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Pesquisa indica aumento do uso de LSD pelos americanos durante a pandemia

À medida em que o planeta parece ficar cada vez mais turbulento, é incontestável que essa mesma sensação acabe se refletindo também entre as pessoas que nele vivem. Em um novo estudo norte-americano baseado no consumo de LSD entre adultos, foi indicado que a busca pelo composto tornou-se exponencialmente mais popular devido à pandemia de COVID-19.

O candidato a doutorado na Universidade de Cincinnati, Andrew Yockey, publicou um dos seus primeiros estudos que expõem o uso de ácido feito por adultos nos Estados Unidos. Com isso, houveram análises de respostas a partir de 168.000 americanos que aderiram ao psicoativo e concluíram que, entre 2015 e 2018, o uso do LSD aumentou em 56,4% nos EUA, com um possível acréscimo durante a quarentena.

“O psicoativo é usado principalmente como uma válvula de escape. Dado que o mundo está em chamas, assim as pessoas podem utilizá-lo como um mecanismo terapêutico”, disse Yockey à American. “Agora com o COVID atacando mais do que nunca, acho que o uso de LSD provavelmente triplicou no país.”

Além disso, a pesquisa também analisou a faixa etária dos usuários, e, para a surpresa (ou não) de alguns, pessoas graduadas e aquelas que pertencem a meia-idade, entre 35 e 49 anos, já “viajam” mais do que grande parte da população há um certo tempo. Os diplomados usaram 70% a mais de LSD e os entre 30 e 40 e poucos anos fizeram um uso de cerca de 223% a mais. Vale ressaltar que essas últimas taxas equivalem a um período analisado até a eleição de 2016.

Embora estes números pareçam altos, não se comparam aos surpreendentes dados dos meados da virada para o século XX, na qual apresentam um aumento de mais de 400% na população em geral.

É fato que, quando descoberto, o LSD foi bastante utilizado em tratamentos psiquiátricos, e até os dias atuais é comum ouvir relatos dizendo que o ácido melhorou o humor e a mentalidade – alguns indicaram até mesmo cura da depressão. No entanto, como o composto ainda é considerado ilegal, os cientistas não conseguem explorar facilmente seus possíveis impactos positivos para a sociedade.