A indústria da música movimenta bilhões de dólares por ano e, infelizmente, é controlada por 3 grandes gravadoras: Sony Music, Warner Music Group e Universal Music Group. Diante dessa centralização, fica fácil assumir que gravadoras independentes trilham um caminho difícil para se manterem vivas, mas nos últimos anos os pequenos negócios estão ganhando espaço. De acordo com um relatório da WINTEL, da Worldwide Independent Network, as 3 grandes gravadoras pagaram cerca de 1,2 bilhão de dólares aos artistas e gravadoras independentes em 2016.

Essa quantia pode não parecer muito quando se divide entre tantos artistas, mas ela é bastante significativa para um setor alternativo. O que acontece é que, quando uma gravadora ou artista distribui sua música ou álbum através das grandes gravadoras, seja físico ou online, os primeiros a receberem os lucros são as próprias grandes gravadoras. Só então que a gravadora independente e o artista são pagos.

O relatório WINTEL afirma que os ‘termos de propriedade de direitos autorais’, ao invés de ‘termos de distribuição’, tiveram uma participação no mercado de 38,4% em 2016, o que representa um aumento de 0,9% em relação a 2015. Isso significa que os detentores das músicas, sendo eles os artistas ou pequenas gravadoras, tiveram um aumento em sua fatia no mercado, ao contrário dos distribuidores, que são as grandes gravadoras. O resultado disso é que as gravadoras independentes lucraram 6 bilhões de dólares em 2016.

A indústria da música está mudando em um ritmo incrivelmente rápido, e o fato de que as gravadoras e artistas alternativos realmente começam a ver uma quantidade significativa de receita, significa que o setor independente pode prevalecer no futuro próximo.