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Evento leva Vintage Culture e Bruno Be ao interior nordestino e mostra que não há barreiras para a música eletrônica

Para a música não existem barreiras. Essa frase se mostra ainda mais verdade na análise temporal do cenário eletrônico mundial. Bem, se observarmos a evolução dos festivais e o sucesso que eles se tornaram hoje, podemos ter a certeza de que com o passar do tempo, a música se expandirá para todas as culturas, regiões e nacionalidades. Exemplo disso são as franquias do Ultra Music Festival que já estão em dezenas de países como Coréia, Peru, Tailândia, Singapura e África do Sul. Temos também o Tomorrowland, que além de ter sediado uma versão brasileira em 2015 e 2016, tem planos em se expandir para a Índia, país que conta com diversas raças e centenas de religiões inseridas num território de dimensões continentais.

No Brasil, o sucesso da música eletrônica nunca foi tão grande. Com três artistas no Top 100 do ranking de DJs mais cobiçados do mundo, a DJ Mag, a eletrônica toca em todos os lugares. Além disso, o Nordeste, terra dos diversos ritmos, sobretudo o forró, tem sido palco das melhores festas de réveillon dos últimos anos, recebendo inúmeros artistas consagrados da dance music nacional e internacional.

É nadando a favor dessa maré que alguns produtores estão planejando o primeiro grande evento de música eletrônica de uma cidade localizada no interior do estado do Rio Grande do Norte. A festa LampON será realizada no próximo dia 13 de dezembro, na cidade de Mossoró, e conta com esse nome justamente por homenagear uma das figuras mais icônicas do século XX, o Lampião, que está inserido na história da cidade após protagonizar um dos episódios mais emblemáticos de sua vida, ao falhar em tentar invadi-la, dando início a primeira de uma série de derrotas que levaram ao seu fim nos anos 30.

Realizar um evento de música eletrônica desse porte na cidade é realmente desafiador: Mossoró é conhecida no Nordeste pela sua forte cultura regional, ligada ao forró e ritmos juninos, onde detém uma das maiores festas de São João de todo o país, com quase vinte dias de celebrações. Além disso, nem mesmo Alok, DJ mais popular do país, se apresentou por lá. Se por um lado existe esse contratempo, do outro há a experiência: Múcio Neto , um dos grandes nomes da produção de eventos de música eletrônica do Nordeste, está no comando da festa. Na sua bagagem há boates que marcaram as noites da capital potiguar, como a Pink Elephant, e recentemente é um dos produtores responsáveis pelo sucesso que é o Réveillon Let’s Pipa no país.

Múcio Neto com a camisa do seu novo selo, LampON.