- Conteúdo autoral / por Caio Pamponét -

Em julho do ano passado, a AlphaTheta, empresa que comanda a Pioneer DJ, adquiriu a Serato por 100 milhões de dólares. Essa compra está sendo investigada pela Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), um orgão de fiscalização do Reino Unido que supervisiona e regulamenta compras do mercado empresarial britânico.

Segundo nota do governo, essa negociação pode monopolizar o mercado de música eletrônica, concentrando a fabricação de equipamentos de DJs e criação de softwares na mãos de uma só empresa, o que pode resultar na "redução substancial da concorrência".

Para quem não se lembra, em 2020 a Pioneer DJ mudou de nome para AlphaTheta, alteração que, segundo a própria Pioneer, não era uma reorganização da empresa e não iria afetar os seus produtos. Além disso, em janeiro, uma nova linha de equipamentos com o novo nome foi lançado, incluindo o mixer 'Euphonia' e o controlador 'Omnis-Duo'.

A Serato aparece como o principal software de discotecagem na atualidade, e a investigação relata que sua venda pode restrigir o acesso da tecnologia aos fabricantes de CDJs de marcas menores, além de aumentar os preços e fornecer menos opções para os consumidores.

"Se permitida, (a fusão) criaria um fornecedor com quase o dobro do tamanho de seu rival mais próximo, monopolizando o mercado e potencialmente impactando o preço, a qualidade e a inovação do software para DJs"

Disse Joel Bamford, diretor sênior de fusões da CMA

O governo do Reino Unido começou a analisar o caso em março e acabou de entrar em sua segunda fase de investigação. A fusão está sendo investigada também pela Comissão de Comércio da Nova Zelândia, que tem como prazo de definição o dia 27 de junho. Tanto a AlphaTheta como a Serato podem responder o caso.

Leia a declaração completa da CMS aqui. Os detalhes completos da investigação da Nova Zelândia podem ser encontrados aqui.

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Imagem de capa: Reprodução.