônica, o Frenchcore é derivado do Techno Hardcore e surgiu na frança no final dos anos 90. Influenciado principalmente pelo Early Hardcore, é caracterizado por um ritmo acelerado, geralmente oscilando entre 180 e 240 BPMs. O gênero faz uso de elementos musicais minimalistas, industriais, provenientes do Techno e de vertentes primárias do Hardcore. Os produtores costumam usar simples de voz, muitas vezes em francês, de filmes, vídeos, trilhas sonoras ou videogames.

E ai!? Conhecia essas vertentes? O que achou? É sempre bom conhecer coisas novas, não? Quem sabe em breve não fazemos outra matéria mostrando mais alguns gêneros da música eletrônica que não são muito conhecidos no Brasil! E torceremos para que eles ganhem seu espaço!