Laidback Luke começou sua carreira de duas décadas longe dos Maintages. Em um sincero vídeo de sete minutos no Facebook, Luke relembra as origens de sua carreira como produtor de House e Techno, e também seu primeiro show nos EUA em 1997 em um armazém em Nova York. Após se tornar um respeitado produtor de Techno e, eventualmente, tornar-se um residente da famosa marca de Amsterdam “Awakenings”, o DJ Filipino caiu em si e percebeu que o seu estilo de música era incompatível com o que ele tinha em mente para suas produções. Com certeza de que cada vez mais o Techno estava “matando” sua carreira, ele decidiu iniciar uma busca por novas referências e diferentes gêneros de música para poder então descobrir o seu lugar de direito no mundo da música. Desse modo sua busca acabou levando-o para o então território desconhecido do que chamamos hoje em dia de Big Room na EDM.
Embora ele tente apresentar-se como auto-confiante, especialmente com as decisões que ele fez ao longo de sua carreira, Luke revela certa insegurança em certos momento. Ele não pode deixar de mencionar que Tiga e Adam Beyer recentemente elogiaram seus primeiros lançamentos em vinil, e como eles eram incríveis. Mais tarde no vídeo, ele defende sua decisão de entrar no espaço do Big Room e como uma decisão puramente musical. Luke ainda explica que se ele realmente quisesse correr atras somente da conquista monetária que todos ansiavam na época de sua transição, ele teria focado no Trance, pois esse gênero era o que bombava nos hit mundiais nos anos 2000, sendo representado pelo ilustre DJ e produtor Tiesto.
Não há nada de errado em um produtor mudar seu estilo ao longo de sua carreira. Porém o sincronismo, o índice, e o estilo de Laidback Luke relacionados ao porque da mudança do Techno pro Big Room foi um tanto quanto excêntrica. Embora possamos respeitar alguns dos raciocínios de Luke para sua “saída do techno”, não podemos deixar de questionar a afirmação de que o Mainstage é um bastião universal da “liberdade musical”. Como sempre o Play EDM não vem pra julgar e sim pra fazermos pensar. Confira o vídeo e decida por si mesmo: